Tirando coelho do chapéu.
2014 foi um bom ano. Não foi incrível, o dinheiro foi apertado, não teve nada de sensacional, mas tive algumas conquistas importantes e consegui movimentar novamente minha vida profissional e literária.
Ascendendo sem entusiasmo.
Demorou a começar, é verdade. Até maio praticamente nada aconteceu, eu segui nas traduções, resenhas para a Folha, nas preparações para o lançamento de meu oitavo livro.
Nas gravações do trailer, com Murilo, Marcelino e Mutarelli.
BIOFOBIA saiu no começo de maio, sem grande alarde, repercussão limitada, mas boas críticas, muitas entrevistas, um lembrete do que faço de melhor, de que ainda estou no jogo, não entreguei os pontos nem fiquei relegado à literatura juvenil.
Gravando ótima entrevista no Metrópolis.
Os lançamentos em São Paulo, Rio e Florianópolis foram os mais bacanas, pela quantidade de público e o carinho dos leitores. Consegui também viajar bastante para festivais literários, dos quais destaco o Fliaraxá, o Flu de Uberaba e o encontro com leitores no Festival de Extrema; Minas Gerais foi mesmo o palco mais frequente neste ano, por algum motivo aleatório.
Com Murilo, em Punta.
Tive também duas viagenzinhas internacionais (mantendo minha média anual) e consegui cumprir a meta de conhecer um país novo por ano. O deste foi o Uruguai, que há tempos era uma carta na manga. Viajei com Murilo para Cabo Polônio, Punta e Montevidéu, que foi bem gostoso, ainda que não exatamente surpreendente.
Fervendo no México.
Voltei ao México em outubro, convidado da Feira do Livro de Zócalo, na Cidade do México. Fui muito bem recebido, pude debater bem minha obra por lá com pesquisadores, tradutores e estudantes que já conheciam o que faço, e acho que mantive portas abertas para um futuro próximo. Mas também não foi uma viagem de grandes surpresas ou cenários.
A pré-equipe do filme de BIOFOBIA.
Agora em novembro tive a melhor notícia do ano: a aprovação do projeto de BIOFOBIA para o cinema. Já começarei o ano fazendo o roteiro para o filme, com Marçal Aquino, Renato Ciasca e Beto Brant. A série de TV que escrevi ano passado - PASSIONAIS - foi finalmente ao ar no +Globosat e, ainda que com ressalvas, gostei bem do resultado. É muito louco você ver frases da sua vida, personagens da sua história transformados e reproduzidos no ar. Tem sido gostoso e importante me desenvolver como roteirista. Parece que é um caminho viável para minha sobrevivência como autor.
Entrevista com o Dr. Kurtzman, no Canal Brasil.
Mas a grande novidade de 2014 com certeza foi a chegada de ASDA, minha coelhinha que adotei no final de abril.
Com Murilo, no dia em que chegou em casa, ainda bebê. |
Há anos não tinha um animal de estimação (o último tinha sido um iguana, que não é lá um bicho muito "companheiro"); Asda exigiu que eu reorganizasse minha vida, desorganizasse a casa, me adaptasse para cuidar dela. Coelho é um bicho muito carinhoso, limpo, apegado, mas dá trabalho. Eles roem tudo o que vêem pela frente. E ela roeu tudo o que encontrou no meu apartamento: livros, fios, móveis, rodapés... parede! Gastei bem mais do que havia previsto, mas não sei se poderia dizer que fiquei no prejuízo. Ter um bicho desses em casa realmente muda o clima, o ânimo, hoje já não posso mais pensar em ficar sem a Asda aqui.
Agora, já mocinha.
Com jovens leitores em Extrema.