VERÃO NOS PULMÕES
Ai, ai, meu "sonho de uma noite de verão" já começou. Minha mãe mora no interior, mas tá vendendo uma casa com piscina no Jardim Paulistano, aqui em São Paulo (oh, pros endinheirados...). Eu fiquei lá no final de semana tostando feito um tomate assassino. Mas agora que o hidratante sossegou minha cutis, o cheiro dele me traz lembranças mais dolorosas...
"daquele cheiro,
daquele pandeiro,
daquele Rio de Janeiro,
daquele seu verde olhar brasileiro, que era meu."
Ahah, ok, isso é Eduardo Dussek. "Olhar Brasileiro". Ele é genial. Só não entrou no meu TOP 10 nacional porque eu só descobri isso semana passada.
Mas, voltando ao verão, vai dando uma melancolia... Essa coisa de final de ano, reveillon, verões mais felizes (porque sempre parece que o verão passado foi mais feliz... Bem, no meu caso, o retrasado, faz tempo que não tenho verão).
E eu que estou queimadinho, malhadinho, cabelinho compridinho, cheio de tatuagens (isso é o início de um classificado) e nem tenho praia. Não que praia seja minha praia, mas a gente também tem inveja da felicidade dos outros, não é? Acho que foi minha irmã que disse que adoraria gostar de panetone. E eu queria aproveitar mais o salgado... do mar.
O melhor do verão mesmo são as noites.
Tive dois reveillons tão legais em Santa, em 2001 e 2002 na casa da minha queridinha Letícia Peroni. Dois carnavais em Floripa também, um deles numa casa que aluguei com os guris de Porto Alegre, Fernando e Otávio. Teve o carnaval de 2003 no Rio, em que meu ex-patrão de Londres, o Tommy, pagou tudo, inclusive o hotel. E desde então é só fumaça nos meus pulmões.
Hum, é, dei umas escapadinhas para o apartamento do Daniel no Guarujá.
Agora estou tão pobre, tão pobre, tãaaaaaaaaaao pobre, que nem sei se vou poder pagar o ingresso para 2005. Preciso arrumar um trabalho urgentemente. Meu reveillon está em aberto, sim. Eu pensei em fazer uma festa lá na casa vazia da minha mãe, já que tem piscina e nada pra roubar/quebrar/queimar/derreter/absorver. Mas sei lá, todo mundo vai viajar. E eu precisava juntar uma galera para agilizar a festa (oh, aqui tem uma proposta implícita).
Vai então um som tradicional de ano novo:
"In case I stand a little chance
here comes the jackpot question in advance,
what are you doing New Year’s, New Year’s Eve?
What are you doing in New Year’s Eve?"
Só sei que até o carnaval eu vou ser feliz! Vou fazer que nem fiz no meu primeiro verão em Porto Alegre. Mandei email para todo mundo do meu trabalho dizendo que cada um teria a obrigação de me levar para conhecer uma praia do sul a cada final de semana. Deu certo (tudo bem, não foi todo mundo). Ah, mas agora eu nem tenho trabalho...
Que post inútil.
Bem, eu tenho um conto chamado "Verão nos Pulmões", que escrevi há um bom tempo, mas ainda gosto bastante. Só que não vou colocar aqui. Vou tentar vender pra algum lugar e pagar uma viagem pra praia. Não foi o Allen Ginsberg que escreveu um poema sobre ter sido roubado em 60 dólares e recebeu $400 por ele? Haha! Quero uma queimadura de terceiro grau!!!