31/08/2005

SUPER MARIO MEETS KIESLOWSKI

Acabou a maratona Dziga Vertov e começou a maratona Kieslowski. Estou fazendo as legendas de algumas sessões da mostra dele, não todas, além de ter traduzido um dos filmes, "O Acaso".

Legendar Kieslowski é uma experiência completamente diferente de Godard. Ritmo bem mais lento dos filmes, muito menos texto, dá até para olhar a tela e acompanhar um pouco o filme, hehe, porque também eu não sei polonês e tenho de me guiar pela cena e pelas legendas em inglês.

Agora que conheci a obra dele com mais profundidade, gostei bastante. Ele lida com valores cristãos de maneira bem cotidiana, muitas vezes previsível, porque são histórias que retratam questões arquetípicas. São dramas e comédias da vida comum, com um olhar bem sensível, que faz você soltar um sorriso. Principalmente eu, que estou vendo o filme várias vezes, acho gostoso me deparar com uma previsibilidade que identifico na vida. Um talento meio de cronista.

Aliás, acabei de escrever sobre isso, sobre "a crônica", num conto que deve sair em outubro... depois digo onde.

E, "como civil", fui assistir ao "Casa Vazia", do Coreano Kim Ki-Duk (é isso?). Coisa mais linda. Tem aquela coisa silenciosa de filme oriental, que eu adoro. Tem um tratamento do vazio e do espaço que lembra um pouco Tsai Ming-Liang, que eu adoro. E tem o carinha principal... que é uma tetéia...

Além disso, me trouxe uma vaga, vaga lembrança de "Feriado de Mim Mesmo"....

E como nem tudo na vida é arte, passei a madrugada de domingo jogando "Super Mario Bros 3", na versão "All Stars", do Super Nintendo, das antigas. Vou te dizer uma coisa, jogar videogame é o melhor treinamento para quem quer operar legendas. Você fica rapidinhos nos reflexos.

Agora só falta Kieslowski me dar um cogumelo de bônus.

MESA

Neste sábado, 15h, na Martins Fontes da Consolação, tenho uma mesa com o querido Ricardo Lisias . Debateremos (e relançaremos) os livros la...