24/01/2023

GROW FOR ME

 


Ganhei essa linda planta no meu aniversário de namoro ano passado, há quase um ano. O namoro acabou há uns meses.

A planta resistiu bem – murcharam as flores, nasceram novas flores, ramos secaram, brotaram outros ramos -, até que, no saldo, foi mais morrendo do que vivendo, cada vez mais seca, como tudo por aqui...

Mas eu resisti. Sem namoro nem coelho, a planta era o que sobrava pra cuidar diariamente. “Vamos tomar um sol”, levava ela pra área de serviço. “Tá com sede?” colocava água. Ela nunca respondeu. Mas eu ainda tomava como uma analogia (ainda que batida) da minha vida. Quando melhorarem as coisas, ela vai melhorar. Quando ela melhorar, é sinal de que as coisas estão melhorando...

Agora parece que morreu. (“Não tava muito bom, tava meio ruim, agora parece que piorou”, como diz o poeta.) Uma mulher zelosa me diria para desistir. Mas fui pegar o vaso para jogar fora e senti meio quente, meio pulsante, pensei em todos os microrganismos que ainda podem estar aqui.

Talvez a planta ainda rebrote no tempo certo? Talvez os microrganismos tenham algo a me dizer. Eu posso continuar regando e esperando. Se música clássica não salvou minha planta, talvez haja esperança com Raça Negra?

MESA

Neste sábado, 15h, na Martins Fontes da Consolação, tenho uma mesa com o querido Ricardo Lisias . Debateremos (e relançaremos) os livros la...