04/02/2016
SAMBINHAS BIZARROS
"A verdade é que nem quando eu gostava de carnaval eu gostava de carnaval", disse bem Tati Bernardi. Concordo totalmente. Quando eu era mais novo, solteiro, eu me esforçava (porque afinal no carnaval as coisas acontecem), mas é sempre um alívio não ter de fazer parte.
Também acabamos de receber uma nova filha aqui em casa - GAIA, uma coelhinha filhote que veio para ficar (embora ainda não tenhamos certeza se é Gaia fêmea mesmo, porque ela é muito pequena. Talvez seja um Gaia MACHO… ou quase). Então nada de viagens este ano. E passaremos longe de bloquinhos. Mas pretendemos aproveitar um pouco a cidade vazia e a casa dos amigos.
Embora eu não goste do espírito excessivo do carnaval, ainda consigo curtir um sambinha ou outro, principalmente as coisas mais pra baixo, de fossa, samba canção, e as marchinhas são sempre divertidas.
Então para não passar em branco, fiz uma seleção de sambinhas bizarros, fantásticos e divertidos, para você ir se aquecendo antes de sair de casa.
Já começamos quebrando tudo com esse grupo de pagode japonês, que tem alguns clipes no Youtube. As letras parecem ter sido feitas no Google Translator, e não dá para entender o que eles pretendiam dizer com a mensagem original… "Que cor é seu sangue, porra?!"
Continuando no Japão temos Cornelius, um artista tropicalista que fez uma versão lounge divertidíssima do clássico de Ary Barroso.
Outro hit brasileiro lá fora é o Tico Tico no Fubá, que foi eternizado por Carmen Miranda e eu já vi em show de drag até na Rússia. A versão do Three Caballeros, da Disney é antológica.
Para quem é literato, vale conferir a marchinha de Mário Lago - "Caluda Tamborins" - numa grande interpretação do Eduardo Dussek. (Na dúvida, consulte o Aurélio).
Falando em Dussek, fui eu que apresentei a ele essa marchinha do Zé do Caixão (que ele tocou no programa do Mojica e me citou inclusive). É um clássico aqui de casa.
Para o povo hipster, temos a marchinha psicótica do saudoso Júpiter Maçã, indispensável.
Entrando em terrenos (ainda) mais bizarros, um sambinha branco de gay...
E para quem exagerou no lança (e no ácido, na bala, na birita), tem o samba do Felipe Smith Seu Cu!
Não poderia esquecer do clássico...
E para encerrar, um dos meus favoritos, realmente. Letra de chorar. E a interpretação do Cauby (com Paulinho da Viola) é matadora. "Canteeeeei, canteeeei… essa felicidade ainda".
Juízo, criançada!