10/08/2016

10ª - TÓQUIO

No famoso cruzamento de Shibuya. 

Começo minha contagem regressiva das dez cidades favoritas no mundo (para morrer), com Tóquio.

Em 2010, com a grana que recebi da bolsa para escrever Garotos Malditos, resolvi realizar um antigo sonho e conhecer o outro lado do mundo.

Quioto.
Viajei em grande estilo, parando três semanas na Europa na ida, e mais uma semana na volta, com duas semanas no meio no Japão (Tóquio e ainda uma curta passagem por Quioto, Osaka, Hiroshima e Miyajima).

Tenho lembranças especialmente boas de Miyajima, uma ilha patrimônio mundial da humanidade, cheia de veadinhos.
Obviamente foi das viagens mais importantes da minha vida, e Tóquio só não está mais alto no meu ranking porque eu basicamente não consegui entender nada...


Metrô nem tão lotado...
É realmente outro planeta, e a sensação de forasteiro é inevitável para quem não tem olhos puxados; você nunca fará parte realmente. Ao entrar no bar e avistar um loiro-sueco do outro lado, entre dezenas de orientais, vocês trocam acenos de cabeça, identificando-se como da mesma espécie.

Eu tive o privilégio de ter um grande amigo como guia, brasileiro sem ascendência oriental, mas que fala japonês. Fiquei hospedado na casa dele, ótimo anfitrião, que me levou para baladas, museus e parques, então pude conhecer não só o lado turístico, mas um pouquinho do dia-a-dia de quem mora em Tóquio.

Rodando a cidade de bicicleta. Seguro, mas caótico. 

Ainda assim, 15 dias foi pouco para absorver tanta coisa e hoje tenho uma visão mais superficial de Tóquio do que de outras cidades em que fiquei menos tempo. É uma cidade muito segura, cara pra caralho, os japoneses são simpáticos com o turista, mas ninguém fala inglês efetivamente. Os meninos são liiiiiiindos, principalmente para quem curte esse estilo andrógino, mas é aquela coisa: os meninos nas ruas, nos metrôs, são super estilosos, delicados, maquiados, daí você sai na noite gay são todos padrãozinho homem, posando de machinhos. Na época eu estava solteiro, e até fui bem feliz, embora me sentisse meio como um fetiche, como ocidental.


A magia dos boys magia de lá.
Delícia de polvo. 

A comida eu adoro, e comi belos sushis, tempuras, lamens. Obviamente a variedade de peixes lá é muito maior, mas também não cheguei a comer nada muito bizarro. E após quinze dias, você sente falta do tempero ocidental....

Jambalaia de enguia. 

Eu adoraria voltar, ficar mais tempo, mas acho que não seria feliz vivendo (e morrendo) por lá; não só nunca me sentiria em casa, como me estressaria com esse ritmo intenso, o barulho, a poluição visual, a lotação generalizada.

Cores, luzes, música. 
Assim deixo Tóquio em décimo lugar entre minhas cidades favoritas do mundo. Quarta que vem posto a nona.

MESA

Neste sábado, 15h, na Martins Fontes da Consolação, tenho uma mesa com o querido Ricardo Lisias . Debateremos (e relançaremos) os livros la...