
Marcelino Freire deu declarações bombásticas sobre a Flip na Folha e em seu blog... depois teve de vir fugido para Florianópolis.
Repensando os rumos da literatura...
Fizemos nossa própria festa literária – que ele batizou de FLORIP (Festa Literária e Outros Rituais na Praia). O homenageado foi Beto Carrero, já que o Raimundo foi lindamente contemplado com o Prêmio São Paulo. Além da ficção, nosso evento teve música, bebidas, um viés político e até a participação da Academia (a Power Fit, onde treino.)
Confira as fotos: O show de abertura foi de... ROCIO JURADO! (Que não pode vir porque estava morta, então o show foi previamente gravado.)
A primeira mesa foi... na verdade, uma cama. Marcelino chegou cansado, e com o frio que fazia, era a melhor alternativa. Mas eu não fiquei pra assistir... A Flip tem FHC. A Florip tem Serra, Dilma, Marina e Plínio, em debate ao vivo pela TV.
Marcelino dá autógrafos...
Nazarian responde aos internautas.
No dia seguinte... gaivotas, pinguins e.. o SOL!
Torrando.
Brincadeiras à parte, é de se repensar mesmo esse peso da Flip. Não tenho nada contra, pelo contrário. Participei como convidado da primeira (em 2003) e foi um salto enorme na minha carreira, que recém começava. Depois disso, não voltei mais simplesmente porque não vejo sentido em pagar fortunas de hospedagem, encarar uma cidade lotada e correr para comprar ingresso para ver debates, escritores e discussões que posso ver o ano todo, em bienais, feiras do livro e Sescs pelo Brasil (e são raros os escritores estrangeiros que me mobilizariam para isso; quando e se eles forem convidados, eu vou certo.)

Agora, todo ano me perguntam: E a Flip? E a Flip? Gente que não acompanha nada, não vai a evento literário algum pousa lá para sorver de cultura. Há alguns anos eu via isso com esperança – a Flip trazia um glamour à escrita e ao escritor que poderia impulsionar a cena pelo Brasil. Mas parece que ficou só nela mesma. As pessoas continuam lendo pouco, a literatura tem menos espaço na mídia do que tinha quando a Flip começou (é só ver a extinção dos cadernos literários e o enxugamento do espaço para livros nas revistas e jornais) e os eventos literários no resto do país continuam vazios. Mas talvez esses tenham se multiplicado... é verdade.

Então acaba se tornando inegável o peso e a importância da Flip, e por isso mesmo é preciso repensá-la. Eu, na verdade, nem pensava muito nisso, mas quando li o post do Marcelino e a lista enorme de nomes essenciais da literatura brasileira contemporânea que ainda não passaram por lá (e o fato de a curadoria já estar reciclando os nomes de sempre) achei meio escandaloso.
Se a Flip tem esse grande peso, tem também uma grande responsabilidade. (Ei, essa não é uma frase do Homem-aranha?)

Leia o post do Marcelino no: www.eraodito.blogspot.com