18/02/2005

DE LORENA VEIO. À LORENA VOLTARÁS.

Ai... que lassidão...

Acabei de achar na internet um link para um artigo extenso do Walter Cezar Addeo sobre "A Morte Sem Nome". Ele já tinha me enviado o artigo por email, há uns 6 meses, mas eu nunca soube onde havia sido publicado. É ótimo, profundo, me enaltece e, vejam só, pelo que parece é de uma revista da cidade de Lorena:

http://angulo.fatea.br/angulo_99/angulo99_artigos05.htm

Lorena se chama Lorena por causa de Lorena. Quero dizer, minha personagem, por causa da cidade. Tive umas paradas sinistras lá, em 98, coisa de circo surrealista santa sangre. Nah, nem tanto. Eu me apaixonei por um rapazinho de lá, que conheci por aqui, e quando a Glen Close baixou em mim eu passei a ir todos os finais de semana para a cidade dele, respirar o ar platônico e lamber o chão que ele pisava, sem que ele soubesse de nada. Até que conheci uma garota de lá e comecei um novo romance. Eles eram amigos, mas um não sabia que eu conhecia o outro, coisa de louco. Nah, nem tanto, coisa de novela do SBT.

Era tanto amor... vejam só...

Os amigos mais antigos acompanharam essa novela por email. E sempre que eu tentava terminá-la, eles insistiam para que eu continuasse indo, continuasse escrevendo, continuasse cultivando aquele relacionamento doentio com os dois. Terminou de uma forma bem trágica, numa festa da padroeira em que tudo se revelou. Aquelas coisas de novela, roda-gigante, maçã do amor, toda a cidade reunida, e de repente o rapaz descobre que eu estou com a menina e eu tenho de fugir com ele para ela não desconfiar de nada. Ele acaba me apunhalando pelas costas e me jogando no rio.

Lá no fundo, achei uma arca do tesouro, que tornou meus cabelos louros e meus olhos ficaram azuis.

Isso não é um conto. É a realidade. E a realidade só tem graça para ser contada, assim, num blog, numa sorveteria. Quando esses romances terminam é que a gente pode começar um Romance de verdade. De Lorena, só sobrou o nome, nem o cenário, nem os olhos.

Ai... que lassidão que me deu hoje.

MESA

Neste sábado, 15h, na Martins Fontes da Consolação, tenho uma mesa com o querido Ricardo Lisias . Debateremos (e relançaremos) os livros la...