UMA VIDA SEM ROMANCE
Ilustração: Alexandre Matos.
Achei esta temporada mais glamurosa e mais concorrida do que a última. Mais celebridades apareceram, e menos amigos. Os desfiles também parece que tiveram um peso e um significado maior. Mas eu não vou me atrever a fazer análise aqui não, porque pra isso tive minha coluna, onde podia escrever qualquer tipo de bisonhice.
As festinhas eu não aproveitei muito. Passei rapidinho na da Zapping (porque afinal eu que assino o manifesto novo da marca deles) e só. Foi legal encontrar por lá a Luisa Sá e o Adriano, pessoal do Cansei de Ser Sexy (ou CSS?), que há tempos eu não via. Sempre foram queridos, e merecem tudo o que estão conquistando lá fora. Pena que uma banda como a deles não tem jeito mesmo de crescer no Brasil.
Trabalhando (foto Paulo Giandaia)
Mais uma vez contei com toda a simpatia e apoio de Miss Palomino e seu clã. Como há seis anos eu não tenho um cotidiano de trabalho (ou um emprego fixo), é legal poder passar esses períodos convivendo diariamente num ambiente de trabalho com gente legal, que respeita meu ponto de vista, que me dá ferramentas para eu fazer o que eu quero. E a galera conteudista pode fazer cara feia, mas no final, quem trabalha com moda é o mesmo povo que trabalha com cultura em geral, jornalistas, fotógrafos, ilustradores...
Minha página diária também serviu para deixar claro (para mim mesmo) o papel do escritor. Porque muitas vezes parece que a gente não tem serventia. Não é jornalista, não é teórico de nada. Mas daí eu vejo que me chamaram exatamente por isso. Porque eu posso dar pinceladas de jornalismo, mas o que eles querem mesmo é um olhar diferenciado, alguém que consiga criar em cima dos temas, sublimar a realidade, trazer algo além do que está acontecendo realmente.
Um bom exemplo foi minha "cobertura" do desfile da Cavalera no Tietê. Fui para lá, fiquei pensando em tudo o que eu poderia escrever. E como jornalismo, como moda, tinha gente muito mais competente lá cobrindo. Então minha coluna foi uma crônica em cima de O QUE TERIA ACONTECIDO SE A CAVALERA FIZESSE UM DESFILE NUM RIO DESPOLUIDO, NUM DIA DE SOL.
E por isso mesmo, acho que eu merecia, que eu devo, que devem, que algum editor inteligente deveria me mandar para Pequim, cobrir as Olimpiadas. Ou vão mandar só os repórteres esportivos de sempre?
E agora, Joseph? Qual será o cimento que irá grudar meus dias uns nos outros? Ah, preciso urgentemente reler-revisar meu livro novo, “O Prédio, o Tédio e o Menino Cego”, mas me dá uma preguiça... e uma tensão... e um desânimo... Escrever romances é uma delícia. Terminar é doloroso. E depois, o processo todo de preparar para a publicação, a expectativa, a tensão, a ansiedade em saber como o livro será recebido... é tudo tão difícil. E tudo tão lento. E tudo tão jabuti... que nem sei.
Mas vamos lá, que é esse o meu trabalho e tenho de estar preparado para a batalha. Prometo colocar mais detalhes em breve aqui, inclusive a data do lançamento. É que realmente ainda não sentei pra conversar com a editora. (Nem sei se vou sentar, porque não espero ir pro Rio tão cedo, só se for um bate-volta).
E foi-se tudo o que eu sei de moda.
Acabou hoje mais uma temporada do SPFW. Fiquei por lá diariamente, no lounge House of Palomino, fazendo minha página “O Caminho de Santiago”.
Assisti a menos desfiles do que na temporada passada. Também não estava tão na necessidade de entrar no âmago do evento, porque já sabia mais ou menos onde pisava. Então vi algumas coisas, complementei com outras e ficou uma coluna divertida. Consegui ver desfiles legais, propostas diferentes, como a pista de patinação do Fause e a Cavalera se apresentando às margens do Tietê.
O rio Tietê continua lindo! (Domingo de chuva com os fashionistas)Assisti a menos desfiles do que na temporada passada. Também não estava tão na necessidade de entrar no âmago do evento, porque já sabia mais ou menos onde pisava. Então vi algumas coisas, complementei com outras e ficou uma coluna divertida. Consegui ver desfiles legais, propostas diferentes, como a pista de patinação do Fause e a Cavalera se apresentando às margens do Tietê.
Achei esta temporada mais glamurosa e mais concorrida do que a última. Mais celebridades apareceram, e menos amigos. Os desfiles também parece que tiveram um peso e um significado maior. Mas eu não vou me atrever a fazer análise aqui não, porque pra isso tive minha coluna, onde podia escrever qualquer tipo de bisonhice.
As festinhas eu não aproveitei muito. Passei rapidinho na da Zapping (porque afinal eu que assino o manifesto novo da marca deles) e só. Foi legal encontrar por lá a Luisa Sá e o Adriano, pessoal do Cansei de Ser Sexy (ou CSS?), que há tempos eu não via. Sempre foram queridos, e merecem tudo o que estão conquistando lá fora. Pena que uma banda como a deles não tem jeito mesmo de crescer no Brasil.
Trabalhando (foto Paulo Giandaia)
Mais uma vez contei com toda a simpatia e apoio de Miss Palomino e seu clã. Como há seis anos eu não tenho um cotidiano de trabalho (ou um emprego fixo), é legal poder passar esses períodos convivendo diariamente num ambiente de trabalho com gente legal, que respeita meu ponto de vista, que me dá ferramentas para eu fazer o que eu quero. E a galera conteudista pode fazer cara feia, mas no final, quem trabalha com moda é o mesmo povo que trabalha com cultura em geral, jornalistas, fotógrafos, ilustradores...
Minha página diária também serviu para deixar claro (para mim mesmo) o papel do escritor. Porque muitas vezes parece que a gente não tem serventia. Não é jornalista, não é teórico de nada. Mas daí eu vejo que me chamaram exatamente por isso. Porque eu posso dar pinceladas de jornalismo, mas o que eles querem mesmo é um olhar diferenciado, alguém que consiga criar em cima dos temas, sublimar a realidade, trazer algo além do que está acontecendo realmente.
Um bom exemplo foi minha "cobertura" do desfile da Cavalera no Tietê. Fui para lá, fiquei pensando em tudo o que eu poderia escrever. E como jornalismo, como moda, tinha gente muito mais competente lá cobrindo. Então minha coluna foi uma crônica em cima de O QUE TERIA ACONTECIDO SE A CAVALERA FIZESSE UM DESFILE NUM RIO DESPOLUIDO, NUM DIA DE SOL.
E por isso mesmo, acho que eu merecia, que eu devo, que devem, que algum editor inteligente deveria me mandar para Pequim, cobrir as Olimpiadas. Ou vão mandar só os repórteres esportivos de sempre?
E agora, Joseph? Qual será o cimento que irá grudar meus dias uns nos outros? Ah, preciso urgentemente reler-revisar meu livro novo, “O Prédio, o Tédio e o Menino Cego”, mas me dá uma preguiça... e uma tensão... e um desânimo... Escrever romances é uma delícia. Terminar é doloroso. E depois, o processo todo de preparar para a publicação, a expectativa, a tensão, a ansiedade em saber como o livro será recebido... é tudo tão difícil. E tudo tão lento. E tudo tão jabuti... que nem sei.
Bom foi ano passado, que não lancei nada e só colhi frutos de romances passados.
Mas vamos lá, que é esse o meu trabalho e tenho de estar preparado para a batalha. Prometo colocar mais detalhes em breve aqui, inclusive a data do lançamento. É que realmente ainda não sentei pra conversar com a editora. (Nem sei se vou sentar, porque não espero ir pro Rio tão cedo, só se for um bate-volta).
Não sei nada ainda do meu ano literário, para onde vou viajar, se vou pra Itália lançar livro, tem também uma história no México, e não sei nem se vou fazer a Bienal do livro de São Paulo!
Mas que o livro novo sai, sai. Já está prontinho. E nem acredito que já fizeram comunidade pra ele no Orkut.
Mas que o livro novo sai, sai. Já está prontinho. E nem acredito que já fizeram comunidade pra ele no Orkut.
Bom saber que a ansiedade não é só minha.
No mais... Estou há 60 anos sem sexo.
E esta é a melhor música do mundo hoje pra mim:
http://www.webratsmusic.com/video-45022-come-in-from-the-cold.php
E esta é a melhor música do mundo hoje pra mim:
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