19/09/2010

O EXÉRCITO DO (KITE) SURF


Eu, no kite...


(Tá, não sou eu, mas é porque quando estou na água não tenho ninguém com quem deixar a máquina pra fotografar, né?)


Estou terminando meu curso de kitesurf, o "surfe de pipa", em que você é amarrado a algo como uma vela voadora e desliza pela água numa prancha.


O kite.


Por mais que eu seja adepto do autodidatismo, kite não é algo que se pode aprender sozinho, até porque o equipamento é caro. Resolvi aproveitar que moro na praia aqui em Floripa e fazer direitinho, com o Magu, da Onda Tropical (http://www.ondatropical.com.br/ - Pronto, já vou pedir a última aula de graça). Ótimo professor... também porque diz que sou um ótimo aluno. Haha


Levando o equipamento na areia.


As primeiras aulas são na areia. Primeiro com uma pipa menor (pouco mais do que um papagaio de criança), só pra aprender a manejar. Depois com um kite mesmo; daí a coisa vai apertando porque você tem de ser puxado pela areia, deslizando; e claro que nessa fase caí, me esfolei, fui arrastado e comi muita areia.



Magu tentando fazer o bicho decolar.



É um animal selvagem. Só dá pra fazer essa comparação. Aquela pipa enorme te puxa, e você tem de aprender a direcionar no vento, para ser levado para um lado e para o outro. O kite é amarrado em você pela cintura (num cinto que é chamado de "trapézio), então todo o esforço fica no abdôme (que tem de ficar travado) e nas pernas (flexionadas para dar equilíbrio). Os braços não têm esforço, só precisam dar toquinhos na barra para que o kite se movimente - o que é traiçoeiro, porque um mínimo toque já faz você ser puxado com força de um lado para o outro.



Indo pra Lagoa.


Em termos de exaustão, as aulas mais complicadas são na Lagoa. Manejar é gostoso - finalmente chega-se à água e experimenta de fato o que é o kitesurf - o problema é CAMINHAR quilômetros com água até o peito (porque a Lagoa é rasa em sua maior parte) para encontrar um bom ponto para começar. Sofrimento. Depois é só diversão.




Ontem dei meus primeiros saltos pra fora d'água, quando o kite te puxa com força no vento, você decola de fato, faz um vôo e mergulha de volta. Engoli metade da Lagoa.



O bangolé aqui.


No mar mesmo confesso que ainda não fiz. Não sei se vou conseguir fazer antes de viajar (no meio da semana vou pra SP, e parto domingo que vem pra uma viagem de 42 dias pela Escandinávia e Japão). Quando eu voltar capaz de ter de começar tudo de novo... Haha.



Mega cansado depois da Lagoa.


Minha mãe veio para cá neste final de semana e confesso que a abandonei pelo kite. Já troquei também paquerinha pelo kite. Gastei todas minhas economias no kite. Quando o vento está bom, Magu me liga e eu largo tudo pra fazer kite. Ontem fiquei das 2 às 5 da tarde na Lagoa - no final Magu pegou o equipamento pra ele e eu tive de voltar à pé de novo pela água (e cheguei numa margem desconhecida, cheia de mato, entrei numa fábrica sei lá do quê, me perdi, acabei na estrada com aquela roupa de borracha, caminhando de volta pra casa.)



Depois, almoçar-jantar com dona Elisa Nazarian.



Estou digerindo esta comida até agora.


Abandonada pelo filho, Dona Elisa pensa em se matar pulando do alto do farol.
Voltei.



Olha que belezinha vimos na volta da trilha.

E a vista no fim do dia, no quintal de casa...

MESA

Neste sábado, 15h, na Martins Fontes da Consolação, tenho uma mesa com o querido Ricardo Lisias . Debateremos (e relançaremos) os livros la...