12/12/2023

O ANO DO VEADO


No lançamento do Veado, em foto do Ambooleg.


2023 até que foi bom para mim. Nada excepcional, mas foi um ano centrado como um todo.


No começo do ano dei este curso oline, com a participação de amigos-parceiros queridos.


Começou pavoroso, sem trabalho, fodido, esmolando jobs nas redes sociais. Mas às vezes funciona. Lá para março começaram a engrenar ótimos trabalhos, que renderam outros trabalhos, e consegui colocar as contas e a cabeça no lugar.

Com o brow Abílio, em Ubatuba.


Daí deu pra ser feliz, daquele jeito modesto. Duas viagens para a praia – Parati e Ubatuba - notebook novo, conseguir comer o que gosta, essas coisas que deveriam ser básicas. Não teve nenhuma viagem internacional, nenhum prêmio, nenhum novo amor...

O aniversário foi em Parati. 

    
Nem amor velho, nada. Não saí com absolutamente NINGUÉM este ano todo. Estou virgem de 2023. Bem cansado dos veados, dos veades, principalmente. Acho que me aposentei...

O Veado na Folha de São Paulo.


Mas isso trouxe meu Veado Assassino, meu 13º livro, se é que estou contando corretamente, uma novela estruturada só em diálogos, pela Companhia das Letras. Foi... bacaninha. Chamou atenção. Muita gente gostou. Muita gente ODIOU com força. Mas me orgulho de ter trazido algo diferente e ousado, que talvez se desdobre em outros formatos...

Gravando o programa Entrelinhas, da TV Cultura, com o Manuel da Costa Pinto. 


Fiz muita, muita leitura crítica, que é algo que eu adoro fazer (essa possibilidade de ler “conversando” com o autor, em comentários deixados ao longo do texto). Também fiz parte do júri dos Prêmios Sesc e Oceanos – e ainda apresentei os vencedores do Oceanos no palco, com a querida Fernanda D’umbra. Então foi dos anos que mais li (só como jurado foram mais de DUZENTOS livros).

Na entrega do Prêmio Oceanos, com as querida Fernanda D'Umbra e Luz Ribeiro.

E é um paradoxo, porque estou cada vez mais cego, ainda sem usar óculos. Ajuda ler no Parque Augusta, onde também aproveito para bronzear, biscoitar, ver os meninos bonitos seminus...


Ao menos mediei a mesa de lançamento da querida Amanda Orlando (aqui, com o Oscar Nestarez)


De evento literário, não teve NENHUM, nenhuma mesa, festival, palestra, debate, nenhum convite, NADA. Acho que o tema, o título, o Veado dificultou as coisas... Tiveram alguns destemidos bacanas, que me chamaram para entrevistas – o programa Entrelinhas, o podcast História Diversas, Revista Fórum. Também foi bacana participar de um documentário sobre minha escrita em relação com a cidade de São Paulo: pude realizar o sonho de entrar no fosso das cobras do Instituto Butantan.

Gravando no Instituto Butantan, com uma equipe bacana.


Uma grande tristeza do ano foi a morte do querido André Pomba, DJ lendário da cena underground de SP, meu amigo de quase trinta anos. Ao menos pude dar uma força no tratamento dele. E toquei na festa em homenagem a ele – fazia mais de dez anos que eu não tocava em balada.

Com os amigos trevosos de toda a vida, na despedida do Pomba. 

   
Minha mãe também teve um problema sério no pulmão, ficou alguns dias na UTI. Ainda não resolveram totalmente, mas ela já está bem melhor. São as coisas inevitáveis da velhice...

Almoço na casa da véia, com amigos queridos e minha sobrinha. 


Para 2024... ainda não sei muito. Não terá livro novo, mas estou trabalhando num próximo e em em outros projetinhos. Ainda não sei de nenhuma viagem; pelo menos estou muito bem de trabalho – tradução e leitura crítica - e começarei bem, no meu lugar favorito do mundo. Já reservei pousada uma semaninha, na virada, em Florianópolis. Quem estará por lá?


Mais glamour em 2024!


NESTE SÁBADO!