2024 foi lindo.
Minha semaninha em Florianópolis foi melhor do que eu
esperava. O tipo de viagem perfeito para mim: fui sozinho, fiquei hospedado sozinho
numa pousada bacaninha, mas encontrei vários amigos que eu não encontrava havia tempos; teve bebidinhas, comidinhas, muita trilha, mergulhos e banho de mar.
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Banho de mar noturno. |
Sempre fui muito para a Ilha, mas em 2010 resolvi realizar
aquele sonho de morar na praia, pelo menos por um tempo. Acabei ficando um ano e formei laços para a vida toda. A Ida Andersen e família, que tinham uma
pousada por lá, me acolheram até eu encontrar casa para alugar, e se tornaram
uma segunda família – familinha linda que tenho visto crescer, nascer netos...
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Ida desta vez deixou uma bicicleta comigo. |
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Taiya é um cara sensacional. |
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A Trishya eu vi crescer e agora tá com filho... (mentira, é sobrinho, o Igor). |
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Raiza e Taro com o filho Igor.
| O Gael é outro que vi nascer. |
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Agora eles não têm mais a pousada, e estão morando mais
afastados, no Rio Vermelho, então procurei uma pousada bacaninha na Barra da
Lagoa, e só fui visitá-los – acabei passando a virada e o último dia de viagem com eles. Taiya,
o filho do meio (que inclusive fez a foto de capa do meu BIOFOBIA) me levou
para trilhas na praia de Moçambique e tivemos ótimos papos.
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A Ceia de réveillon com Ida e família. |
Também consegui encontrar uma irmãzinha gaúcha, Taina Fiori,
que foi minha dupla quando trabalhei numa agência de publicidade em Porto Alegre;
e o Pejota, meu técnico de informática que se tornou amigo, e também estava lá
de férias com o namorado.
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Reencontrando Taina para almocinho no canal da Barra.
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Pejota foi lá só pra formatar meu PC. |
O puxado é que não consigo aproveitar esse tipo de viagem “de
boa”, quero revisitar todos os lugares, aproveitar ao máximo, então acabo
acordando 6 da manhã para fazer trilha, caminhar da Barra para a Joaquina, da
Joaquina para a Mole, da Mole para a galheta, pedalar de bicicleta até o Rio
Vermelho...
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Vestido de turista para pegar o barco. |
Também peguei um barco para mergulhar. Queria ir até a Ilha
do Campeche, mas os barcos de visitação estavam todos lotados, então consegui
ir até a ilha só para mergulhar, não para desembarcar. O mar estava revolto e
foi uma provação – no barco tinha umas crianças passando mal, umas crianças lindas, uns menininhos com uns
cabelos longos, cacheados, com uns pais carecas... com tatuagens de Jesus
Cristo. Tenho certo preconceito. Tive certo medo de que descobrissem que eu assassinei o ex-presidente... O passeio não acabava nunca, então literalmente abandonei o barco. Quando passou por uma praia conhecida, saltei no mar e voltei nadando.
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Leitura de férias. |
Além da maratona de passeios, também teve a maratona
gastronômica: camarão à grega, moqueca de lagosta, lula à milanesa e muitas,
muitas caipirinhas. Acho que, no saldo, fiquei na mesma, consegui queimar o que
comi a mais... mas ainda não tive coragem de me pesar.
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Com a Ana, gerente querida da Encantada Floripa. |
Super recomendo a pousada onde fiquei: Encantada Floripa. Não é barata, ainda mais em temporada, mas tem uma piscininha, os quartos são grandes e bem equipados (com cozinha, sala, utensílios, ar-condicionado). Também é super silenciosa e garante privacidade total - se posso considerar uma crítica é que não há muita área de convivência entre os hóspedes; então quem vai sozinho permanece bem recluso.
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Piscininha só pra mim. |
Muita gente evita viajar no ano novo, por causa da muvuca (e dos preços). Mas Florianópolis ainda é um destino que, apesar de cheio, dá conta do turista. Você consegue sentar tranquilo num restaurante, consegue entrar no mar e deixar suas coisas na areia. A praia mesmo só fica muvuca na região dos bares. É caminhar um pouco e você tem uma praia deserta.
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A Barra, onde eu fico, em plena véspera de ano novo. |
Agora... é encarar o duro resto do ano. Janeiro começou com
bons trabalhinhos: estou com uma tradução, uma preparação de texto e uma
leitura crítica; fora os trabalhos que faço pra mim mesmo, a adaptação de um
texto, a escrita de um novo livro...
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Almoço em família no Rio Vermelho. |
Só não tenho grandes planos, só não tenho mais nenhum sonho. Mas vale a pena continuar vivendo por momentos como esses. Férias perfeitas.
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Deu pra queimar... |