13/11/2006

FAROESTE DE PANTALHA NA TERRA DA ESPANTALHA

Cíntia Moscovich e eu nos divertimos às pampas nos pampas de Porto Alegre. Debate divertidíssimo na Feira do Livro. E você diz que esses eventos são chatos? Pois bem, o público era formado basicamente por velhinhas. Estranho. Velhinhas. Será que era o público da Cíntia? Ou o povo dos livros em geral? Cadê meus leitores emos? Hehe. Depois, nos autógrafos, foi um pouco mais diversificado. Gente de todas as tribos, (só faltaram os índios). E o mais gostoso foi em seguida sair com leitores e amigos para beber no cais do porto, vendo a água e os barcos, cenário impossível para São Paulo (bem, verdade que o som estava um saco e só tinha "pinga com mel" para beber, mas valeu...).

Desta vez, Porto Alegre foi bem carinhosa comigo.

Decidi ser contido, não espremer até a última gota e me concentrar no debate, no lançamento e nos amigos. Nem na divulgação eu me esforcei. Estava um clima tão gostoso, um sol com aquele céu azul... que preferi ficar me bronzeando no Gasômetro. No dia do lançamento, por sorte, o tempo esfriou e pude me vestir decentemente...

E Porto Alegre continua tão faroeste...

Fiquei sabendo até que um ex-patrão meu de lá foi seqüestrado por índios! Sério! No "Morro do Osso"! Antigo "cemitério indígena"! Sério! Faroeste! Haha. É verdade. Parece que ele estava andando com uns cachorros no "Morro do Osso", onde fica um antigo cemitério indígena (!). Uns indiozinhos apareceram e quiseram brincar com os cachorros, ele mandou as crianças se afastarem, porque os cachorros eram perigosos. Daí chegaram os pais índios e o mantiveram refém, porque acharam que ele estava ameaçando as crianças. Ele escapou por pouco do caldeirão.

Sempre falei que Porto Alegre era faroeste...

Eu, que estava com minha pistola de caubói bem guardada, fui dançar cancan num saloon com minhas queridas amigas. Sábado de noite me vi sozinho num bar com cinco mulheres lindas, todas acima dos trinta, e solteiras.... Fiquei pensando como tinha isso por lá. Como tem mulher solteira, dando sopa em Porto Alegre. Será que é a fama de cidade gay que procede? Não, pior que nem é esse o problema. A questão é outra, que há muito eu já tinha notado. Há um ABISMO entre os homens e as mulheres do Rio Grande do Sul. Sim, os gaúchos que me perdoem, mas enquanto as gaúchas são bonitas, charmosas, modernas e descoladas, os guris são uns bangolés, machistas, conversadores, manés. Isso inclui até os gays, uns baitas de uns recalcados. Provavelmente os homens um pouco mais abertos (ops!) acabam saindo do RS... Fica aqui a minha dica para HTs paulistanos, cariocas e eticéteras que estejam procurando novos cenários e novas conquistas... Vamos colonizar o RS!

(Haha, enquanto isso, meu amigo Fernando me fala por MSN: "Que feio, comeu tantos pratos típicos e agora vai
cuspir?")

Voltei hoje de noite pra SP lendo o livro da Cíntia no avião: "Por que sou gorda, mamãe?", recém lançado pela Record. Tem um certo humor cruel que dá peso no livro, em todos os sentidos. Ainda estou começando, mas já recomendo.

Terça agora tem Le Kitsch C’est Chic com o Multiplex. Com o vocalista, na verdade, Leandro Cunha. Tocamos coisas bem legais como Scott Walker, Brian Ferry, Klaus Nomi e bandinhas dos anos 60. Terça, 18h e 23h no www.mixbrasil.com.br/radiomixbr

MESA

Neste sábado, 15h, na Martins Fontes da Consolação, tenho uma mesa com o querido Ricardo Lisias . Debateremos (e relançaremos) os livros la...