26/07/2023

SINÉAD



Podem me chamar de colonizado. Mas pra mim, antes de Gal, de Bethânia, antes mesmo de Rita, tinha a Sinéad...

Comecei a ouvir Sinéad O'Connor na adolescência. Eu já era fã de Annie Lennox, Debbie Harry e conhecia aquela "careca maluca" pelo hit meloso, Nothing Compares 2U. É um bom hit, mas ela tinha tantas, tantas coisas melhores, escritas por ela mesma. Uma voz absurda. Um talento imenso como compositora. Uma mulher linda, com um visual único. Tornou-se uma das minhas. Parte do que eu sou.
 
Abusou da minha paciência, é verdade. Declarou-se lésbica, depois voltou atrás. Sacerdote, Rastafari, Muçulmana. Ameaçou se matar dezenas de vezes, tantas vezes quanto disse que ia se aposentar dos palcos. Não dava para levar a sério. Mas ela NUNCA se queimou no que interessava: sua música.

Tem coisas absurdas de boas, outras nem tanto, mas ela nunca lançou um disco realmente ruim. Mesmo o último de estúdio - "I´m Not Bossy, I´m the Boss", de 2015, compensa a voz comprometida com várias camadas vocais e ótimas composições.
 
Nunca consegui ver ao vivo. Comprei ingresso pra show dela em 2016 já sabendo que ela ia cancelar. Há muitos anos já esperava por uma notícias dessas. Era uma mulher surtada - mas parte da genialidade dela estava nisso aí.
 
Tristeza. Mas que sirva para ela ser mais ouvida. Infelizmente algumas das melhores dela não estão no Spotify, mas deixo o link de uma playlist das minhas favoritas: 



11/07/2023

MINHAS FÉRIAS


De volta de uma viagenzinha delícia de 5 dias em Ubatuba. Um amigo me convidou, coincidiu de minha mãe e minha sobrinha estarem numa praia ao lado, então me dividi entre duas casas, duas praias e duas piscinas...
Com o anfitrião, Abílio. 


Ando viajado bem pouco. Mas felizmente o trabalho melhorou bem nos últimos meses e tá dando para dar umas breves fugas (ainda que eu tenha tido de trabalhar um pouco, mesmo na praia). Antigamente, quando entrava uma bolada de dinheiro eu ia pra RÚSSIA! ARMÊNIA! JAPÃO! Literalmente... Agora não tenho mais essa coragem, depois do sufoco financeiro dos últimos anos.

A que pena seria.


 
Mas é bom que também não tenho mais tantas vontades... (“No tengo ganas.”) Tem gente que trabalha a vida toda, constrói uma carreira, para enfim poder viajar. Mas daí não tem mais tanta graça. Melhor aproveitar enquanto se é jovem... (e COMO eu aproveitei... quando eu podia trepar-beber-comer sem remorso...)


Volto agora pra SP, trabalhando nas prés do Veado (sim, AINDA tá em pré. O livro sai oficialmente em 27 de julho), tem ainda umas traduçõezinhas, o júri de um prêmio e as leituras críticas, que andam bem frequentes. Que não falte mais trabalho.

Abrindo as comemorações...
  

(Lembrando, a noite de autógrafos em SP será dia 12 de agosto, sábado, no Bar Hitch, na Cardeal).



Com a velha na praia. 






NESTE SÁBADO!