17/04/2005

JACARÉS DE PAREDE NÃO PRECISAM DE MIM

Domingo de noite.

O lançamento de ontem aqui em Porto Alegre foi gostoso, mas ano passado estava bem mais cheio. Percebo que os anos passam e os amigos do tempo em que eu morava aqui vão rareando - muitos talvez foram destruídos por manuais de auto-ajuda. O que importa é que os sobreviventes são bravos, destemidos e sempre estarão prontos para me passar a espada (ops!) nessa cruzada conteudista.

Além disso, no lançamento de ontem teve um bom número de pessoas que eu não conhecia e que apareceram por causa da matéria na Zero Hora. Resenha grande, assinada novamente pelo Luis Augusto Fischer (que já tinha escrito sobre o "Feriado" na Bravo) - e mais uma vez foi excelente. Saiu também um release no "O Sul".

O mais engraçado foi encontrar uma antiga chefe minha, depois do lançamento, no aniversário da Letícia; ela se desculpar por não ter comparecido ao meu evento e entregar de presente para a Letícia um livro chamado "O Monge e o Malabarista", "O Bêbado e o Equilibrista" ou algo tosco assim, gravado pela Maria Rita nos anos 70, haha. Definitivamente literatura de auto-destruição. Vocês vêem em que mãos está o poder...

"O duelo de DJs" com o Jaspion, no Garagem Hermética, também foi divertido. Mas eu estava bem cansado, com aquele outfit de lançamento (camisa, gravata) - uma caipirinha de caju me derrubou - e não tive pique para tocar muita coisa. Foi uma pequena prévia do que vou tocar em maio na Loca, em SP.

Fico aqui até quarta, depois sigo para Floripa. Por aqui só preciso terminar de ler um livro para resenhar para a Folha e assistir ao show do Placebo.

Estou sem muita energia - definitivamente um telefone sem fio longe da base - mas é bom viver novas vidas por alguns dias. Ou viver novas mortes, ou morrer novamente, ou suspender um pouco a vida de sempre, ou perder o fôlego.

E deixar as lagartixas se reproduzirem em paz no meu apartamento.

NESTE SÁBADO!