15/07/2015

ASDA


Asdinha, nossa amada coelha, morreu cedo demais.

Há três semanas fez uma cirurgia para retirada de um nódulo no focinho. Alguns dias depois, encontrei coágulos na bandejinha dela. A veterinária disse que deveria ser reação ao antibiótico. O sangramento parou, ela continuou normal por mais duas semanas, até este final de semana, em que os sangramentos voltaram intensos entre a urina.

Logo depois da cirurgia. 

Levamos segunda em outra veterinária, que deu vitaminas e pediu uma série de exames, de urina e ultrassom. Nem deu tempo de fazer. Segunda de noite ela ainda comeu verduras, comeu um pedaço de manga da minha mão, mas estava apática. Terça de manhã acordei com ela morta.


Tristeza demais. Horrível encontrá-la deitada de olho aberto. Fiquei tentando acreditar que ela ainda podia estar viva. Depois ainda tivemos de rodar pelo bairro com ela numa caixa de sapatos, procurando um lugar para cremar, com as pessoas parando o Murilo para tirar fotos.

Com Murilo. 

Não sabemos o que foi, se foi reação à cirurgia, se o próprio nódulo no focinho já era sintoma de outra coisa, se foi um problema completamente diferente. Coelho é um bicho frágil, e há poucos veterinários especializados. As duas que a atenderam eram especializadas em silvestres, mas não têm muito palpite do que aconteceu...

Claro que passa pela nossa cabeça uma porção de possibilidades – que poderíamos ter levado em outro veterinário desde o começo, que não deveríamos ter levado ela de volta para casa segunda do jeito que ela estava, mas de nada adianta.

Primeiros passos na minha casa.

Vai ficar para sempre uma saudade. É um bicho, viveu só um ano e meio, mas ocupava espaço demais na minha vida. Era minha companhia diária neste apartamento, carinhosa, aloprada, o primeiro animal de estimação que foi realmente meu, que me reconhecia como dono. Era uma injeçãozinha diária de amor. 

Última foto que tirei com ela. 

Fui o melhor dono que pude. Pesquisei muito para dar a melhor alimentação, o melhor ambiente. Não faltaram mimos, não faltou carinho. E ela sempre retribuía.

Agora ainda sinto como se ela fosse correr pela casa. Não acostumei que não preciso mais deixar a porta do meu quarto fechada, para ela não roer meus sapatos. O apartamento está bem vazio. 


 Quinta agora ela ainda estava assim...


Ainda não sei se quero/consigo ter outra. Não vou pensar nisso agora. Faz parte da vida, mas é por essas que a vida é triste.




MESA

Neste sábado, 15h, na Martins Fontes da Consolação, tenho uma mesa com o querido Ricardo Lisias . Debateremos (e relançaremos) os livros la...