13/11/2024

VEADO EM INGLÊS

 


Temos o Veado em inglês! Há cerca de um ano, traduzi para a Companhia tentar vender lá fora, sem grande sucesso. Então encomendei essa capa fodona para meu irmãozinho, parceiro de longa data, Alexandre Matos e joguei na Amazon. Já está disponível lá, tanto para Kindle quanto impresso. (O impresso só é vendido pelas Amazons de fora, então fica bem carinho com o frete. De qualquer forma, devo receber uma remessa em breve e vejo o preço camarada que consigo, para quem quiser.) Não é uma GRAAANDE conquista, mas não deixa de ser um orgulho, estar conseguindo traduzir minha própria obra e jogar para o mundo. Há anos que faço isso para livros dos outros - já traduzi obras do Ziraldo, da Fernanda Emediato, do Raphael Montes - e tava devendo a mim mesmo. Essa tradução teve desafios específicos, a começar por toda a discussão sobre veado-viado, o bicho, a bicha, que só o próprio autor teria tanta liberdade para adaptar (Renato virou Rudolph, para começar). E assim vamos seguindo; o importante é continuar fazendo, o importante é fazer com prazer, porque os frutos são sempre discutíveis...




(Link para compra: https://www.amazon.com/-/ )



11/11/2024

AINDA ESTOU AQUI

 Fui ver um dos filmes mais comentados atualmente.

Não tinha NENHUMA sessão legendada. E todas as mortes do filme ocorrem off-screen. Ainda assim, gostei bastante...



Piadolas à parte, estava curioso para ver "Ainda Estou Aqui". O livro do Marcelo Rubens Paiva é bem jornalístico, objetivo - queria entender como conseguiram adaptar para algo mais emotivo, nível Oscar.
E, para mim, funcionou.
Tanto o livro como o filme têm um universo muito próximo a mim, parece (e é) algo que aconteceu pouco antes de eu nascer... com gente próxima... citam tanto gente da minha família materna quanto paterna, amigos dos meus pais.... (a classe média intelectual carioca-paulistana é um ovo, afinal), mas o filme torna isso ainda mais palpável.
A primeira parte me remeteu muito aos próprios álbuns da minha família, a fotografia, os figurinos, os cabelos. Teve uma cena numa cozinha que eu parecia identificar vários utensílios, a decoração das casas de quando eu era pequeno, queria ter pausado, entrado na cena, aberto as gavetas e revisto parte da minha infância lá.
Mas daí o filme dá aquela virada, a prisão do Rubens Paiva, e a própria nostalgia que eu sentia foi embora. Parece que aquela época se perdeu de vez, a fotografia muda, as casas se tornam menos reconhecíveis... O filme é sobre isso, afinal.
Adorei, e fico surpreso de o filme estar tão popular. Não me parece uma isca tão óbvia quanto Central do Brasil (que eu também adoro). Acho que o filme deve ecoar para cada um de uma forma diferente...

Também me lembrou muito o livro da Tracy Mann, que traduzi no começo do ano, que se passa na mesma época e cenários, mais focado na MPB, e que parece que AINDA NÃO TEM EDITORA NO BRASIL, incrivelmente...

(Fernanda Torres tá um espetáculo, claro, mas fico me perguntando se Oscar não gosta mais de mulher se esperneando....)

ENTÂO VOCÊ SE CONSIDERA ESCRITOR?

Então você se considera escritor? (Trago questões, não trago respostas...) Eu sempre vejo com certo cinismo, quando alguém coloca: fulan...