ALWAYS CRASHING IN THE SAME CAR
Se o que começou agora foi o Ano do Cachorro, ele deve estar espumando.
Este meu cachorro louco começou com incidentes terríveis que me quebraram em todos os sentidos. Felizmente não deve ficar nenhuma sequela, mas meu lado esquerdo do rosto está tão roxo e inchado que só estou saindo de óculos escuros e a franja de proteção. Me sentiria como Thomas Schimidt, se Michael Jackson não tivesse surgido antes.
Por falar em Thomas Schimidt, ainda tenho "Olívio" pra vender, ninguém mais quer? 21 pila, entregue na sua casa, autografado, é só escrever pra mim no saintdragon@uol.com.br, blablablá... Assim vocês me ajudam a ficar menos quebrado, ao menos financeiramente. Vai mais um trecho grátis:
Olívio era carregado pela manhã como um gato pela nuca. Sem ação, imaginava a vitamina que o levaria para o trabalho. Mesmo que sua consciência sossegasse, a sensação da roupa úmida colada ao corpo não o deixaria. No ônibus, na volta para casa, Olívio não poderia esquecer o quanto estava cansado, e relaxar. Não poderia esquecer o quanto estava atrasado, e correr. Não poderia esquecer.
Encontrei Marçal Aquino semana passada e ele disse que considera "Olívio", meu melhor livro. Bem que ele podia adaptar para o cinema, então, não? O último filme de Beto Brant, "Um Crime tão Delicado", tem novamente o roteiro dele (junto a outros roteiristas). É um filme bem diferente do que Beto Brant andava fazendo e do que se faz no cinema brasileiro hoje em dia. No geral, eu gostei. Causa um estranhamento. Você sai com uma sensação estranha. Bem melhor do que ver pinguins cantando.
E calma, calma, semana que vem já trago mais notícias de "Mastigando Humanos". (Bem, esse "calma, calma" é pra mim mesmo. Alguém está tão ansioso quanto eu por meu livro novo?)