Clímax. |
Já se tornou tradição eu fazer minha seleção de melhores no Halloween - mesmo que o ano não tenha acabado; quem não lançou seu filme mosqueou!
Não achei um ano especialmente bom, não tem nenhuma grande obra digna de Oscar, e as aventuras independentes foram tímidas. Não se lançou novas tendências (como o pós terror de 2017). Mas sempre há muito o que se salvar.
Então vamos com minhas escolhas absolutamente pessoais e inquestionáveis:
CLÍMAX
Filme Zé-droguinha do Gaspar Noé. Uma trupe de balé faz uma festa, alguém batiza o ponche com um ácido dos infernos e o inferno acontece. É um filme contemplativo para ver no cinema, para passar mal. Longos planos sequência. Quase um musical. Terror real. Eu AMEI.
MIDSOMMAR
O terror da coletividade. Um grupo de americanos vai passar férias numa comunidade escandinava e descobre que a noção de coletivo deles vai um pouco além do que eles esperavam. Do mesmo diretor de "Hereditário" era um dos terrores que mais prometia, e entregou, mas também não chegou a oferecer nada além. Previsível e um pouco arrastado, é um ótimo terror que finge ser "incrível".
BLISS
Uma pintora pau no cu precisa terminar uma obra e toma uma porrada de drogas para isso. No filme acompanhamos a viagem dela, que é mais interessante do que sua arte. Daqueles filmes lisérgicos, muito bem feitos, mas sem uma alma de "Mandy", por exemplo. De todo modo, é divertido, é louco, o que atrapalha é ter uma protagonista tão pentelha.
MAL NOSSO
Belíssimo terror brasileiro de baixo orçamento que conseguiu alcançar os circuitos. Mistura snuff, possessão e assombração com estilo. Uma bela surpresa que me colocou o diretor Samuel Galli como "A" maior promessa do gênero no país.
GRETA
Eu adoro esses filmes de sequestro, tortura, obsessão - daí colocam Isabelle Huppert como protagonista; como eu poderia não gostar? E ainda é dirigido pelo Neil Jordan. Dos filmes mais divertidos deste ano para mim. Amei.
SUSPIRIA
O remake que ninguém queria fez bonito. Confesso que não sou grande fã do original. Na verdade, nem desse segundo. Mas cenas emblemáticas como a dança dos ossos quebrados fazem desse um filme importante. Eu gostei - não entendi quase nada, até porque metade do filme é em alemão e vi sem legendas, mas gostei. É um filme com cenas que seguem me impactando.
THE CLEANING LADY
Esse talvez seja o mais desconhecido e controverso. É um filme bem, bem B, mas acho que tem uma alma aí. É quase um Audition dos pobres. Uma mulher solitária, que vive um caso extra-conjugal, é stalkeada por uma faxineira com o rosto queimado. É creepy. É divertido. Não presta. Mas é divertido.
MORTO NÃO FALA
Dennison Ramalho é dos nomes mais importantes do terror nacional - de curtas antológicos a séries na Globo e parcerias com o Mojica-do-Caixão. E esse é seu primeiro longa - de um coveiro que vai enlouquecendo ao ouvir a voz dos mortos. Tem uns efeitos bem diferentes e bem legais, e é um terror bem brasileiro.
LUZ
Tão inventivo quanto teatro, esse filme de possessão se passa todo numa delegacia, reconstituindo um crime. Faltou uma cena de impacto, com pouco mais de uma hora, parece mais um "demo" de filme (em todos os sentidos) do que um filme acabado. Mas é uma experiência.
BOAR
Num ano com tubarões e jacarés, quem diria que o melhor filme de animal assassino seria com um JAVALI. Nada de extraordinário, mas bem divertido, com TODOS os personagens bem construídos, essa produção australiana também ganha muitos pontos por ter um monstro de animatronic.
Esse talvez seja o mais desconhecido e controverso. É um filme bem, bem B, mas acho que tem uma alma aí. É quase um Audition dos pobres. Uma mulher solitária, que vive um caso extra-conjugal, é stalkeada por uma faxineira com o rosto queimado. É creepy. É divertido. Não presta. Mas é divertido.
MORTO NÃO FALA
Dennison Ramalho é dos nomes mais importantes do terror nacional - de curtas antológicos a séries na Globo e parcerias com o Mojica-do-Caixão. E esse é seu primeiro longa - de um coveiro que vai enlouquecendo ao ouvir a voz dos mortos. Tem uns efeitos bem diferentes e bem legais, e é um terror bem brasileiro.
LUZ
Tão inventivo quanto teatro, esse filme de possessão se passa todo numa delegacia, reconstituindo um crime. Faltou uma cena de impacto, com pouco mais de uma hora, parece mais um "demo" de filme (em todos os sentidos) do que um filme acabado. Mas é uma experiência.
BOAR
Num ano com tubarões e jacarés, quem diria que o melhor filme de animal assassino seria com um JAVALI. Nada de extraordinário, mas bem divertido, com TODOS os personagens bem construídos, essa produção australiana também ganha muitos pontos por ter um monstro de animatronic.