10/03/2007

"EU MORO NO CASTELO DOS HORRORES..."

(Michael Myers... trinta anos depois)

Não, não vou falar da casa que pingava sangue, nem do banheiro que pingava todo tipo de coisa, nem da minha recentemente bem-sucedida vida profissional e do amor em que pisei achando que era uma barata - muito menos das crianças arrastadas pelo Clodovil..

Ou melhor, vou falar de tudo isso por uma ótica proustiana, de trás para frente para revelar mensagens satânicas que entregarão o mundo definitivamente a ELE, o Michael Myers das profundezas.

Não que isso seja resultado de um final de semana lisérgico, pelo contrário. Apenas ressacas demais, ressacas morais, e o peso delas acumuladas em parceria com um cotidiano sufocado pela emissão de gases poluentes que destroém a camada de ozônio e tornam meu suor mais ambientalmente incorreto.

Assim dilatam-se meus dedos e os componentes internos dessa máquina - o Personal Computer - que alonga a minha, misturando arquivos e idéias e criando a chave para abrir as portas do inferno.

O inferno são os outros.

O inferno é uma estação não-inverno.

O inferno é o animal interno.

E isso tudo é apenas a adolescência, que volta a reinar em meu coração.

Tirando isso, hoje tirei fotos pra revista do SPFW. Estava pensando em ser modelo no inverno, mas quando o inverno chegar ("eu quero estar junto a ti...") já será verão nas passarelas. E de sunguinha minha literatura é mais pálida... Então astronauta? Policial? Índio? Cantor do Village People?

Hoje encontro poesia em cada descompasso dos meus olhos...

O próximo "Le Kitsch C'est Chic" provavelmente deverá ser com o... Trash Pour 4. É que tivemos problemas no estúdio e fomos obrigados a reprisar programas antigos, mas o Trash está lá, gravadinho.

... não sei...

(Treinando para um dia ser, de fato, um tigre numa garrafa)

NESTE SÁBADO!