"Pohan..." |
Sobrevivemos a 2015. Embora pessoalmente, para mim, tenha sido um ano bem proveitoso, a carga negativa toda do país e dos amigos não me deixou esperançoso. Muitos dizem que o que aproveitamos do ano passado foi o resto de otimismo (ou euforia) dos anos de crescimento, e que a perspectiva para 2016 é ainda mais negra. De toda forma, entrei o ano ainda com bastante trabalho, o carnaval acontecerá cedo, o ano seguirá cedo, ainda não me vejo em clima de desespero.
Murilo leu Evie Wyld, eu li Lionel Shriver. |
Passamos a virada no "Solar Biofobia" (ou casa de minha mãe), a 60km de São Paulo, numa área de preservação. Ela foi para a Bahia e Murilo e eu ficamos cinco dias sozinhos com os cães, lendo, cozinhando, bebendo, assistindo a torture porns. A chuva poderia ter atrapalhado - e não ajudou, praticamente só tivemos o primeiro de janeiro com algum sol - mas contribuiu com o clima aconchegante, preguiçoso.
Murilo na estrada. |
Como a casa fica afastada de qualquer centro (oficialmente está na cidade de São Roque), mandamos antes as comidas e as bebidas, de carro, e fomos de ônibus, descendo na estrada e subindo dois quilomômetros a pé (na chuva). Dia 31 ainda tivemos de refazer o percurso até um posto de gasolina para comprar mais uns mantimentos. Essa é a vida selvagem que podemos ter...
Masterchef Murilo (e Murdido) na cozinha. |
Eu fiz pão e um tender de reveillon, Murilo cozinhou nos outros dias e gravou seus programas de Youtube (com seu pássaro psicodélico). Tomamos drinques na jacuzzi ao ar livre e caminhamos pelas trilhas. E a volta no sábado ainda foi tranquila.
Arthur, a varanda e Jurema (ao fundo). |
Assim já começamos 2016. Já estou de volta com as traduções, meu novo romance, sem grandes resoluções de ano novo, mas uma esperança renovada.
Em 2016 ainda se pode usar a legenda "e houve boatos de que eu estava na pior"? |