23/05/2022

DE VOLTA NA PISTA


Na cidade do México em 2014. 

Começando uma semana voltando aos eventos literários presenciais. No fim de semana vou estar no Pantanal, num debate num festival pra lá de bacana. A programação toda está aqui: 

https://www.festivalamericadosulpantanal.ms.gov.br/

Estou fazendo uma série de stories/reels no Instagram, porque preciso agitar as coisas por lá (preciso agitar as coisas como um todo na minha vida, na real). E estava lembrando dos eventos literários mais bacanas que participei. Decidi desdobrar aqui, com fotos.  

Fórum das Letras de Ouro Preto. 

(Obviamente falo dos que participei, porque tem vários eventos que se orgulham de dizer quantos milhares de escritores já fizeram circular pelo Brasil todo, mas nunca me chamaram, tipo a Arte da Palavra do Sesc.)

(Acho que não sou bom o suficiente pra eles...)

Na Flip 2003 com Chico Mattoso, JP Cuenca e Paulo Roberto Pires. 

Começando para um dos mais célebres. A Flip. Fui convidado da primeira edição, em 2003, que já começou hypada e com certeza foi uma vitrine absurda no começo da minha carreira.

Em Passo Fundo, 2007.

A Jornada Literária de Passo Fundo é muito bacana porque não só leva os escritores para falar com os alunos, como adota alguns meses antes os livros desses autores em sala de aula. Então você fala para diversos alunos que te leram de fato. 

Na Fliaraxá com Marçal Aquino e Antonia Pelegrino, mediados por Carlos Herculano. 

Tem o Fliaraxá, do querido Afonso Borges, que reúne escritores de diversos gêneros, num hotel pra lá de cenográfico. Os encontros de bastidores são os melhores. 

Em Extrema (divisa de Minas e SP), tinha um festival bem bacana, do Marcelo Spomberg, que era muito voltado para literatura de gênero - terror, policial e suspense. Espero que volte...

Em Guadalajara, 2013. 

A feira do livro de Guadalajara, no México, sempre tem uma programação bem extensa com brasileiros, e é uma viagem incrível.

Bienal do RJ, com Michel Melamed e Cecilia Gianetti. 


As bienais acho que são voltadas para uma literatura mais comercial, literatura infantojuvenil, mas sempre é uma oportunidade de business, encontrar os editores (que geralmente não estão presentes em outros eventos). 

Aliás, isso é algo essencial nos encontros literários presenciais, trocar ideia com os pares. A literatura é uma atividade muito solitária, então a gente alimenta muitas paranoias e vaidades descabidas - "ninguém me ama" ou "todo mundo me ama", é bom saber o que está acontecendo com os colegas, que a gente não está sozinho nas frustrações e conquistas. 

´Só gente bonita e joiada em Araxá. 

Os encontros mais bacanas acontecem não nas mesas de debates, mas nos bastidores. Encontrar o Marcelino Freire no hotel, café da manhã com o Ziraldo, beber de noite com o Raphael Montes, com o Xico Sá...

Drinques com Mutarelli no México. 

O atual (des)governo já fodeu muito com o apoio para cultura, muita coisa perdeu patrocínio, se tornou inviável. Agora temo a pá de cal que a pandemia jogou nos eventos literários - com o estabelecimento definitivo dos encontros remotos. Acho que muitos eventos que poderiam ser presenciais, principalmente em cidades mais distantes, no exterior, vão optar por um modelo online ou híbrido, para não ter de arcar com passagens, deslocamentos, hotel... Quem perde é principalmente o autor. Eu comecei numa época - no começo dos 2000 - em que os eventos literários se proliferavam à toda - e foi essencial para minha formação de autor, para conhecer o meio, fazer meu nome circular....

Só gente joiada: Felipe Franco Munhoz, Paulo Lins, Marcelino Freire, Paulo Scott e eu.

Vamos ver como a coisa fica. Por enquanto, esse evento no Pantanal é o ÙNICO presencial que tenho no ano (mesmo sendo finalíssimo dos principais prêmios no ano passado, veja só...). 

Ao menos o trabalho aqui em casa tem sido intenso... Mas sempre dá para se queixar, para melhorar...

Bons tempos, na Espanha. 


#literatura #fliaraxa #flip #filguadalaraja #artedapalavra

NESTE SÁBADO!