23/10/2006

SUCESSO É PARA OS FRACOS!



(Karine Alexandrino - a Mulher Tombada - e Eu)

É dela a ótima frase título do meu post. E ela foi minha entrevistada desta semana no ‘Le Kitsch C’est Chic". Eu também fui o entrevistado do programa de TV dela, "Liqüidificador", que vai ao ar no Norte e Nordeste. Para quem chegou hoje, Karine Alexandrino é uma cantora kitsch-chique com dois álbuns lançados. E quem quiser saber mais, escute a entrevista no meu programa. Falamos bobagens, futilidades, música, literatura e colocamos coisinhas legais para tocar. Yoko Ono, Jane Birkin, Roxy Music, Robertinho do Recife e David Bowie (fazendo "Volare"), além do próprio som da Karine.

Serviço: Le Kitsch C’est Chic – Terça 18h, reprise 23h no www.mixbrasil.com.br/radiomixbr

Olha o que a Ivana (Arruda Leite) falou sobre o programa:

Acabei de ouvir o programa do Santiago Nazarian na Rádio Mix e não agüentei esperar até amanhã pra contar ao mundo o quanto o programa é legal. Acho que nem ele sabe que é tão legal. Uma das coisas mais delicadas e deliciosas que já ouvi na internet.

Semana que vem estou no Rio. Domingo agora, para ser mais exato. Vou participar de um seminário na Puc e aproveitar para lançar "Mastigando Humanos". Então peguem aí caderninho para anotar o lançamento:

Dia 31/10 – Terça, no Auditório de RDC da Puc Rio:
Debate 15:45: - Karim Ainouz (cineasta) - Renato Cordeiro Gomes (professor da Puc)
- Santiago Nazarian (jacaré) - Mediados por Maria Fernanda Abreu.
Depois vem o coquetel de encerramento e lançamento do livro: 18:30.


Não é uma grande ironia eu lançar "Mastigando Humanos" no Rio de Janeiro dentro de uma Universidade, no Halloween, num debate sobre "Realismo"?

Participei final de semana passado do "Balada Literária", evento de lançamentos e debates literários espalhados pela zona "Oeste" de São Paulo. Conclusões? As mesmas de sempre. Um bando de frustrados. Sim, UM BANDO DE FRUSTRADOS, e eu bem que gostaria de dizer que não sou. Digo, participei de uma mesa de respeito, com Sérgio Sant’Anna e Nelson de Oliveira, mediados por Xico Sá, e o que mais se ouviu foi como escritor é fodido, como a literatura não tem espaço, como tudo é difícil... Fiquei aqui pensando que há poucas classes tão frustradas como a de escritores. UM BANDO DE FRUSTRADOS! Literatos

Fazer o quê, se Godzilla insiste em tombar nossos prédios?

Ainda assim, tem gente querendo mexer no nosso queijo, não é? Nossas míseras resenhas e cadernos literários provocam. Como disse sabiamente Sergio Sant’Anna, há muita gente ainda mais frustrada por aí, escritores de feriado prolongado, jornalistas que nunca conseguiram publicar seu primeiro livrinho, ou publicaram mas não conseguiram ascender à condição de resenhistas anônimos. Para esses, os escritores em destaque (isso é um paradoxo?) incomodam.

É isso, isso, mais do que o amor à literatura, é a inveja alheia que não nos faz desistir...

Mas as resenhas lindinhas continuam saindo. Recebi uma do Rascunho, escrita pelo Suênio Campos de Lucena (que vem acompanhando, mastigando e digerindo todos os meus livros). Trecho:

Nazarian vem melhorando mais e mais, depurando sua linguagem e temas. E o que poderia parecer menos ousado ocorre justamente o contrário – em Mastigando humanos, sobretudo, pelo aparente absurdo e inverossimilhança de sua empreitada ao criar este jacaré. (...) Cremos que esse livro flagra o "amadurecimento" do autor, quando ele alcança seu melhor momento.

Também estou no primeiro número da Revista Joyce Pascowich e na Rolling Stones. Mas só deixo de ser frustrado quando for capa da Caras.

NESTE SÁBADO!