O SORRISO DO LAGARTO
Há algumas semanas fui ver com o Daniel Luciancencov uma mostra das fotografias do Nobuoyshi Araki na Galeria Fortes Vilaça, aqui em SP.
Araki é um fotógrafo japonês contemporâneo, conhecido por suas fotos de japonesas nuas amarradas, ornamentadas com lagartinhos de borracha. Como eu também tenho lagartinhos, aranhinhas e cobrinhas de borracha espalhados pelo meu apartamento, o fotógrafo Luciancencov começou a ter idéias...
E eu acabei ganhando um iguana real, vivo e verdadeiro de presente de Natal. Tenho um pouco de dó desses bichos criados em cativeiro. Na verdade, tenho dó de qualquer bicho criado preso, mais ainda de cachorros e gatos dentro de apartamento, mas como o Daniel também já estudou veterinária, conheceu um criador de iguanas e sabia que estava tudo certinho, achei um ótimo presente. Principalmente porque um iguana não precisa de tanto espaço (quanto um cachorro), e muito menos de atenção.
Então aproveitei um espaço aberto grande que tenho na área de serviço e montei lá um terrário. Sempre gostei de herpetologia, tenho vários livros sobre répteis, já criei aranhas e tartarugas, mas tive de me aprofundar bem no comportamento típico dos iguanas para poder receber este queridinho aqui com os devidos cuidados. Instalei uma lâmpada fluorescente de raios UVA e UVB (que só se encontra em pet shops especializados em répteis), uma pedra térmica que se mantém a 36 graus e coloquei galhos para o bichinho subir. A alimentação é tranqüila: frutas e vegetais. Minha intenção é manter o terrário aberto para ele poder passear pelo apartamento. Mas por enquanto estou deixando ele lá para se acostumar. Ainda mais porque ele ainda é pequeno e se esconde em qualquer fresta. Ontem mesmo desapareceu totalmente no terrário (que tem 2m por 1,5m). Fiquei horas imaginando como poderia ter fugido. Mas estava bancando o personagem de "Casa Vazia", escondidinho embaixo de uma madeira, espremido que nem papel.
O nome dele? Araki, claro.
E também teve os presentinhos do velhote Noel: mais uma estante para meus livros (que já não cabem nas que eu tenho), um DVD do Bowie, alguns livros, cuecas (uh-la-lá), coisa e tal. Agora quero passar logo para 2006, que este ano foi o cão. Mas ainda volto para a retrospectiva...