22/09/2014

ORFÃO


A mancha era dela mesma, a mancha era ela mesma. O sangue era dela, do pai e da irmã, o menino passara a tarde inteira fechado no quarto brincando sozinho. Não tinha nada com isso, podia jurar. Se a mãe saísse do quarto ele juraria que não tinha nada com isso. A mancha era dela mesma. Esse sangue não é meu. E a mãe se ajoelharia a seus pés para esfregar.  


Esta semana estou em no selo Formas Breves, organizado pelo querido Carlos Henrique Schroeder, que lança o conto de um autor diferente toda semana, por R$1,99, nos principais sites de e-book (Amazon, Apple, Cultura, Kobo). 

Meu conto é a coisa mais recente que escrevi, uma boa ponte entre BIOFOBIA e o que pode ser um próximo romance. A história: um menino que sai do quarto para descobrir que a família foi morta, numa narrativa entre autista e etérea, sobre independência e as descobertas da infância. 

Veja este e outros aqui: 



TIREM AS CRIANÇAS DA SALA

(Publicado na Ilustríssima da Folha deste domingo) Do que devemos proteger nossas crianças? Como não ofender quem acredita no pecado? Que ga...