19/08/2023

COMO FAZER UM LANÇAMENTO DE SUCESSO!


Segundo semestre é um Inferno de lançamentos.

Eu tento, sempre tento fazer no primeiro. Insisto com a editora. Mas mesmo com o livro entregue um ano e meio antes, parece que fica sempre pro segundo tempo...

(Daí a gente faz lançamento no começo de agosto e ninguém da Editora consegue ir porque tem Flipelobrasiltodo.)

Eu mesmo tenho tentado acompanhar, prestigiar, divulgar e comparecer aos lançamentos de amigos-colegas, gente de quem eu gosto. Tá difícil.

Mas tenho um ódio mortal quando vejo aquela fila imensa com gente dizendo: “Ai, não consegui ir no seu, mas vou ler...”

Tenho intimado: “Então compra!” Estamos numa livraria afinal, meu livro exposto. “Vai lá comprar que guardo seu lugar aqui na fila.” O povo nunca compra.. (“Não posso estalar os dedos e fazer as pessoas gostarem de mim.” – digo parafraseando meu Veado, que tava parafraseando o Thanos dos Vingadores, para quem não pegou).

Hoje encontrei o Mansur Bassit no supermercado. Ele veio com aquela: “Ai, não consegui ir... Mas vou ler.”

“Então compra! Tá vendendo aqui!” (Não resisti.)

“Teu livro tá vendendo no supermercado?”

“Não... Mas me compra um quilo de arroz, pra compensar...”

Ele riu constrangido, tentando fugir. A classe média paulistana pressionando a fila para comprar sua linguiça Seara Gourmet...

Deixo então aqui as dicas para quem está lançando livro. Tenho experiência. Tenho experiência em fracassos. Aprendam com o tio:

- Lancem no PRIMEIRO SEMESTRE. Segundo semestre é um Inferno de lançamentos, eventos. Pós-carnaval geralmente não tem NADA (mas parece que as editoras ainda não entenderam isso).

- PAREM COM ESSA HISTÓRIA DE LEITURA, bate-papo em lançamento. Eu sei, eu mesmo QUASE fiz, mas me toquei depois que fui no lançamento badalado, lotado, divertido do Joca Reiners Terron. Todo mundo bebendo, conversando, uma fila enorme para ele autografar. Daí: “Vamos desfazer a fila, fazer silêncio, ficar bonzinho que o autor vai ler por uma hora.” Em lançamento o povo quer passar, pegar o livro e ir embora. Ou então conversar com os amigos-colegas-pares. O livro a gente lê em casa.

- Se querem que o povo fique, ofereçam bebida.

- Tentem fazer dedicatórias personalizadas, que digam respeito à pessoa que está levando o livro, não a você ou ao seu livro. (Nem sempre eu consigo...) Assim a pessoa se sente mais valorizada por ter ido.

- E COMPAREÇAM aos lançamentos dos colegas-amigos-queridos, para depois poderem reclamar se não forem no seu.

(O meu foi bacaninha, sim, os amigos fizeram a diferença, mas poderia ter sido melhor; sempre poderia ser melhor...)

13/08/2023

HOJE EU TÔ FELIZ, MATEI O PRESIDENTE

Foto por Ambooleg

Valeu meeeeesmo a todo mundo que foi no lançamento ontem, no Hitch. Acho que a ideia deu super certo, fazer num bar gostosinho, que o pessoal pudesse ficar, beber, sentar, conversar (e comprar o livro).  João e todo o pessoal do Hitch (e da Dois Pontos) foram super acolhedores; acho que o povo se sentiu em casa. 

Ambooleg é amigo de décadas e fez minhas primeiras fotos de orelha/divulgação, lá em 2003
Casalzinho lindo. 

Leila foi minha querida editora na Melhoramentos (fizemos o infantil do Dragão juntos)

O grande Scott. 

Outro casalzinho lindo. 
Staut, Mário e André estavam em casa. 

Familinha. 

Muita gente bacana, muita gente bonita, gente que fazia tempo que eu não via, gente que eu nunca tinha visto, gente que eu só conhecia das redes sociais. Não consegui tirar muitas fotos, porque tava na função de autografar e receber o pessoal (e geralmente quem faz as fotos nos meus lançamentos são meus namorades, mas como agora não tem...). Mas peguei muita foto de gente que tirou, compartilhou, me mandou. Fiz um reels bacana no Insta. 

Lindo ter a Márcia Tiburi de volta. 


Só gente fina: Daniela Pinotti, Marcelo Maluf, Andrea del Fuego, Natália Timerman e Hanaide Kalaigian. 


Grandes cineastas

O querido Clayton
Julián Fuks e Natália

Valentina Nazarian foi a sensação da festa. 

Tati é amiga há quase 30 anos e tá cada vez mais linda.

Agora não tem mais NADA marcado, evento nenhum. Mas tem saído muita matéria, entrevista e a divulgação continua. Quem não foi e quiser comprar o livro autografado comigo, é só me mandar mensagem, que eu envio para todo o Brasil. (Posso vender os três mais recentes, da Companhia: Veado Assassino, Fé no Inferno e Neve Negra). 

(Só que não vai com drinque... O drinque exclusivo era só ontem. O povo disse que gostou: era vodca, Coca Cola sabor café e limão - basicamente o que o personagem bebe no livro antes de matar o presidente - não é lá grande spoiler.) 

O querido Moacyr comprou os três ontem. 

As queridas da Dois Pontos chegaram antes das 4 e ficamos até depois das 8 autografando. 
Drinques com o grande Marçal. 


E terminei a noite num boteco com o Marcelino e amigos. 

       



07/08/2023

TARDE DE AUTÓGRAFOS




No próximo sábado faço minha tarde de autógrafos do Veado Assassino. É a primeira sessão de autógrafo que faço em... SEIS ANOS e, por enquanto, meu único evento presencial este ano (vai ser difícil rolar algo, com um livro com esse título/tema). Escolhi um bar bacana, de um amigo, para o pessoal poder sentar, conversar, beber, ter mais tempo – começa às 16h e vai até umas 20h. É na Cardeal quase com a Fradique. Espero todos lá.

O livro tem tido uma ótima repercussão - vantagem de ter feito um livro curto, rápido de ler, além do tema-título de impacto. A Folha deu uma matéria meio maldosinha, mas que vende bem o livro. Também gravei entrevistas com o Metrópoles, Entrelinhas, Revista Fórum, Podcast Histórias Diversas e o Globo. Mas o mais bacana tem sido como o livro está ecoando bem com os colegas escritores. Já temos aspas bem boas de gente que admiro: 

"Santiago Nazarian coloca em colisão duas vozes, a de um adolescente que fetichiza o ódio e a de uma instância que perscruta os seus atos, ambas as vozes tão trepidantes e incertas quanto a história recente do país." – Andrea del Fuego

“Um livro selvagem. Não dá para imaginar para onde está indo até os segundos finais.” – Antonio Xerxenesky

 

“Hilário, engraçadíssimo, mas me pegou de um jeito...” – Chico Felitti

 

“Sempre gostei da sua prosa ácida e sem concessões. Mas o que ele faz nesse novíssimo Veado Assassino vai além, é um absurdo, um atrevimento, até pra ele. Santiago escreve nosso tempo como poucos.” - Marcela Dantés.

 

“A literatura de Santiago sempre teve um pé na anarquia, mas também nos mostrou um autor capaz de tecer uma narrativa nos moldes clássicos com grande domínio, como em Fé no Inferno. Com Veado Assassino, ele apenas cimenta a sua posição como um dos mais originais escritores brasileiros.” – Marcelo Nunes

 

“Nazarian atirou pedras para todos os lados e foi certeiro em todos os arremessos, de modo a que não há aqui nenhuma vítima que não seja também um algoz. O mais legal é a leitura precisa e assustadora que o livro traz sobre como a realidade não assistida de toda uma nação afeta exatamente aqueles que são a base dessa mesma nação no futuro. Para ler num tiro só. E na testa.” – Alessandro Thomé

 

“Este Veado Assassino é um Nazarian completo, ainda mais por ser escrito somente como um diálogo, do começo ao fim. É algo difícil, que fazem bem somente grandes escritores. Um romance muito atual, de leitura rápida, contundente como um golpe de esquerda e com um certo sabor de vingança - ou uma cusparada na cara da história recente do Brasil.” – Thales Guaracy

 

“Veado Assassino é muito mais do que apenas a história de um adolescente revoltado. É sobre o Brasil de agora, totalmente corroído, machucado e com as cicatrizes totalmente expostas.” – Ney Anderson

 

“Esse romance-diálogo do Santiago já pede pra subir no palco, com uma dramaturgia irada.” – Reynaldo Damazio

Se você está interessado por esse livro, tenho duas coisas iniciais a dizer: 1) fuja das resenhas, dos textos preliminares, dos posts nas redes sociais, quaisquer textos sobre ele; 2) não perca tempo, comece logo.” – Luiz Biajoni. 



MESA

Neste sábado, 15h, na Martins Fontes da Consolação, tenho uma mesa com o querido Ricardo Lisias . Debateremos (e relançaremos) os livros la...