29/02/2012


CHEGANDO AOS FINALMENTE

Estou nos meus últimos dias de Finlândia, me preparando para voltar ao Brasil, a São Paulo, pelo menos por um tempo...
Em Helsinque, dezembro.

Finlândia é um sonho realizado, um antigo sonho. Estive pela primeira vez aqui há dez anos, no início de 2002 e me apaixonei pela delicadeza do país, pela melancolia... Voltei no mesmo ano, em agosto, quando eu estava morando em Londres, trabalhando como barman. Então só oito anos depois, em 2010, a caminho do Japão, por dez dias.

Quando fui convidado para apresentar minha obra na Alemanha, em outubro do ano passado, planejei fazer a quarta visita ao país. Aconteceu que fiquei sabendo de uma amiga que estava alugando o apartamento dela em Helsinque – eu estava com uma graninha, em crise existencial, sem saber para onde ir – e decidi passar cinco meses na Finlândia, no inverno...
Eu nunca achei que seria fácil. Não foi. Foi tão difícil quanto eu imaginava, pela solidão, a escuridão, meu estado já pré-depressivo; o frio em si foi a parte mais gostosa, mais peculiar.
Helsinque congelada.
Os finlandeses são muito educados, simpáticos e gostam de brasileiros. O problema é que é um povo extremamente individualista, fechado e... receoso. Quer dizer, eles recebem bem, tratam bem, mas não dão muita abertura, é difícil fazer amigos de verdade, e eles não são muito solidários e prestativos. Cada um cuida da sua vida.
O inverno realmente muda a personalidade das pessoas, elas saem menos de casa, ficam menos dispostas a se divertir e, talvez pareça estranho, mas o finlandês ODEIA o inverno. Eles não gostam de frio. E perdi a conta de quantas vezes eu ouvi: “O que você veio fazer aqui no inverno? Você tinha de curtir o VERÃO da Finlândia, blábláblá.”
Helsinque ainda no outono.

Bem, já estive aqui no verão uma vez, realmente é uma época mais festiva. Mas eu venho do Brasil, para mim é muito mais interessante ver essa realidade glacial. Fora que o clima glacial é muito mais parte da realidade do finlandês do que o verão, que dura pouco, pouco tempo.
O mar congelado em Helsinque.
Então o problema maior do inverno para mim foi como as pessoas recebem o inverno aqui, como o povo se tranca em casa, como a vida fica em stand-by. Dezembro foi o pior mês; já é um mês deprê em si, pelo final de ano e tal, e nesse último quase não nevou em Helsinque. Ficou só uma escuridão, um nublado, eu estava de rolo com um loiro idiota que só me colocava para baixo; quase me suicidei. Sério, quase me suicidei.
Quando a neve chegou ficou tudo mais lindo, mais típico, eu mandei o loiro passear e passei a me servir de loirinhos por quilo. Tive minha cota. Entre o final de janeiro e começo de fevereiro a temperatura fixou abaixo de -20C em Helsinque, e teve um ou outro dia que eu realmente penei. Mas vim para cá para isso. E pode acreditar, viver a -10C é tranquilo – eu nunca deixei de sair de bicicleta, ir para a academia. Todos os lugares têm aquecimento, a cidade é preparada. Usando as roupas certas, você não sente nada de frio.
Na Lapônia, norte da Finlândia, no inverno.

Agora o inverno já está acabando, está fazendo -1C, +1C, que no Brasil seria um inverno polar mas, veja só, a gente se acostuma rápido. Hoje eu saí de casa a +2C, com a neve derretendo, céu azul, pensando: “Ai, tá quente hoje...”
Aqui em casa.
Tive muita sorte de arrumar um belo apartamento em Helsinque, numa zona central, todo equipadinho com microondas, lavalouça, máquina de lavar, TV, talheres, móveis, etc. Vou sentir falta daqui. Meu cotidiano, como sempre, era trabalhar em casa, sair para malhar e os programas culturais/sexuais/noitadas, além das viagens.

Extremo norte, fronteira com a Noruega.

Como me propus a realmente viver o país, eu não poderia ficar só na capital Helsinque. Eu já havia visitado algumas outras cidades, nas outras vezes, e agora contabilizo dez cidades finlandesas (se eu não contar Vantaa, onde fica o aeroporto): Helsinque, Suomenlinna, Turku, Tampere, Jyväskylä, Oulu, Kemi, Rovaniemi, Inari, Karigasniemi. Olha o mapa, marcado com setas onde passei:


Em quantidade de meses, já fiquei mais tempo na Inglaterra, mas acho que a Finlândia é o país que pude conhecer melhor (fora o Brasil, obviamente). E posso discorrer sobre algumas questões...
A CULTURA: Há quem diga que o finlandês é tímido. Eu não colocaria assim, eu diria que é um povo... cauteloso... para não dizer medroso. Isso se reflete desde as relações pessoais, até a preocupação com segurança – mesmo sendo um dos países mais seguros do mundo, as pessoas trancam suas portas, os hotéis, a academia, têm medo quando são abordadas na rua. É um povo que faz tudo segundo as regras, o que tem seu lado positivo, mas que tem muito medo de experimentar algo novo, de tentar fazer de maneira diferente. Enfim, é um povo cagão, sinto dizer.
ECONOMIA: A Europa em geral é muito menos capitalista do que a América. E a Finlândia está no limite de um país socialista. É uma sociedade extremamente igualitária, onde todos têm um nível financeiro próximo e o estado cuida para que ninguém tenha demais ou de menos. O povo não é nada consumista, e mesmo no Natal não se sente a pressão para o consumo. Essa igualdade também se reflete nas relações pessoais. Idosos não têm preferencia nas filas. Homens não abrem portas para as mulheres. As mulheres não se produzem tanto. E elogiar o outro não é um costume finlandês.
Um estado eficiente assim se mantém com altos impostos, é claro, e isso reflete em altos preços. Viver é caro na Finlândia. Comer é caro na Finlândia. Beber é caro na Finlândia. Tudo é caro na Finlândia, na verdade... ou quase. Livros são mais baratos do que no Brasil, veja só, roupas talvez também sejam. Mas o dia-a-dia é caro, bem caro.
A LÍNGUA: O finlandês não tem correspondência com nenhuma outra língua. É muito, muito difícil. Estudei finlandês durante dois anos em São Paulo, numa porcaria de escola. Aqui, fiz mais algumas aulas, em outra porcaria de escola. Não falo, e entendo muito superficialmente. Mas todo, todo mundo fala inglês, ao menos o básico, nos restaurantes, supermercados, lojas, táxi, até o eletricista que veio aqui em casa outro dia (e que era mega gatinho, preciso dizer...). Enfim, com o básico que eu tenho consegui sobreviver muito bem.
Rena de microondas.
A COMIDA: É uma merda. Haha. Nah, tá, a comida é interessante. Acho melhor que a comida inglesa, na verdade, porque não é apenas “ruim”, é diferente. Muita coisa em conserva, seca, azeda, obviamente pelo inverno rigoroso. Mas é engraçado como o finlandês não é chegado em doces – o “doce” finlandês é o salmiakki, que é uma coisa amarga, próxima do alcaçuz, feita de sal de amônia. Também não há essa cultura de salgados gordos com queijo derretendo e presunto. Os sanduiches são de pão preto com salmão. Poderia se pensar que isso faria o povo daqui mais magro, mas não é não. O finlandês é um povo chubbyzinho. Ou seja, eles engordam de pão preto, sem o prazer de engordar.
Das coisas mais bizarras que comi aqui foi a carne de urso. Carne de rena é típica, cara, e uma delícia. Carne de alce é ainda mais rara e cara, com um gosto parecido. Das comidas do dia-a-dia... acho que não sentirei muito falta de nada. E tenho horrores de carne de urso para queimar...

O círculo polar ártico.
TURISMO: Recomendo muito, muito, muito a Finlândia para o turismo. É um país extremamente seguro, civilizado, onde tudo funciona. Eles recebem muito bem o turista. E é um país diferente, pitoresco, cheio de paisagens lindas, coisas interessantes a fazer. É uma delícia para visitar, mesmo no inverno (ou “principalmente no inverno?”). Eu poderia dar (mais) dicas de turismo aqui, hotéis, restaurantes, bares, etc, mas estou propondo isso para algumas revistas e vamos ver se alguém me PAGA por isso.
Cuidado: alces na pista.

NATUREZA: A Finlândia é dos países com menor densidade populacional do mundo. Isso garante extensões e mais extensões de florestas de pinheiros. Viajar pela Lapônia (o norte) é uma delícia. O trem só chega até a capital Rovaniemi, depois disso você pode ir ainda mais ao norte de ônibus. São paisagens incríveis e menos frias do que se imagina. Estive em Karigasniemi, oito horas acima do círculo polar ártico, em outubro, e estava por volta de 5C positivos. Viajando pela Lapônia é comum ver renas na pista. Vi também alguns outros veados. Alces não vi. Também não consegui ver a aurora boreal, que foi uma grande frustração.

Comi muito.
A VIDA GAY: A homossexualidade é muito bem aceita aqui. É um país pouco religioso, isso ajuda. Na recente eleição presidencial, há algumas semanas, um dos favoritos era um homossexual assumido que tem um namorado equatoriano vinte anos mais novo (ele não foi eleito, mas ficou com 30% dos votos). A bissexualidade é mais normal ou menos tabu do que no Brasil. E isso também quer dizer que a “cena gay” é pequena e os “gays exclusivos” ou os “homoafetivos” são uma minoria passiva... Aliás, é disso que eles se queixam, que os gays (com quem eles podem namorar – porque os bissexuais namoram mulheres, vejam só- todo mundo precisa de alguém para lavar e passar.) são todos passivos. Isso está longe de ser um problema para mim... Mas eu descobri que aqui passivo é PASSIVO, que deita na cama e não faz nada, nada. Juro. Eles esperam que o ativo cuide de tudo. Cheguei a pensar em sair para a noite com uma camiseta: “Sou ativo. Não sou necrófilo.” Ainda assim, deu para eu me divertir bem, me servindo de loiros a granel. De volta ao Brasil, só me alimentarei de cafuçus.
Em Turku (2010).

E esse é meu saldo de Finlândia. Destruiu muita da minha idealização sobre o país, mas tive uma vivencia mais real e intensa, que vai deixar saudades. Espero voltar, sim, em breve. Até porque, depois de 5 meses, as coisas começam a ficar mais fáceis, eu vou me integrando mais ao país e formando amigos de fato.
Talvez o desafio agora seja eu me reintegrar a São Paulo...
No Kiasma, museu de arte contemporânea de Helsinque, ontem mesmo.

27/02/2012

AND THE OSCAR GOES TO...

Assisti esses dias por aqui e não gostei nada-nada de “A Dama de Ferro.” Achei um telefilmezinho chinfrim, não consegui entender direito a história da Margaret Thatcher, como ela chegou ao poder, achei tudo muito rápido e nem a interpretação da Meryl Streep se salvou. Achei caricata, forçando o britanismo. Fora que a história dela em si não é lá tão espetacular. Tirando as questões políticas, não há grandes dramas ou surpresas; e o filme procura se apoiar no estado dela atual, de senilidade, para poder dizer algo mais sobre o lado humano do personagem.

Mas crime mesmo foi nem “Melancolia” nem Kirsten Dunst terem sido indicados ao Oscar.

Acho que se eu fosse fazer minha lista de filmes favoritos de todos os tempos, seria mais ou menos essa, mais ou menos nessa ordem (não peça coerência - não é minha lista de melhores filmes de todos os tempos e sim meus favoritos de todos os tempos):

MELANCOLIA (Lars Von Trier): Uma obra-prima do niilismo, a anti-ficção científica, e com imagens tão lindas, interpretações tão perfeitas que me fez sair maravilhado e relaxado do cinema.

PALINDROMOS (Todd Solondz): Uma comédia absurda politicamente-incorreta que eu não canso de assistir em DVD.

O BURACO (Tsai Ming-Liang): Um filme lento, em que não acontece muito nada, mas que tem o ritmo e o clima drasticamente alterados com números musicais.

AUDITION (Takashi Miike): Um exercício extremo de cinema. Basicamente uma hora de comédia romântica fofinha e quarenta minutos finais de terror surrealista hardcore.

ED WOOD (Tim Burton): O triunfo dos trevosos, bizarros, segregados e outsiders.

AMORES EXPRESSOS (Wong Kar Wai): Lindo-lindo e fofo-fofo.

WHATEVER HAPPENED TO BABY JANE (Robert Aldrich): Um thriller bizarro com uma Bette Davis perfeita.

SERIAL MOM (John Waters): Comédia de humor negro com uma Kathleen Turner impagável.

O CHAMADO (Gore Verbinski): Ok, ok, ninguém vai concordar comigo, mas acho esse remake de "Ringu" o filme de terror mais perfeito já feito.

SNAKES ON A PLANE (David R. Ellis): O perfeito filme B, assumidamente trash, que entrega exatamente o que o espectador quer, e um pouco mais.


22/02/2012

TURISMO FRÍGIDO

Perdidos em alto... mar?


É carnaval! (Era...) E enquanto vocês se caramelizavam ao ritmo dos batuques tribais, eu voltava à era do gelo nesta Suomi da qual já estou me despedindo.



Vim para a Lapônia, norte da Finlândia, me despedir do país, do inverno e do gelo (que começa a derreter por aqui – sim, até na Finlândia o gelo tem um fim). Das viagens turísticas que fiz nesta temporada aqui, esta sem dúvida foi a melhor. Primeiro porque resolvi aceitar meu próprio conselho e afundar de vez no turismo – fazendo os programas típicos. Segundo porque o inverno está acabando e o país fica mais iluminado, as pessoas mais festivas, eu mesmo menos depressivo. Foi lindo.


Kemi.

Com Sergio, ainda em Helsinque.

O carnaval começou em Helsinque com a festa de aniversário do Sergio, meu leitor brasileiro que se tornou um grande amigo, grande parceiro, mora no meu coração. Noora, a namorada finlandesa dele, preparou uma grande festa surpresa num bar russo, e foi uma das noites mais afetivas, queridas e gostosas que tive nessa cidade.

As lindas amigas finlandesas.

Discurso! Discurso!


De lá segui para a Lapônia – Oulu, Rovaniemi e Kemi. Oulu eu ainda não conhecia, foi ok, cidade bonita, mas sem muito o que fazer. Em Rovaniemi foi minha terceira vez, e foi uma sensação ótima descer na estação de trem da cidade e seguir direto para o hotel, sem ter de pegar mapa ou indicação alguma, porque eu já conhecia tão bem a cidade (que afinal é uma cidade de apenas 60 mil habitantes).


Oulu: bonitinha, mas nada de mais.

Instalações carnavalescas em Oulu.

Em Rovaniemi, além do turismo, conheci o Ronaldo, pernambucano que mora há um bom tempo por aqui figura de primeira linha, personagem de grandes histórias e uma das pessoas mais interessantes com quem cruzei nesta vida. Saimos para a "noite rovaniemiense" (que obviamente se resume a uma dúzia de bares, mas, veja só - num deles tocou na mesma noite Suede e Michel Teló).
Com Ronaldo, no centro de Rovaniemi.


Rovaniemi fica bem onde passa o Círculo Polar Ártico - ou a poucos quilômetros. Sim, lá onde fica a "Residência Oficial do Papai Noel". Eu resolvi visitar de novo, pela terceira vez, a pé. Não estava lá tão frio, -3C, -5C, mas num determinado momento minha câmera começou a chiar...

O "Santa Park", parque do Papai Noel, só abre durante as festas. Mas a "vila do Papai Noel", com venda de souvenirs e o caralho, fica aberta o ano todo.

Finalmente encontrei um trenó com renas de verdade. Essa aí me desprezou: "Mas já comi seu irmão... e seu primo... e seu sobrinho... e todos seus vizinhos!" disse eu.

O bar de gelo de Rovaniemi era meia boca. Mas deu para tomar uns gorós.

Quando fui fotografar a cama do motelzin de gelo a câmera começou a pifar de vez pelo frio. Por sorte eu ainda tinha o IPhone...

Enquanto eu tirava minha jaqueta, minhas luvas, preparava uma pose sexy para fazer na cama de gelo, esses moleques deitaram e não queriam sair. Juro que tive de dizer a mãe deles: "Hum, posso fazer uma foto na cama sem seus filhos? Nada contra, mas, sabe como é, Michael Jackson foi preso por isso..."

Pronto.

Depois de dois dias em Rovaniemi, vim para Kemi (de onde lhe escrevo). Kemi é uma cidadezinha de 20 mil habitantes (que na verdade é uma cidade grande para a Lapônia, considerando que já estive em Karigasniemi, no extremo norte, que tem algumas centenas apenas). Kemi investe nessa coisa de "turismo frígido", "Castelo de Gelo", "Hotel de Gelo", "Barco Quebra-gelo". Eu resolvi seguir o manual "Lonely Planet" e fazer os programas de turista. Não me arrependi.


"Thank you Mario, but your princess is in another castle!"

O "Castelo de Gelo" é algo construído todo inverno, para turistas visitarem, se hospedarem (há quartos, mas eu não achei lá muito confortável, e pelo custo/benefício é melhor só visitar) e também tem restaurante e bar. Bem maior, mais completinho e mais profissa do que o pulgueirinho de gelo que eu vi em Rovaniemi. Mas é daqueles programas turísticos que você faz só uma vez na vida, e olhe lá.


Cama de gelo para gente frígida brochar sem culpa.

"Super gêmeos ativar! Forma de um bangolé de gelo!"

Igreja de gelo para fugir do fogo do inferno.


Bem mais interessante em Kemi é o "Sampo" um barco quebra-gelo que navega pelo Golfo de Bótnia, no mar Báltico, entre a Finlândia e a Suécia. É um passeio turístico (carinho) com almoço à bordo, cruza o mar congelado, e incluiu uma parada em alto mar, para você passear pelo gelo e "nadar" nas fendas abertas (numa roupa especial em que você praticamente não tem contato algum com a água).


Meses de Escandinávia me deixaram inchadinho assim...


A vista é magnífica, principalmente pelo vazio. Um vazio conteudista, eu diria. E na verdade eu descobri que gosto mesmo de programas turísticos, gosto do clima turístico. Gosto de estar nesse grupo mesclado de japoneses, alemães, russos. Casaizinhos em luas de mel, homossexuais sozinhos, famílias com crianças; aquela cortesia de "quer que eu tire uma foto sua?" Acho gostosinho. Nesse clima conheci o Chris no barco, um alemãozinho, que se tornou meu melhor amigo do mundo aqui.


Neste mar não mais mergulharei.

Brindando com o Chris.

Agora tenho esta noite em Kemi, daí volto para as festividades finais em Helsinque. Estou sentindo como se o inverno tivesse acabado de vez, para sempre, nunca mais em meu coracão, e já estou ansioso para saber onde será meu Halloween.

Depois do fim do mundo, para onde ir?



TIREM AS CRIANÇAS DA SALA

(Publicado na Ilustríssima da Folha deste domingo) Do que devemos proteger nossas crianças? Como não ofender quem acredita no pecado? Que ga...