26/05/2014

RESENHANDO AS RESENHAS

Foto: Karime Xavier/Folha de S.Paulo.

Dia desses meu editor enviou uma matéria de página inteira sobre o livro, de um jornal da Amazônia. "Dá os parabéns para o povo aí da Record, porque eles que escreveram", tive de responder. Era uma cópia do release, palavra por palavra.


Tem sido uma boa divulgação. O livro saiu há quinze dias, mas já dei diversas entrevistas, alguns programas de TV, rádio. Já a "recepção" é impossível dizer se está sendo boa ou não, porque sou sempre eu mesmo falando sobre o livro, muita vezes para gente que ainda não leu. Das lendárias "resenhas", ainda nada. Sintomático. Há cada vez menos espaço para resenhas nos veículos, e eu tenho de agradecer que ao menos o povo se interessa pelo que eu tenho a dizer.

Para o autor, é sempre mais interessante as resenhas, as impressões. Ver como a obra está sendo recebida, percebida. E hoje em dia, mais do que os grandes veículos, as resenhas estão a cargo dos próprios leitores, nas redes sociais, em seus blogs e murais.

A impressão mais bacana que já recebi do livro foi de um jovem mestrando que estuda minha obra na UFRJ, Rodrigo Lopes da Fonte. Reproduzo aqui:

“Mastiguei. Engoli. Fiz ótima digestão...”

Com "Biofobia" Santiago Nazarian retoma, com toda a força narrativa, os aspectos ficcionais que marcaram seus romances anteriores. E com algumas novidades.
O aprofundamento nas neuroses, nas psicoses, na solidão, no "existencialismo bizarro" que promove a desorientação social e os pequenos e grandes vícios humanos - tudo isso está lá - com o plus de uma dose generosa de ironia cáustica (sem dúvida herança benéfica de "Mastigando Humanos" e "O prédio, o tédio e o menino cego", erroneamente interpretados como “livros juvenis").
Temos, assim, uma obra de ficção enxuta, visceral, bem formatada, construída, pois, com uma consciência profissional extrema. Apesar de não compartilhar do lugar-comum crítico que aponta essa ou aquela obra de um autor como "produto de uma maturidade estética", é preciso reconhecer que dessa vez estamos diante de um livro ligeiramente mais austero. Sem dúvida Nazarian já surgiu maduro na literatura – não por acaso estreou já premiado, em 2003, com "Olívio" – porém todo e qualquer traço estilístico invariavelmente se desdobra e melhora. Amadurece, enfim. E “Biofobia” registra esse momento.
Ao contrário de André, o protagonista, que se aloja num entre temporal (a casa de campo da mãe suicida) para revisitar o passado venturoso e renegar as forças perturbadoras da natureza que lhe impõem um futuro incerto, a linguagem do novo romance inicia um processo paulatino de desligamento da antiga coloquialidade pop e inaugura a nova fase ficcional do autor. Aqui, portanto, o domínio de Nazarian sobre as características peculiares a todas as suas narrativas se solidifica e confere ao romance o ajustamento pleno entre a sua mundividência autoral e a proposta da obra criada até agora.
Alguns outros traços dos três primeiros livros – sobretudo os de "Feriado de mim mesmo" – são retomados em "Biofobia". Um deles é o jogo de verdade e mentira na personalidade do protagonista e, claro, na própria voz narrativa perspectivada (o que aproxima o leitor do personagem e o prende no puro suspense do sentido – o suspense que acontece não na ação propriamente, mas no seu significado amplo dentro do enredo, gerado pela incerteza quanto aos fatos). Um segundo traço interessante é o clima de terror estabelecido a partir do cenário: a casa na qual André se asila por um final de semana a fim de retirar os objetos da mãe, ao mesmo tempo em que se esvazia e vira palco de alucinações, crimes e cenas pitorescas, torna-se refúgio contra a “natureza cruel”, faminta, do terreno em declive sobre o qual fora construída. Essa relação dentro/fora, que só exacerba o conflito entre o Eu e o Outro, trabalhada, aliás, por Nazarian em “Olívio”, “Feriado de mim mesmo”, “Mastigando humanos” e “O prédio, o tédio e o menino cego”, em “Biofobia” traz um detalhe diferente: o protagonista não se sente, como os precedentes, nem um pouco atraído pelo mundo “de fora”. E quem se atreve a invadir o seu interior é imediatamente ceifado.
Vale ainda citar as referências cômicas inseridas aqui e ali na narrativa – a maioria inspirada em obras e figuras da literatura, embora o protagonista seja músico e nada adepto a leituras. A cena em que ele e seu amigo dão combustão à lareira com livros (e nessa leva vai a Revista Granta, famosa no meio acadêmico, e até “Feriado de mim mesmo”) é hilária. Só perde em comicidade para a interseção de uma fala conhecida de Clarice Lispector, retirada de uma entrevista para a TV, com a da mãe do protagonista, também escritora famosa e convidada de um programa de entrevista.
Em suma, “Biofobia” não só marca o retorno de Santiago Nazarian à narrativa “adulta”, após cinco anos, como também evidencia a reconfiguração estética de um jovem (ou não mais tão jovem) escritor que, ao apresentar a crise existencial e profissional de um roqueiro quase quarentão e decadente, passa ao largo de qualquer possível conflito: traz a lume um romance extraordinário e de quebra cala a boca (e os dedos) dos que não creem em seu potencial artístico.


A bela escritora Simones Campos também deixou lindamente suas impressões no Facebook. Aqui: 


"Biofobia: livrão do Santiago Nazarian. O estilo dele está todo lá, mas mais depurado: as associações originais de ideias, as alfinetadas na vida real, o gore. Pense em "A morte sem nome" com um protagonista masculino e mais focado, ainda que seja em consumir drogas e retomar o sucesso da juventude. O roqueiro padezeiro André me conquistou. Tudo no livro é muito convincente, de maneira mais emocional que racional - as questões existenciais de quem já fez 40 anos, a forma como a mãe de André se mata e ninguém nem tenta elaborar muito sobre isso, a rapa que os parentes fazem na casa, e todos os mistérios que surgem naqueles dois ou três dias em que se passa o livro. Recomendadíssimo."


Já Luciano Trigo, que tem um belo blog no G1 sobre literatura e arte, fez a entrevista mais profunda até agora. Reproduzo um trecho: 


"Já se fala muito sobre a força do amor, quero falar sobre a perversidade das relações amorosas. Como o amor muitas vezes é uma hipocrisia. Trabalho o texto não de forma a defender nada; a negativa não é assertiva, é uma forma de questionar, de criar dúvidas. Isso pode ser notado até no estilo do texto. Frequentemente encadeio frases de sentidos opostos, porque ambas fazem sentido."
Dá para ler inteira aqui: http://g1.globo.com/pop-arte/blog/maquina-de-escrever/post/nazarian-quero-falar-sobre-perversidade-das-relacoes-amorosas.html


A Folha de S. Paulo deste final de semana trouxe uma espécie de... perfil, escrito pelo Cadão Volpato. Ele me entrevistou e disse que adorou o livro, mas não fica claro em seu texto. Não achei ruim, mas bom também não é. Fala muito pouco do livro. E é frustrante não ter resenha nem na Folha. 


Dá para ler aqui:  
http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2014/05/1459291-obra-de-santiago-nazarian-prega-existencialismo-pop.shtml


O Globo deu uma boa entrevista no dia do lançamento no Rio, no site. Que dá para ser lida aqui: http://oglobo.globo.com/rio/bairros/santiago-nazarian-lanca-biofobia-em-botafogo-nesta-quinta-feira-12495972


No Rio, o site da Heloisa Tolipam também deu uma boa entrevista:
http://www.heloisatolipan.com.br/gente/santiago-nazarian-lanca-biofobia-e-volta-ao-mundo-dos-suspenses-adultos/

Também no Rio, antes do lançamento,saiu uma matéria de página inteira em "O Fluminense": http://www.ofluminense.com.br/editorias/cultura-e-lazer/com-aversao-ao-que-e-vivo

Para o lançamento de SP, falei ao Glamurama: http://glamurama.uol.com.br/santiago-nazarian-lanca-biofobia-neste-sabado-na-livraria-da-vila/

À Mari Moon: http://www.marimoon.com.br/lancamento-do-livro-biofobia-de-santiago-nazarian/

E ao André Pomba: http://www.andrepomba.com.br/?p=3929

Teve também uma entrevista no Vírgula, com o lançamento do trailer: http://virgula.uol.com.br/diversao/literatura/nao-ha-espaco-para-literatura-pop-no-brasil-diz-santiago-nazarian-que-lanca-novo-livro

E ontem dei uma entrevista para os queridos André Fischer e Juliano Dipp, na CBN: http://cbn.globoradio.globo.com/programas/cbn-mix-brasil/2014/05/25/PROPAGANDA-INOVA-E-PROMOVE-PRIMEIRO-BEIJO-GAY-DA-PUBLICIDADE-BRASILEIRA.htm

E aqui para Renatinha Simões, na Oi FM: http://oifm.oi.com.br/site/#!/noticia/oifm/-gps-entrevista-santiago-nazarian

Tem mais coisas gravadas para sair por aí, como o programa do Dr. Kurtzman (Canal Brasil) e Arte 1, mas espero ansioso mesmo as impressões de leitores, colegas (já que da "imprensa", está difícil). 

Enfim, ainda estou só começando... E, preparado para o pior, já fico agradavelmente surpreso. 




23/05/2014

MELHORES DO ANO

Royksopp & Robyn


Esta semana baixei três álbuns novos de algumas de minhas bandas favoritas. E já começou a se desenhar para mim a lista dos melhores do ano.

Röyksopp é uma dupla norueguesa de produtores de música eletrônica que tem a Escandinávia na veia. Sou apaixonado por aquela região - que já visitei várias vezes e morei alguns meses (a foto de capa aí do blog é na Noruega, por sinal) - e não poderia deixar de ser fã da música. Acho que reconhecer a Escandinávia nesse som é como um estrangeiro reconhecer o Brasil ouvindo samba.

Os meninos do Royksopp têm discos que vão do dance à new age, às vezes assumem vocais, mas geralmente contam com vocalistas convidados. Agora acabam de lançar um "mini-álbum" (ou EP) com a Robyn, uma cantora pop sueca que eu detesto. Ainda assim, tinha grandes esperanças de que ela só entraria como coadjuvante.

O disco abre com "Monument", uma faixa de dez minutos que tem tudo o que Röyksopp faz de melhor. Começa lenta, com camadas de teclados espaciais e uma batida ambient, com o vocal de Robyn. Parece que vai crescer para um épico dance com batidas eletrônicas, mas com a genialidade de Royksopp acontece exatamente o oposto. A música se dissipa em teclados etéreos, para ressuscitar com um saxofone e batidas acústicas. Foda. Minha música do ano passado foi "Running to the Sea", também do Royksopp com a norueguesa Susanne Sundfor nos vocais. É bem mais melódica e emotiva do que "Monument", mas também mais óbvia. A nova faixa traz um grau de experimentalismo que reafirma o talento dessa dupla. Forte candidata à música deste ano. Se alguma vez eu tomar ácido novamente nesta vida, quero que seja com essa trilha.

Infelizmente, as faixas seguintes estão milênios, milênios aquém da abertura. Só posso acreditar que foi Robyn quem as trouxe, e os meninos do Roy só deram um tapa, porque, tirando a faixa final instrumental, que é Ok, o EP é uma merda. Felizmente, já tinha ouvido (e me decepcionado) com coisas como Do it Again, uma dance music vagabunda, porque se tivesse ouvido "Monument" antes teria expectativas bem maiores.

Eles ainda prometem lançar um álbum inteiro no final do ano, com uma releitura de Monument. Esse sim é para se esperar ansiosamente. O EP já pode ser ouvido na íntegra clicando aqui (mas sugiro parar na primeira).



Nova do Blondie. 

E o Blondie é uma banda que gosto desde a adolescência, que continua na ativa mesmo com sua vocalista Debbie Harry chegando aos 70 anos. Lançaram há poucas semanas Ghosts of Download, décimo álbum de estúdio, que é divertidíssimo. Tem todo uma pegada latina, com batidas eletrônicas. Eles faziam isso desde o início (vide "Attack of the Giant Ants", do disco de estreia, de 1976), mas parece que nos últimos anos eles foram deixando o lado punk rock de lado, e assumindo de vez essa coisa tecnobrega. Eu gosto, mas parece mais Debbie Harry solo do que uma banda. Tosco, mas divertido.

O disco contém diversas participações especiais, como os venezuelanos do Systema Solar na faixa de abertura, "Sugar on the Side", que é ótima; e Beth Ditto (Gossip) no single de estreia, "A Rose by Any Name", que é ok. Minha favorita é "Make a Way", que apesar de ter essa coisa latina, tem um refrão meio 60's que remete ao Blondie dos velhos tempos. Enfim, longe de ser genial, é um disco bem divertido, embora um pouco longo e redundante (as edições especiais tem 16 faixas!). Pode se ouvir o disco inteiro clicando aqui.



Outro forte candidato a disco do ano é a estreia do Plaza Francia, projeto dos caras do Gotan Project com a francesa Catherine Ringer, ex-vocalista do Les Rita Mitsouko. Catherine é das minhas favoritas de todos os tempos, e continua com uma voz absurda e uma presença estonteante. O disco é todo em espanhol, naquela coisa tango eletrônico. É uma delícia; disco para se deixar tocando em festinhas em casa. Acho inteiro bom, mas minha favorita é essa aqui:



E já que estou falando dos favoritos, não poderia deixar de colocar o Suede, a minha banda número um da vida. Eles não lançaram nada novo este ano - estão compondo o próximo álbum que só deve sair em 2015 - mas já tocaram em alguns shows uma música fodástica que remete ao que eles têm de melhor. Escuta só (gravação de show, mas com som ok; já toca direto aqui em casa):




16/05/2014

LANÇAMENTO NO RIO


(Foto: Gustavo Fonseca)

O Rio foi lindo! Eu não esperava tanto, sinceramente. É uma cidade a que vou pouco, tenho poucos amigos, não sabia se podia contar apenas com leitores e conhecidos. Mas o pessoal se superou. Meu lançamento e debate com o Marcelino foi lotado, carinhoso, prestigiado, perfeitinho. 

Gostei mais do que o de São Paulo, na verdade (apesar de que, claro, SP vendeu mais). Porque moro em São Paulo, tenho família aqui, amigos aqui e contatos diários, então você sempre espera que vá mais gente, fica chateado com tanta gente próxima que falta. No Rio foi só surpresa e satisfação. 



Já no aeroporto encontrei Marcelino e Laub, Cardoso, Pellizzari e Ludemir, que estavam voando para outros destinos literários. Esta é a literatura ostentação!

A ideia foi minha. Os leitores cariocas sempre me cobram, é uma cena importante e eu estava devendo um devido lançamento. Insisti com a Record que deveríamos fazer e eles toparam. Pensamos em algum autor da casa e da cidade para fazer um debate, para chamar mais gente, mas resolvi propor ao bróder Marcelino e ele embarcou em lançar seu Nossos Ossos por lá. Viajamos os dois para o lançamento. 

A Vitrine da Travessa! Só dá nós. 


Com meus queridos editores - Lucas, que leu desde a primeira versão e deu todas as sugestões - e Livia, que está cuidando da minha carreira na Record. 



Só para ver o nível da coisa, Antonio Cícero foi o primeiro a chegar. 



Mariana é editora querida da Rocco com quem já trabalhei em muitas traduções e ainda faremos um livro juntos. 


Meninas lindas. 

Luzia e Nathalia conheci por lá.  


Marcos descobriu o lançamento pela vitrine!

Fofa!
Tonico é amigo virtual das antigas e compareceu com minha obra toda. 


Gatas!
Rodrigo está estudando minha obra no mestrado da UFRJ.

Vanessa e Adriana, lindas leitoras. 


André também é dos amigos do FB.


A escritora Tammy Luciano e Fabiano, que dirigiu o fodástico espetáculo de Feriado de Mim Mesmo. 



Simones Campos é a escritora mais gata do Brasil. 


Plateia para ver o debate. 

Lendo trechos. 

Grandes parças. 

Ida é minha querida mãezinha postiça de Floripa - e o filho dela é o fotógrafo da capa de BIOFOBIA. 


Leitores queridos, Daniel e Alexandre. 

E Marcos, mais do que querido. 

Gustavo e Felipe já são de casa.


Leitores fodas. 




A Thais é de se levar para casa. 


Tatiana é Suedehead como eu. 

Gatas. 
A gata Ingrid com Rafael Sperling, jovem escritor. 

Gatcheeenho que me entrevistou pro JB. 


Pedro Neschling e Vítória, casal 20 do lançamento.

Filipe e os camaradas fizeram a trilha do trailer.


Pardal é o escritor mais gato do Brasil. 


Gatinha Laiane. 


Grande Scott! E Marcelino. 

Ana Maria Santeiro, das agentes mais poderosas do Brasil.

Maurício e Evee.
Gatin Vitor. 

E o menino prodígio, querido, irmãozinho, Raphael Montes. 

Gata!

Quem ficou até o final do lançamento seguiu com a gente para os bares de Botafogo. Acho que a energia estava tão boa que a ressaca nem pesou, porque eu bebi... bebi...

Lucas, Raphael, Marcelino, Simone, Scott. Mas a mesa era bem maior. 


 Escritores boêmios... ou bêbados: Botika (que esqueci de fotografar no lançamento), Pardal, Marcelino, Lucas, Raphael.


 E ainda encontrei o Xico Sá no aeroporto, na volta. 

Mas foram praticamente 24 horas no Rio; já estou em SP. Não deu para aproveitar muito, alongar com tanta gente querida, trabalhar mais o livro. As entrevistas que dei foram por email ou telefone. Mas tenha certeza de que não demorarei tanto tempo para voltar ao Rio. Até porque só consegui pegar uma horinha de praia.


O Rio continua o Rio. 




13/05/2014

GATA VELHA

Regina Duarte, Rafael Primot, Bárbara Paz (O Globo)

Fui hoje à pré-estreia de Gata Velha Ainda Mia, filme do querido Rafael Primot, estrelado por Regina Duarte, Bárbara Paz e Gilda Nomacce.

Já tinha assistido uma primeira versão - ano passado - mas  mantive a mesma impressão. É um grande, grande thriller psicológico louquíssimo, com pitadas de humor absurdo.

O filme traz Regina Duarte como uma escritora decadente que concede uma entrevista à jornalista interpretada por Bárbara Paz. Contar mais do que isso já é entregar parte das surpresas, mas o filme se desenvolve assim, com as duas num apartamento, apoiadas muito no texto, que tem algo de Deus da Carnificina. É curioso ver um autor-diretor razoavelmente jovem (nos meados dos trinta) escrever tão bem sobre o envelhecimento feminino.

O filme tem um tom muito particular. Nos primeiros minutos talvez o espectador fique meio perdido com o registro não-realista, meio teatral, meio literário, com algo até de trash. Mas quando se percebe a pegada de humor do texto, se embarca no jogo delicioso que Primot arma com as duas protagonistas, no texto afiado, nas ousadias cinematográficas tão raras de ver em nosso cinema.

Certamente está entre meus favoritos, talvez "O" meu favorito filme nacional. E fiquei feliz e aliviado da primeira vez que vi, pois o Rafael, além de amigo querido, está com os direitos para cinema de Feriado de Mim Mesmo, que deverá ser seu próximo longa.

Ao meu ver, se Gata Velha Ainda Mia tem um grande defeito é esse: o título, que remete a pornochanchada, parece comédia tosca, e não faz jus ao conteúdo. Mas coisa pequena. O filme é imperdível, e estreia nesta quinta, nas principais capitais do Brasil.

11/05/2014

LANÇAMENTO EM SP


Nós. 

Lindo lindo o lançamento ontem em SP. Começou aterrorizante, até umas 17h e pouco não havia praticamente NINGUÉM. Mas depois se formou uma boa fila até o finalzinho e consegui ver muitos amigos queridos, colegas e leitores.

Como me encarreguei eu mesmo das fotos, mosqueei e perdi muita gente, sorry (consegui roubar algumas postadas no FB). Mas estão todos no coração. Devia ter registrado a linda Hitomi que me levou macarons, o Fábio que me levou uma garrafa de Jack Daniels, Michel Laub que sempre é dos primeiros a chegar, o querido Dácio Pinheiro, Cid Vale...




Carlos, Luis Fernando e Eduardo são bróderes. 


O querido Arthur Nogueira, músico com quem já estou preparando uma parceria...


 Ligia e Melanie foram minhas colegas de facul 



Ricky e Filipe Catto são amigos queridos. 

 Assinando. 


 Minha irmã, minha sobrinha e o Marcelino, que veio literalmente voando de Buenos Aires. 

 Lígia é amiga da minha antiga e breve carreira publicitária.

 Pombinha é amigo das bocas (e da Loca) há milênios. 


 Stefanni é amigo, querido e vizinho. Fez uma caneca Biofobia especialmente para mim!

 A diva Cléo de Páris e Eric Lenate. 

 Lindo ter o Daniel de volta. 

 Alê Matos e Sebastião. 

 Altas presenças com Márcia Tiburi e o jabutado Evandro Affonso Ferreira. 

 Não faltaram leitores lindinhos, como o Lohan. 

 E grandes colegas, como Cristhiano Aguiar. 

 Nico ( o diretor do trailer) é irmão de fé. 

 Maisa e Denise, leitoras lindas.


 Bárbara também foi colega de faculdade.

 Chris. 


 Ésio e Suênio, colegas de respeito. 

 O querido David. 

 Terciane e Ivana. 


 Leitores lindinhos. 

 
O muso Fabiano Karvax. 


 A diva Marina Lima veio com amiga. 

 Pri é amiga das antigas gotiquices e body arts. 

 E mais leitores lindos. 

 Habacuque, do Ludov, é um dos citados no livro.

 Ambooleg e Bárbara, casal lindinho.

 Minha eterna ex, Fabbie.

 Ed, o gato dos gatos. 

 Laerte Késsimos também é bróder.

 Paula e Peo. 
 E mais leitores lindos. 

 O grande dândi Luiz Roberto Guedes. 

 Pedrinho - com linda família - foi colega de escola.



Liandro.



 O graaaande poeta Davi Kinski. 

Vitor Angelo. 

E o amigo de gotiquices, Humberto Luminati. 

Depois do lançamento, comemorando meu aniversário, saí com amigos para jantar no Coco Bambu, restaurante de frutos do mar, depois esticamos para um barzinho no baixo augusta...



A santa ceia. 


 Mesa cheia. 

 Ambooleg, Cléo, Lenate. 
 Um dos pratões de camarão. 

 Um pratão de massa com peixe.

 Meninas lindas. 



Já turvo com Ambooleg, no igrejinha. 

Agora é curar a ressaca. Próximo lançamento é quinta, no Rio de Janeiro. E para quem perdeu o lançamento em SP, anota aí: dia 10 de junho, no Sesc Vila Mariana, eu e Raphael Montes teremos um debate, seguido de autógrafos dos livros, 20h. Não tem desculpa. 


NESTE SÁBADO!