Ah... o ano já está acabando e parece que eu não fiz nada, que foi tudo parado, um ano inteiro desperdiçado.
Não acho isso todo ano. Ano passado foi bem bom pra mim. Este foi meio truncado, trancado; comecei a lembrar agora tudo o que fiz, os trabalhos que peguei, e acho que eu devia – eu merecia – eu poderia ter ficado milionário.
Ao invés disso, só aumentei meu limite de cheque especial... para estourá-lo.
Deixa eu lembrar um pouquinho do que rolou...
Não acho isso todo ano. Ano passado foi bem bom pra mim. Este foi meio truncado, trancado; comecei a lembrar agora tudo o que fiz, os trabalhos que peguei, e acho que eu devia – eu merecia – eu poderia ter ficado milionário.
Ao invés disso, só aumentei meu limite de cheque especial... para estourá-lo.
Deixa eu lembrar um pouquinho do que rolou...
O ano começou bem... reveillon em Floripa. Neste verão volto pra Santa Catarina de qualquer jeito, nem que seja a nado. Viu como Deus é um ser perverso, pra afogar a catarinada? E você ainda paga seu dízimo...
- No começo do ano fechei o roteiro do longa metragem do “Chupacabra”, com Christiano Metri. Agora é esperar as filmagens (ainda sem previsão).
- No começo do ano também fiz as legendas/tradução de filmes do Festival de Verão, lá de Porto Alegre. Foi uma viagem gostosa de trabalho.
Porto Alegre, em março. Meses depois, a loira linda aí da esquerda já é mãe, mais motivos para eu voltar.
- Teve as legendas do Cimbeline, montagem teatral do grupo Britânico Kneehigh Theatre, uma das melhores coisas que fiz este ano. Fiquei 13 apresentações em cartaz com eles, e não enjoei da peça.
Kirsty, minha atriz favorita.
A companhia ensaiando.
- Cobri mais dois SPFW para a Erika Palomino, com uma página inteira, diária, no jornal do evento. A temporada de primavera-verão (em junho) foi a mais gostosa.
Na redação, com Janessa e Leon.
- Fiz os roteiros do Prêmio Abril de Jornalismo e dos programetes do Motomix, com o Edgar Picoli, no Multishow. Mas o melhor desses trabalhos foi conhecer a Bianca Bertolacini.
- Entrevistei Carolina Ferraz, pra Joyce, e João Gilberto Noll, pra Simples. Também fiz umas poucas resenhas pra Rolling Stone, crônica para a Revista da Folha e para a Júnior. Mas não foi um ano de grandes trabalhos jornalísticos, não.
- Em compensação, trabalhei horrores para as editoras. Perdi a conta de quantos pareceres/leituras críticas fiz pra Ediouro, Record, Geração Editorial e Mercuryo. Tive de ler muita merda, é verdade, mas também vieram umas pérolas, e esse trabalho me garantiu uma média de leitura de 6 livros por mês (sendo pago para ler, posso reclamar?).
- Também fiz tradução de dois juvenis pra Ática, um livro de filosofia pra Ediouro e um romance pra Mercuryo.
- Fui júri do Prêmio Sesc (categoria romance), que ainda não deu o resultado (está na segunda fase, com um segundo juri). Devo confessar que foi constrangedor ler TANTA COISA RUIM, mas ao mesmo tempo foi lindo descobrir, no meio do lixo, quatro autores de verdade, ótimos, que merecem os três o primeiro lugar (não vou dar o nome não, claro, até porque, são pseudônimos).
- E para a Mostra Sesc de Artes, criei a bela instalação “Samba”, em parceria com Alexandre Matos. Foi das coisas mais gostosas de criar.
- Fiz uma letra pra banda Montage. Eles já gravaram para disco novo, mas ainda não ouvi...
Aqui passei boa parte dos meus finais de semana.
Aqui passei boa parte dos meus finais de semana.
- Comecei a escrever um romance juvenil, para adolescentes revoltados. Talvez saia no final do ano que vem, mas provavelmente só em 2010...
- O engavetamento do meu quinto romance foi a pior coisa para mim em 2008. Mas pelo menos todo esse atraso serviu para eu reler e re-trabalhar bem o livro. E felizmente terminei o ano com editora nova, contrato assinado com a Record, e a promessa do livro ser lançado em meados do próximo ano.
- Ah, teve a seleção de “Mastigando Humanos” para o PNBE. Isso foi bem bacana. Espero que renda uma boa graninha de direitos autorais no ano que vem...
- Surgiram também três projetos de companhias teatrais para adaptarem meus livros para o palco, todas inscritas em editais. Talvez eu esteja até competindo comigo mesmo em certos casos, mas espero que ALGUM saia.
- Contos e romances meus foram comprados para Europa e América Latina, mas NADA saiu este ano.
- Eventos literários foram poucos. Como eu não estava lançando livro, não vi muito sentido em participar, e também não recebi grandes convites. Meu debate na Feira do Livro de Ribeirão Preto foi bem legal, e só. Da Bienal de SP eu não vou nem comentar...
Enfim, a melhor coisa de 2008, sem dúvida, foi o mocinho de cima. E vou arrastá-lo para 2009.
Mas o ano ainda não acabou não, viu? Nem o blog, porque não tiro férias de mim mesmo. Ainda dá tempo de você encomendar sua crônica de Natal. Faço precinho camarada...