Uma paisagem a se despertar. |
Nessa quarentena toda tenho dormido cedo, acordado cedo. Porque
quero que o dia termine logo, mas não tenho forças para conter sua volta...
Nos finais de semana o Klauz vem para cá e eu me banho em vodca
e gim para matar o coronavírus. Também dormimos cedo. Ele dorme bem quietinho e
nunca quero acordá-lo às sete da manhã, quando eu acordo. Nessas horas em que
ele ainda dorme e eu estou acordado é que roubo bancos, espanco velhinhas, participo
de orgias... mas ainda de máscara.
O resto dos finais de semana são passados em seções de cinema
dos meus infinitos DVDs, deliveries de alta gastronomia, um ou outro game que eu
tenha por aqui...
Não sou gamer porque sou pobre. Tenho medo. Tenho medo de
comprar um console e me tornar um escravo. Então só jogo os consoles antigos
que tenho aqui (NES, SNES, PS1, PSP, DS). (Eu ia colocar “Virtual Boy” como easter
egg para nerds, mas nunca tive Virtual Boy e... coloquei mesmo assim.)
Também fazemos aulas de funcional com uma professora que é a
cara (e a voz) da Conká, por live. É muito frustrante porque eu sempre mando
comentários, mas ela nunca lê e nunca responde – the story of my life - porque são coisas como “agora já pode beber
vodca?” e acho que isso entra como uma afronta para instrutores de funcional.
No dia-a-dia, muito trabalho, felizmente. Trabalho em casa,
faço meus horários, acordo cedo, e sempre me vejo esticando pelas 19h. Se não
houvesse um mundo lá fora, eu até poderia deixar de respirar.