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Acabo de voltar de Fernando de Noronha, uma viagem de 4 dias a convite do festival Literarte, organizado pela administração de Fernando de Noronha, com curadoria do jornalista Ney Anderson.
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| Praia do Sancho. |
Era daqueles lugares que eu sempre quis conhecer, e mais um lugar aonde a literatura me levou. Bem ou mal, com tantos altos e baixos nessa carreira, não posso esquecer de tantas cidades no Brasil, América Latina e Europa a que fui convidado como escritor. Só não digo que é isso que faz valer a pena, porque o que faz mesmo valer a pena é o prazer de escrever em si, mas às vezes vem com bônus...
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| Vi muitos tubarõezinhos, mas nem minha fimose comeram.... |
E o bônus desta vez foi não só as paisagens da ilha, mas grandes autores que se tornaram novos amigos. Sempre falo isso, como é essencial para o escritor essa troca, para não ficar alimentando nem vaidades nem paranóias, saber da batalha de outros autores, das conquistas e inseguranças. E é em festivais como esse que isso fica mais evidente, porque a troca não se dá só nas mesas de debates, mas nas de bares, de café da manhã, nos translados, nos hotéis...
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| Com Mailson Furtado, Alibe Bei e Cidra Pedrosa. |
Desta vez pude conversar bastante com a Aline Bei, que eu só conhecia de oi, com o Mailson Furtado, a Cida Pedrosa, o Lucas Barros, o Cícero Belmar, e principalmente o jabutadíssimo Klester Cavalcanti, que é o cara mais bacana do mundo e me levou pra conhecer metade da ilha, com os melhores papos possíveis.
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| Klester é hétero, gente. Mas eu acabo só me dando com hétero... |
Também não posso me esquecer do carinho do Ney Anderson, o curador pernambucano, que acompanha minha obra desde o começo, resenhou quase todos os meus livros e transborda amor pela literatura. Pena que não pude botar tanto o papo em dia com ele quanto eu queria, porque ele tava na correria (e desculpe pela rima).
| Com Ney. |
Foram só 4 dias, mas aproveitei até o talo. Praia do Boldró, do Americano, do Leão, do Sancho, Baía dos Porcos. Consegui mergulhar, ver tubarões (mas o que mais vi foram milhares, milhares, milhares de lagartos; ninguém tinha me dito que Fernando de Noronha é a capital dos lagartos). A pousadinha era bem ok, do lado da Praia do Boldró, e fui à praia tanto de madrugada quanto às seis da manhã (pois é, durmo pouco).
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| Os dois irmãos também sim. |
As mesas aconteceram no final da tarde e à noite, então dava para conciliar tudo. Eu sempre gosto de ver a mesa dos colegas (apesar de perceber que os colegas não costumam ver mesas dos outros). Adorei ver o Carrero tão eloquente depois de um AVC, a performance de Luna Vitrolira, a Aline, o Klester, Mailson... Era um palco no meio da praça, então tinha de tudo, público interessado, passantes, surtados...
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| Cícero Belmar, Lucas Barro e eu. |
Minha mesa com o Cícero Belmar tinha o tema de Urbanidade, que é um tema que em nada me interessa, exatamente por eu ter nascido afogado em urbanidade e sempre procurar esses novos cenários, mas essa discussão sempre rende. O Lucas Barros conduziu brilhantemente e acho que levamos para caminhos bem importantes.
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| O homenageado do evento foi o grande Raimundo Carrero. |
Como festival literário, faltou mesmo foi... álcool! Acho que é o primeiro evento literário que eu vou que ninguém bebe, que não teve bebida. Tomei uma caipirinha num almoço, um pisco em outro é só...
| Pelo menos mantive o corpinho... |
Também teve seus perrengues, claro, é o primeiro ano em que acontece, Fernando de Noronha não tá acostumado com isso; eu mesmo só tive a confirmação e a passagem de ida UM DIA ANTES do evento. Mas super valeu.
É uma ilha que não deixa de ter sua melancolia (se isso não é mais um pleonasmo do que uma rima): o isolamento, a relação conflituosa com o turismo, mas que não deixa de ser um paraíso.








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