(Michael Myers... trinta anos depois)
Não, não vou falar da casa que pingava sangue, nem do banheiro que pingava todo tipo de coisa, nem da minha recentemente bem-sucedida vida profissional e do amor em que pisei achando que era uma barata - muito menos das crianças arrastadas pelo Clodovil..
Ou melhor, vou falar de tudo isso por uma ótica proustiana, de trás para frente para revelar mensagens satânicas que entregarão o mundo definitivamente a ELE, o Michael Myers das profundezas.
Não que isso seja resultado de um final de semana lisérgico, pelo contrário. Apenas ressacas demais, ressacas morais, e o peso delas acumuladas em parceria com um cotidiano sufocado pela emissão de gases poluentes que destroém a camada de ozônio e tornam meu suor mais ambientalmente incorreto.
Assim dilatam-se meus dedos e os componentes internos dessa máquina - o Personal Computer - que alonga a minha, misturando arquivos e idéias e criando a chave para abrir as portas do inferno.
O inferno são os outros.
O inferno é uma estação não-inverno.
O inferno é o animal interno.
E isso tudo é apenas a adolescência, que volta a reinar em meu coração.
Tirando isso, hoje tirei fotos pra revista do SPFW. Estava pensando em ser modelo no inverno, mas quando o inverno chegar ("eu quero estar junto a ti...") já será verão nas passarelas. E de sunguinha minha literatura é mais pálida... Então astronauta? Policial? Índio? Cantor do Village People?
Hoje encontro poesia em cada descompasso dos meus olhos...
O próximo "Le Kitsch C'est Chic" provavelmente deverá ser com o... Trash Pour 4. É que tivemos problemas no estúdio e fomos obrigados a reprisar programas antigos, mas o Trash está lá, gravadinho.
... não sei...
(Treinando para um dia ser, de fato, um tigre numa garrafa)