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Essa foi minha grande viagem de 2016. |
Não deu para ser feliz em 2016...
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Em Florianópolis, em maio. |
Ano passado muita gente já reclamava da crise, mas
consegui surfar razoavelmente, viajei para a Armênia, Europa, fechei alguns
projetos bacanas, realizei uma dúzia de eventos que mantiveram as contas sob
controle.
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A virada até que foi tranquila, só eu e Murilo na casa de campo da minha mãe. |
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Bowie morreu logo no começo, e escrevi um conto na Ilustríssima inspirado nele. Mas foram poucas colaborações na Folha este ano. |
Este ano começou com muito trabalho e pouco
dinheiro, terminou com pouco trabalho e nada de dinheiro. Pouquíssimas viagens;
não deu para conhecer nenhum país novo, nenhum país velho. Passei meses, meses,
literalmente trancado em casa. Enquanto isso, recebia as piores notícias lá de
fora: Golpe, Dória, Trump, uma crise e um conservadorismo crescentes que tornam
as perspectivas futuras nada animadoras.
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Carnaval em SP mesmo, em companhia de grandes autores: Joca Terron, Rodrigo Lacerda, Ivam Marques, Lourenço e Lucimar Mutarelli, Ivana Arruda Leite, Xico Sá, Ronaldo Bresane, Tati Bernardi, Marcelino Freire, Andrea Del Fuego, Adilson Miguel e Noemi Jaffe. |
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Meu aniversário este ano foi low-profile. Demos de turistas por São Paulo, fomos ao zoológico e ao (restaurante armênio) Casa Garabed. |
O namoro foi tranquilo, suave como sempre; no
segundo semestre Murilo se mudou para cá; agora se prepara para abrir um
restaurante no litoral, então está com um pé em cada lugar. Acho que nosso
companheirismo que me fez suportar, ainda que os dois estivessem na merda, cada
pequena conquista de um servia para ajudar o casal. Por sorte não somos
daqueles, tão típicos, que afundam um ao outro... Ao menos, não ainda.
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A nova família brasileira. |
E teve também a Gaia, minha nova coelha. Desde a
morte da Asda, queria adotar. Consegui no começo do ano. Gaia veio arisca,
distante, educada; tornou-se das coelhas mais carinhosas... e abusada. Destruiu
metade da casa, mas impediu que eu me destruísse. Carente ao extremo, não larga
um segundo do meu pé, e se não dou atenção vai destruir o sofá, vai comer os
fios do computador. Não tem jeito, já é a dona da casa.
Fora o coelho, fora o amor... só o Playstation
salva. Devo muito da minha sanidade ao Monster Hunter Freedom Unite, jogo
antiguinho para o PSP. Baixei sabendo que era das coisas mais viciantes,
pensando em preencher o tempo enquanto esperava as editoras ressuscitarem,
ventos moverem moinhos; consegui queimar dias e dias em que eu poderia estar
lendo, poderia estar trabalhando, poderia estar ajudando crianças carentes, mas
preferia estar em coma.
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Tigrex. |
(O jogo é um RPG de ação, em que você é um caçador
de monstros e tem que criar todo o equipamento, planejar a caçada e sair atrás
de criaturas que vão de unicórnios a gorilas e dragões gigantes. Com alto grau
de detalhismo, você tem até uma fazenda para cultivar ingredientes, tem de se
preocupar com o que vai comer antes das expedições; cada monstro em si tem uma
personalidade própria, você precisa aprender seus movimentos, suas reações;
enfim, é um jogo que exige centenas e centenas de horas de dedicação... Aproveitei
bem, tornou-se certamente meu game favorito de todos os tempos; e ainda não
terminei.)
(Você vê, essa foi a grande viagem do meu ano...)
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Teve também um pulo rápido em Campinas, em debate com Marcelo Maluf, Andrea del Fuego e Luiz Brás
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E Campo Grande, com Douglas Diegues e Anelia Pietrani. |
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As perspectivas para 2017... são as piores. Tem
livro novo sim, romance, já entregue, nas prés, ainda sem data para o
lançamento. Mas há muito que os livros não mudam nem minha vida, quanto mais o
país, a crise, o aquecimento global...
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Debate com Raphael Montes e Rogerio Pereira, na Bienal, em agosto. |
Reveillon será em Maresias, onde Murilo agora
trabalha. Mas talvez volte antes por aqui.
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Balada Literária, semana passada, com Ricardo Dalai Lima, Jeanne Callegari, Patrício Júnior e Ramon Mello. |