18/12/2008

COZINHANDO COM TIO SANTI



Assim se foi Sylvia Plath...



Hoje vou falar mal da Madonna!


Não... resolvi aproveitar o clima festivo para dar uma ótima receita de fim de ano. Você sabe que, apesar de ter matado Thomas Schimidt com um frango, sou um prendado cozinheiro, não? Não teria como não ser, eu faço todas as refeições da semana aqui em casa, não tenho cozinheira, cozinho para mim mesmo no almoço e no jantar (que geralmente acontecem na mesma hora, depois das 7 da noite). Uma hora a gente acaba aprendendo....


Então fiquei pensando em como poderia colaborar com as ceias de fim de ano. Com família chicosa não adianta chegar de cidra na mão, nem se oferecer pra fazer salada de maionese. A saída é ter criatividade e investir num prato que se enriqueça com nossos dotes literários.



Por isso, hoje trago a vocês minha receita de BISCOITINHOS DA SORTE!





Esse é um regalito barato para se comprar pronto, mas daí não tem a mesma graça. Como fica no meio-termo entre quitute de festa e literatura de auto-ajuda, é melhor que a parte da literatura você mesmo garanta.

Comece escrevendo meia dúzia de frases de efeitos numa folha sulfite. E recorte.


Fazer frases de efeito é a coisa mais fácil, e não vou explicar. Já te dou uma de presente: Trate a felicidade como um souvenir, que vale mais pela lembrança do que pela posse.

Se quiser mais, pode tirar direto dos meus livros. (Quero dizer, copiar, não RECORTAR dos meus livros, hein?). Tipo: “Todos os prazeres são orais”, “o creme não compensa”, “a vida é triste pra quem come alpiste”.

A massa é básica, um biju. Para dez biscoitos, fica assim:

1 colher de sobremesa de essência de baunilha.
1 clara de ovo.
1 pitada de sal.
¼ de xícara de farinha.
¼ de xícara de açúcar.
250 gramas de peito de frango desfiado.

(Ok, o frango não precisa.)

Primeiro bata ligeiramente a clara com a baunilha.
Olha, pra quem não sabe quebrar ovo (como eu), é só fazer um furinho, que a gema fica dentro, a clara escorre pra fora.

Você consegue, sua mão direita já bateu coisas parecidas.

Tem um segredinho aí, que não vou contar.

Ok, o segredinho: mais 1 colher de café de essência de amêndoa (merchandising espontâneo da Dr Oetker, aguardando crédito em conta).

Depois misture todo o resto.

Em termos literários, isso parece algo tirado de "O Terceiro Travesseiro".

Unte papel-manteiga com manteiga sobre uma assadeira, despeje a gosma em círculos achatados e leve ao forno bem quente por 5 minutos.

Na forma, fica assim.
Quem tem iguana em casa, tome cuidado para ele não ser atraído pelo calor do forno. Isso na China, onde os biscoitos chineses nasceram, é mais incomum, mas aqui neste país tropical, nós sabemos que há iguanas espreitando por todos os cantos.

Tire do forno, espere esfriar só um pouquinho, coloque o papelzinho com a frase dentro do círculo da massa e dobre, para fazer o biscoito.

Sai do forno assim.

Voilá!
Que porra é essa?

Ok, não deu muito certo. Mas foi primeira tentativa. Acho que o erro foi só no excesso de massa em cada bolota para assar. Tem de ser beeeeeeeem fininho... eu acho.
De qualquer forma, as frases do recheio eu garanto.



Para não perder a viagem: 2 doses de vodca + 1 dose de suco de pitanga, complete com H2OH. Esse eu garanto!!!

MESA

Neste sábado, 15h, na Martins Fontes da Consolação, tenho uma mesa com o querido Ricardo Lisias . Debateremos (e relançaremos) os livros la...