19/08/2022

PROFOUND MYSTERIES II



Tô chocado...

Dos artistas-grupos-bandas em atividade no momento, a dupla norueguesa Röyksopp tá no meu Top 3. Talvez em segundo (depois de Suede, claro). 

Só que não tavam lá muito em atividade, com o último disco lançado em 2014 - com o fatídico título de "The Inevitable End", como uma despedida do formato disco-álbum, que é bacaninha (e tem singles fodásticos como "Running to the Sea" e "This Sordid Affair"). 

Daí, há poucos meses, eles lançaram "Profound Mysteries", um álbum bem mais ou menos, que agora me parece uma coleção de B-sides.

Só que poucas semanas depois começaram a soltar uma faixa nova atrás da outra e anunciaram o "Profound Mysteries II", uma segunda parte, ou um novo disco, o que me parece mais o caso, lançado menos de quatro meses depois. 

Não tava entendendo nada. E ainda não entendi direito. Lançaram uma faixa atrás da outra - fizeram uns vídeos esquisitos com trechos de músicas e clipes inteiros que chamaram de "visualizers" (que, pesquisando agora, me parece uma nova tendência em música eletrônica). O "visualizer" é como se fosse uma instalação visual pra música; no caso do Röyksopp, é a filmagem de uma peça, como uma escultura, que representa a música. Coisa trippy mesmo - (no site do Kondzilla eles definem como se fossem "ondas sonoras"). 

(isso é um "visualizer")


(isso era um "teaser", com um trecho da música, que não entendi muito o sentido.)


Mas e a música?

Tava boa. E só melhorou. Ouvindo agora o álbum inteiro - que acabou de sair - faz todo sentido e é absolutamente maravilhoso. Simplesmente o MELHOR disco de um dos meus artistas favoritos. 

É inteiro foda, começando com o suingue da instrumental "Denimclad Baboons" - o Röyksopp é uma dupla de produtores, afinal, raramente cantam, e sempre convidam artistas (a maioria escandinava) para colocar os vocais. Nesse disco temos alguns de seus parceiros favoritos (deles e meu): Susanne Sundfor (que arregaça em duas faixas), Jamie Irrepressible, Astrid S, Pixx e Karen Harding. 

Cinco das dez faixas já tinham sido lançadas - são todas ótimas, mas não tava entendendo o clima "retrô" do disco. A faixa da Karen Harding, por exemplo, "Unity", parecia um pastiche de dance dos anos 90 e achei que eles iam investir nisso, um disco propositadamente datado, com cara de eletrônica do século passado. 

Mas não é isso. Ouvindo o disco inteiro, tem outra pegada e faz todo sentido. É absurdo de bom. Tava ouvindo agora de madrugada e na metade já tava maravilhado; quando chegou na última faixa (só instrumental, e a melhor do disco) tive a certeza de que eles fizeram o melhor disco da carreira. 

Vai ser difícil alguém superar esse ano pra mim. Suede - que é minha banda favorita - lança álbum novo mês que vem, mas os dois singles lançados até agora foram bem mais ou menos... 

Enfim, há tempos não me empolgava assim com um disco. Até mandei mensagem pra eles agradecendo (porque já vi eles visualizando meus stories). E até gerou um post neste blog, veja só. Só tenho um pouco de medo de daqui a duas semanas eles começarem a lançar faixas novas e anunciarem "Profound Mysteries III"... ou não. 

"Profound Mysteries II" saiu nesta sexta e já dá pra ouvir nas plataformas de áudio (mas ouve direito o II; o I é muito, muito inferior). Eu, que hoje raramente compro disco, com certeza vou encomendar. 


Casalzinho lindo. 


ATUALIZANDO: (Sim, hoje anunciaram um TERCEIRO para novembro. Um motivo para ficar vivo até lá.)

MESA

Neste sábado, 15h, na Martins Fontes da Consolação, tenho uma mesa com o querido Ricardo Lisias . Debateremos (e relançaremos) os livros la...