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(de Sally Mann) |
Há algumas semanas uma revista bacana me pediu um
conto inédito – que deve sair no próximo mês (aviso aqui) – e trabalhando nesse
novo texto comecei a pensar em outros contos ainda não publicados, alguns
anteriores até mesmo ao Pornofantasma. Fiquei
pensando que poderia ser bacana publicar outro livro de contos, mesmo que as
pessoas não gostem de livros de contos, mesmo que qualquer um possa escrever
contos, mesmo que contos sejam brigadeiros para confeiteiros.
Achei só que é algo que eu mesmo gostaria de fazer
– com um novo romance já entregue (sim, romance novo já está entregue; vamos ver se sai no começo de 2017) –
enquanto fermento as ideias para o... décimo? (Juro que perco as contas, ainda
mais com um romance para sair, um juvenil, um livro de contos, fica uma conta
quebrada...) – achei que poderia fazer meu segundo livro de contos (mesmo que as
pessoas não gostem dos meus contos, mesmo que todas as pessoas escrevam contos;
brigadeiros aos porcos). Enfim, só para registrar...
E com essas ideias em mente que escrevi o conto abaixo.
Já pensando num livro novo, mas carregado de tudo o que já fiz. Está carregado
principalmente desse próximo romance, que gira muito na questão da
paternidade. Mas aqui pude brincar um pouco mais com a questão do gênero, dos banheiros,
masculino/feminino (eu mesmo tenho uma placa de “FEMININO” no único banheiro do
meu apartamento... Mas não abaixo a banca e, confesso, sou péssimo de mira...)
Carregado de tudo o que já fiz, achei que seria
mais leve apenas postar assim. Faz tempo que não posto minha “literatura” aqui.
O blog perdeu muito de sua função com as novas “redes sociais”, mas alguns
leitores permanecem. Bem... Por que estou me justificando desse crime?
O título poderia ser melhor... Talvez seja. “A
Loira do Banheiro” ou “Alice No Canavial"?. Mas “A Loira do Banheiro” é uma
ótima amostra do “existencialismo bizarro”, as referências trash em contextos
mais literários (ou pretensamente literários, se preferir). É um projeto
falido, eu sei, mas é tudo o que eu tenho...
A LOIRA DO BANHEIRO (conto inédito).
“Papai, quero fazer
xixi”, disse minha filha do banco de trás do carro. Previsível. Dirigíamos a um
bom tempo pela estrada em silêncio; passamos por pastos de vacas, criações de
pôneis, o Castelinho da Pamonha, e eu me perguntava como minha filha absorvia
tudo aquilo, se absorvia tudo aquilo, e quando iria se deixar seduzir por esses
pretensos oásis rodoviários. Pediria para parar, pediria para olhar os pôneis,
pediria uma pamonha – pamonha é um sabor infantil? Mais tímida ou esperta pediu
para usar o banheiro, ao que eu não poderia tentar dissuadi-la. Ainda assim
tentei: “Está muito apertada? Pode esperar um pouco?” Observei-a pelo
retrovisor meio retorcida, pernas cruzadas, como se não pudesse mais. Tudo
bem...
Não sei se ela tinha
noção que o que havia passado havia passado.
As vacas, pôneis e castelinhos haviam ficado para trás, não tinha mais
jeito; e ela estaria entregue à sorte do que a estrada oferecesse em seguida; a
parada do banheiro seria num posto incerto que provavelmente mal garantiria as
condições mais básicas de higiene. Espiei pela janela aberta: uma borracharia,
um quiosque de bananas, um posto da polícia rodoviária. Esperava qualquer uma
dessas grandes redes que hoje tomavam a rodovia oferecendo de bufê de churrasco
a artesanato, mariola, drogaria, panelas de barro, CDs de duplas sertanejas.
Nada. “Papai, quero fazer xixiiiiii...” Choramingou mais veemente do banco de
trás. Se fosse um menino eu pararia em qualquer ponto, no acostamento, e
vigiaria enquanto o moleque se aliviasse sobre dentes de leão. Se fosse um
menino pararíamos em qualquer ponto, no acostamento e o moleque poderia se
satisfazer ainda hoje em dia? Quando eu era menino, parávamos em qualquer
ponto, no acostamento, com minha mãe vigiando para eu me satisfazer, eu já um
pouco mais velho pedindo para que ela não espiasse, que assim eu não conseguia,
ela jurando que não espiava; e ela ainda que na direção, eu ainda que criança
exercia minha superioridade masculina; ao sinal da menor pressão na bexiga pedia
para que minha mãe parasse, enquanto que ela, enquanto que minha irmã, elas
teriam de se conter até que um empreendedor da estrada concedesse permissão
para as mulheres. Nessas horas é que se encontra apenas um
precário posto anônimo que parece ter ficado na minha infância, nos anos 80, nos
anos 70, daqueles em que pedimos informações apenas para sermos desviados para
uma estrada deserta tomada por canibais. Foi o que encontrei, o posto, ao menos.
Guinei do acostamento para o cascalho já sentindo falta eu mesmo dos
castelinhos pelo quais passamos; uma pamonha cairia bem, agora que eu estava
certo que aquela lojinha de conveniência não teria nada a oferecer. Estacionei,
desci do carro e abri a porta traseira com minha filha já se desvencilhando de
cintos e bonecas.
Deixou a mão que eu
oferecia no vácuo, correndo à minha frente, ansiosamente apertada. Levantei o
olhar para o frentista solitário que nos observava da porta da loja de
conveniência. “Um banheiro para ela?” ofereci minha filha como saudação de paz;
os banheiros estavam bem visíveis ao lado da loja. Ele indicou com a cabeça. Eu
assenti em agradecimento. Minha filha já entrava no feminino sem me dar tempo
para pensar se eu devia levá-la comigo ao masculino, se eu deveria entrar no
dela. “Você vai sozinha?” perguntei com ela desaparecendo lá dentro, sem
resposta. “Estou aqui fora qualquer coisa...”
Parado na frente dos
banheiros me voltei novamente à estrada, um caminhão entrava no posto. Percebi
que minha própria bexiga já exercia aquela leve pressão, que na infância
obrigaria minha mãe a parar, mas que neste dia eu tentava ignorar para não
impor minhas necessidades à minha filha. Era o final de semana dela. O final de
semana dela comigo, depois de muito tempo... Eu queria provar à minha ex-mulher
que daria conta, mais do que a mim mesmo.
“Vou só ao banheiro
aqui do lado, tá? Stella? Estou aqui no banheiros dos homens.” Gritei na porta
do feminino e corri para o outro sem resposta da minha filha.
Encontrando o que eu já imaginava, imaginei o
que encontrava minha filha. Qual seria o nível mais baixo de um banheiro
feminino, porque aquele certamente correspondia aos piores exemplos de banheiro
masculino, ainda funcional. Para nós é perfeitamente possível usar sem tocar
coisa alguma, além de nós mesmos, sem papel, sem sabonete. Para uma menina que
mal alcançava a altura da privada, o que seria? Bem, se as meninas não mijam de
pé, as mulheres não mijam fora do vaso, não mijam na tampa do vaso, não tentam
acertar miras aleatórias com o jato nem desenham seus próprios pênis nas portas
do reservado anotando o telefone logo abaixo. Não?
Cheguei ao vaso
torcendo o nariz. Aquilo entupido de todo tipo de sólido, líquido e gasoso. Obrigava-me
a dar descarga com a ponta do dedo. Uma vez: um estrondo e uma espiral agitaram
o lamaçal que se aquietou novamente aonde estava. Na segunda, um leve
burburinho com um filete d’água que provocou menos mudança ainda. Tudo bem,
apontei para o centro da massa e olhei para cima, tentando não respirar. Fixei-me
num desenho infantil de um boneco de pauzinhos pagando um boquete. Imaginei que
criança desenharia aquilo, tão alto na parede do reservado. Imaginei que adulto
ainda usava seus bonecos de pauzinho com propósitos pornográficos. Voltei meus
olhos ao meu próprio membro que espirrava na banca da privada que não tive
coragem de levantar. Deve ser isso, o círculo vicioso, bola de neve, avalanche
escatológica, é preciso um único porco para que o próximo siga o exemplo; com o
banheiro naquele estado ninguém poderia mais se importar. Concluí em respingos
para todos os lados, e dei a terceira descarga, que despertou apenas um chiado
oco nos canos.
Torneira seca também,
constatei levantando meu rosto para o espelho riscado. Três descargas na
privada, então olhe para o espelho, a fórmula para encontrar a loira do
banheiro. Perguntei-me se a fórmula funcionaria ainda que a descarga não.
Perguntei-me por que uma loira fantasma apareceria num banheiro masculino
daqueles; sem necessidades, por que se sujeitaria um fantasma; siga pela
estrada. Pensei em minha filha sozinha no banheiro ao lado e saí apressado.
Lá fora o caminhão
fumegava ansioso. Nem sinal de Stella. As meninas demoram. “Tudo bem por aí?”
Ainda sem resposta. Imaginei minha filha indecisa sobre como usar um vaso
sanitário naquele estado. Imaginei-me entrando e indo até ela ajudá-la e a
menina berrando, gritando para eu sair, pedindo privacidade, já consciente de
suas vergonhas. Achei por bem perguntar: “Precisa de ajuda?”
“Quem sabe, boneco...”
veio a resposta lá de dentro.
Uma voz anasalada. Nasal. Anal. Quase masculina,
quase feminina. Endureci incerto se deveria endurecer, se deveria ficar no
mesmo lugar, com uma mulher lá dentro, se deveria correr para o banheiro, com
um homem lá. Passei pela porta já me desculpando – “Desculpe, minha filha está
demorando...”
Encontrei lá dentro, na
frente do espelho, uma travesti. Algo
indígena, mulata, morena, loira, os peitos siliconados, me olhava num sorriso
cínico, duvidando de minhas intenções, acreditando em minhas intenções.
“Stella?” disse alto demais observando o reservado, porta fechada. Não houve
resposta, mas uma descarga soou de lá. Minha filha me ouvindo e se apressando
para sair. “Ela ainda é pequena”, justifiquei-me com a travesti. Olhou-me de
cima a baixo avaliando o que eu tinha a oferecer. Olhou-me de cima a baixo como
se avaliasse se eu podia gerar filhos, ser pai de família, pai de seus filhos.
“O que vocês estão
fazendo aqui?!” ouvi detrás de mim. Virei-me. O velho frentista. “Esse é o
banheiro feminino!”
“A minha filha...”
“Vamos, fora!”
Voltei-me novamente
para a travesti, que arqueava a sobrancelha em seu sorriso ainda cínico.
“Stella?” Pressionei para que minha filha viesse me resgatar. “O senhor me viu
entrando com ela...”
“Fora daqui!” O velho
falou fazendo um sinal para fora que indicava tanto que eu deveria sair quanto
que ele mesmo poderia sair e voltar com providências mais contundentes.
Levantei as mãos me rendendo, mas respondi somente à minha filha. “Stella,
vamos, papai tem que sair. Vamos voltar para o carro.”
A porta do reservado se
abriu. De lá saiu uma morena ainda mais morena, menos loira, mais alta e com
peitos ainda maiores. “Pra que tanta pressa, papai?” me disse com ironia.
“Onde está minha
filha?” perguntei; a porta de dois outros reservados abertas.
A segunda travesti deu
de ombros, lavando as mãos.
“Vamos, todo mundo fora
daqui!” insistiu o frentista.
As duas saíram aos
pulinhos enquanto eu corria para os reservados, espiava por minha filha,
constatava que as mulheres, sim, são mais limpas, que o banheiro feminino era
impecável; nem sinal de Stella. “Você viu que minha filha entrou aqui!”
argumentei com o frentista tentando convencer a mim mesmo de que ela certamente
entrara, dando a ele a oportunidade de discordar.
O frentista apontou
novamente com a cabeça, rígida, fazendo sinal para eu sair, ou fazendo sinal
que minha filha me esperava lá fora, fazendo sinal para eu esperar lá fora.
Saí olhando ao redor.
“Stella?!” Gritava contemplando o vazio por que não havia onde procurar. Na
loja de conveniência, entre bombas de combustível, na estrada, nada. As duas
travestis requebravam de volta para o caminhão, caminhão ligado, motorista na
direção, era o momento de correr até lá e bater na caçamba, atacar o motorista,
o que você fez com minha filha. Eu me arrependeria, e me arrependeria de não
ter ido, mas permaneci enraizado no lugar apenas olhando para o rosto dele,
tentando ler alguma culpa, tentando obter alguma resposta. Por favor, o senhor
viu minha filha? Era uma alternativa. Se ela a tivesse, negaria. E eu teria de
bater na caçamba, bater no motorista, sair em briga de navalha com travestis.
Permaneci. O olhar de óculos escuros dele impossível de ser decifrado. Logo as
travestis embarcavam, o caminhão manobrava, dava ré, voltava à estrada, lento,
decisivo, ainda possível. Permaneci.
Eles voltariam à
estrada até a bexiga das meninas novamente pressionarem. Se fossem meninos,
poderiam parar em qualquer ponto, no acostamento, e o caminhoneiro tentaria
ignorar enquanto os dois levantavam a saia, botavam o pau para fora, se aliviavam
sobre embalagens de mandiopan, bitucas de cigarro, garrafas pet de dolly
guaraná.
“Stella!”
Tirei o celular do
bolso, como um reflexo, como se tivesse algum recado, alguma mensagem, alguma
resposta, como se pudesse alcançar minha filha por lá. Olhei as horas. Considerei
ligar para minha ex. Ligar para a polícia, assumir a culpa, assumir meu
fracasso. Só fui capaz de ser pai até a primeira parada. Perdi minha filha num
posto rodoviário. Deveria verificar o álbum de fotos, certificar-me se ela
estava mesmo lá, estivera mesmo lá, existia, existira, agora não mais. O senhor
nunca teve filha, chegou aqui sozinho, diria o frentista, agora já é hora de o
senhor partir.
Entrei atrás dele, na
loja de conveniência. “Escute... Espere... Olhe... Parei aqui para minha filha
ir ao banheiro e ela não está mais lá. É apenas uma menina; o senhor não a
viu?”
“Sim, vi chegando com o
senhor...” Ele respondia como para confirmar que eu não estava louco, sem dar
solução alguma.
“Não, digo, a viu
depois que saiu do banheiro? Entrei um segundo no masculino e a perdi... Eu
estava logo ao lado... Foi apenas um instante...” Desculpava-me como para
isentar de culpa, provar que eu era um bom pai, qualquer um poderia passar por
aquilo, não era como se eu tivesse abandonado minha filha à beira da estrada...
“Ela deve estar por
aí... Não pode ter desaparecido”, foi o que ele respondeu.
“É óbvio. É isso que
estou dizendo. Onde ela está?”
“O senhor está me
acusando de algo?”
“Não, não, é só que...”
Ele revirou os bolsos e
os puxou para fora. “Não está aqui comigo.”
Suspirei. “Olha, de
repente aquele caminhão...”
Ele me interrompeu
levantando o dedo indicador. “Venha cá.” E saiu da loja.
Eu o segui dando a
volta até os fundos do posto. “O senhor deu uma olhada aqui?” Chegávamos a uma
oficina num barracão e, atrás disso, uma plantação de cana. Paramos diante do
canavial.
“Acha que ela pode ter
entrado aí?”
Ele deu de ombros. “Às
vezes... Às vezes saem animais daí.”
Eu o olhei franzindo a
testa. Queria dizer que animais saem, assim como poderia sair minha filha? Ou
que animais sairiam para buscar crianças à beira da estrada, um lobo, uma
jiboia, onça-lontra-chupacabra. “Animais selvagens?”
Ele assentiu. “É.
Animais selvagens. Coelhos, principalmente.”
Imaginei os coelhos
selvagens que poderiam arrastar uma criança. Refleti se de fato existiam
coelhos na natureza. Lembrei das pragas de coelhos na Austrália. Visualizei
minha filha como Alice, seguindo um coelho que voltava correndo para dentro do
canavial, sereia para crianças. Stella atravessando fileiras e fileiras até não
poder mais enxergar o caminho de volta. “Stella!” gritei na entrada do
canavial. Minha voz venceria o caldo de cana? Minha voz venceria o vento,
levada pelo vento, barrada pela cana, venceria o canto do coelho? “Stella, se
estiver me ouvindo dê um grito! Siga a voz do papai!”
Virei-me novamente para
o frentista, pedindo ajuda. “Como podemos encontrá-la aí?”
Ele meneou a cabeça. “É
difícil...”
Eu assenti enfaticamente,
concordando, implorando, alguma sugestão.
Ele suspirou. “Podemos
tacar fogo. Se ela não sair correndo, encontramos depois entre as cinzas...”
Vendo o choque em meu
rosto, ele caiu na gargalhada. Não tinha a menor graça. Corri desesperado para
dentro do canavial. “Stella!”
*
“É uma menina”, me
disse minha ex-mulher quando voltei de uma viagem com um palhacinho de pelúcia
em mãos. Palhacinho azul, já me parecia totalmente inadequado, não pelo gênero.
Palhacinho azul para menino, boneca rosa para meninas; o que a criança
precisava era de um berço, fraldas, obstetra, pediatra, um pai. Mas eu não
tinha a menor experiência. Minha ex-mulher se anunciara grávida dois meses
depois de não sermos mais. Eu me questionei como pai, não sendo mais marido. Então
chegando de viagem com apenas um brinquedo em mãos olhei para o amigo gay dela
que se esparramava no sofá, respondi com ironia: “Bem... o palhacinho pode
ficar para ele, então.”
*
Saí do canavial em
farpas. Atrás do posto, nem sombra de ninguém. Caminhei para o estacionamento
com celular em mãos. O sinal era bom e não havia nada que me impedisse de
chamar socorro, só não sabia do que adiantaria.
“Alô... Olá... Oi... Boa
tarde, estou aqui num posto no quilômetro...” tentava confirmar a localização
enquanto entrava no carro, me esforçando para não soar patético, manobrando
para explicar que perdi minha filha à beira da estrada. Olhei pelo retrovisor:
“Você é uma menina
muito malcriada. É sim! Vai ficar sem sobremesa. Olha só, que menina malcriada.”
Stella conversava com sua boneca cor de rosa.
“Stella...” sussurrei
ao vê-la lá no banco de trás. Ela continuou sua conversa imaginária com a
boneca, perguntando e respondendo, alheia a mim. Ofeguei por alguns segundos
observando-a, então me virei como para confirmar que o reflexo no espelho era
real. Minha filha continuava lá, voltara ao carro antes de mim, sentara em sua
cadeirinha e prendera o cinto. Virei-me para mim mesmo e encontrei marcas
novas, rugas que ainda não notara, uma vista cansada. Dei partida.
Saí do estacionamento
para a estrada. Ainda era cedo e o fluxo seguia tranquilo. Mais uma hora até o
sítio dos meus pais. O fim de semana estava apenas começando.