FECHE OS OLHOS E MORDA A LÍNGUA
E as duas velhinhas cruzavam as pernas e os braços, cruzando a tarde em vão e vaidades, vaidades e infusões, num inverno solitário. Lá fora, amores resistiam, choviam e derrapavam, tentando voltar para casa, para as cobertas, para os braços uns dos outros, para fugir do frio.
Trecho de "O Pequeno Conto que Sorri", que está aí na sessão "Formigas do Açúcar" (no menu do lado direito). Coloquei dois contos novos lá. Além desse, de "Depois do Sexo" e "Garotos Podres", coloquei "Espinha de Peixe". Não são exatamente contos inéditos (nem recentes), já tinham sido publicados em alguns sites, por isso mesmo decidi colocar aqui, para facilitar o acesso. O conto "Seis Dedos Pra Contar" eu tirei de lá, porque me cansou.
E ontem fui assistir a pré-estréia de "Joana Evangelista", peça de Vange Leonel encenada pelos Satyros (no Espaço dos Satyros 2). Sempre é interessante ver as montagens deles. Tensas. Sonambulescas. Essa é uma releitura lisérgica e atualizada de Joana D'arc. Vale.
Legal também foi reencontrar e bater papos com a Vange. Eu que já fui groupie dela. Haha. Afinal, é dela o único hit gótico brasileiro: "Calada noite preeeeta, noite pretaaaaaaa..." A Siouxsie da Vila Madalena!
Esta semana está repleta de festas e pré-estréias, mas nem todas merecem ser mencionadas aqui... Só digo uma coisa: APAGUEM O BEGE DO CINEMA BRASILEIRO!!!!
Aliás, sigo no roteiro para o curta "Pó de Vidro e Veneno de Cobra", filme ofídico total. (Hum, belo título... "Filme Ofídico", alguém quer comprar?)