16/03/2010

I BOUGHT THE MISSISSIPI RIVER

Lindas alemãs no churrasco de ontem.


Em frente à minha nova casa há uma vaca. Ao lado, fica o mar. Me parece uma idéia quase surreal ter mudado tanto assim de um dia para o outro . Ou me parece absurdo ter ficado tanto tempo sem mudar.

A vaca vizinha.


Aqui é uma vila de pescadores, e eu tenho me dedicado a ser simpático e dizer bom dia, boa tarde e cumprimentar as pessoas nas ruas. Por enquanto está fácil; afinal, é algo que eu já exercitava na vila do baixo-augusta...

A casinha (o andar de cima todo é meu.)

Sala com varanda.

Cozinha e uma área de serviço lá atrás.

Tem feito bastante sol e há três praias num raio de meia hora da minha casa, incluindo uma de nudismo. E as praias estão vazias – fora de temporada, as praias estão vazias. Dá para entender um pouco melhor como Florianópolis sobrevive paradisíaca. Não há ninguém aqui. Tirando as férias, ninguém aqui. Sábado de sol, ninguém nas praias. Me deu aquela “impressão-Sparks” de ter comprado o Rio Mississipi. Você aluga uma casa por um ano e pode dizer que a cidade toda é sua, as praias, a ilha. Acho que é essa a sensação que eu buscava, querer pertencer – possuir ou entender um pouco mais o lugar...

É estranho morar numa ilha.

Galheta a 20 minutos, Mole a 30, Barra da Lagoa a 5.

Minha casa é longe de tudo... ou de todo o resto, mas não faltam mercadinhos, restaurantes, sequência de camarão... Aliás, engraçado que os supermercados aqui ficam abertos até as 23h. Em São Paulo, depois das 22h só no Pão de Açúcar da Angélica...

Dá para ir até o centrinho da Lagoa à pé, leva uma hora e meia subindo morro, descendo morro, e é um trajeto que já sei que vou me acostumar (não treinei na lomba da Augusta?). Sábado peguei uma tempestade de lá até aqui. Fui batizado.

Ontem comecei minha nova rotina. Trabalhei até as 5 da tarde, depois fui correr na praia. Tem uma academia fuleira aqui perto, que também deve servir.

É um pouco estranho morar numa casa mobiliada, claro. Meu apartamento em São Paulo é aquele excesso de mim mesmo, que vai continuar por lá. A casa daqui tem uma decoração duvidosa... mas é decoração de praia. Eu não vou redecorar. Apenas me permiti tirar um arranjo de flores de plástico da mesinha, esconder dentro de uma gaveta...

Minha "familinha verde."

Ontem o pessoal da pousada fez um “churrasco de despedida” para mim – ou seria de boas-vindas? Amanhã volto a São Paulo só para fazer as malas.

Trisha parece menina de filme. Mas ficou ruiva assim "comendo camarão do pé".

Ida prepara o churrasco.

Hoje está mais um sol daqueles. Eu ainda tenho dez páginas de tradução para fazer, mas escrevo da varanda, olhando as vacas, com areia entre os dedos e o mar a uma contagem de laudas.

TIREM AS CRIANÇAS DA SALA

(Publicado na Ilustríssima da Folha deste domingo) Do que devemos proteger nossas crianças? Como não ofender quem acredita no pecado? Que ga...