29/11/2005

WHERE HAVE ALL THE FLOWERS GONE?

Acabo de voltar do 3o Prêmio Portugal Telecom de Literatura. É um dos maiores prêmios para escritores brasileiros, com valores em dinheiro de 15, 30 e 100 mil reais para os melhores livros do ano (passado). Eu ganhei o jantar, a sobremesa e as bebidas, tudo pago pelos portugas. Já não é algo, meus amigos?

O grande vencedor da noite foi Amílcar Bettega Barbosa, com "Os Lados do Círculo", que eu nunca li, mas minha sobrinha número 3 leu e disse que é ótimo. Hehe. Não, nunca li, mas ele é um cara simpático e disseram que foi merecido e coisa e tal, então fico feliz.

Mas ficaria mais feliz se Lorena estivesse lá.... Enfim, quando eu crescer e tiver barba...

O engraçado desses eventos é que se vê mais empresários, peruas e ricaços do que escritores. Isso eu não entendo. Alguém me explique, o que faz a rainha do basquete, HORTÊNCIA numa premiação literária? Além do mais, a cerimônia é chatíssima. No primeiro ano até que foi divertido, teve show do Cauby Peixoto, do Eduardo Dussek, da Wanderlea. Mas este ano colocaram a BANDA DO LUIS FERNANDO VERÍSSIMO, que é uma espécie de sexteto 11:30, um som agradável se você está esperando o dentista ou conversando amenidades com um copo de champagne na mão, não algo para se ouvir sentado, quieto, a seco, ANTES de servirem o champagne.

Aliás, me perdoem, de Veríssimo mesmo eu gosto do Érico (o homenageado do ano). E se for em matéria de música, fico com o Pedro, que tem uma banda de rock, o Tom Bloch.

Mas valeu por ter ido com o Marcelino, ter encontrado a Cintia Moscovich (uma das finalistas) e por todo o champagne, comidinhas e blablablá.

(De pitéu também, necas.)

Falando em navios e ataques de piratas, acabei de acabar a tradução de Fan-Tan, romance escrito por Marlon Brando e Donald Cammel, para a Nova Fronteira. É uma coisa bem Brando mesmo, sabe, com um marinheiro americano pegando prostitutas chinesas pelas cintura, levanto tapas na cara e dizendo, "oh, babe, não me deixe zangado." Romance passado no começo do século (XX) nos mares da China, cheio de aventuras e malucagens. Achei bem interessante, algo bem diferente do que eu estava acostumado a fazer. Eu gosto dessa coisa de pirata. Sempre gostei de luta de espadas...

(ai, esse champagne dos portugais me tirou dos trilhos)

Eu acho que tinha mais algo a dizer, mas não tem importância, não é algo importante. Aliás, importante mesmo é comer, já que literatura não alimenta ninguém...

NESTE SÁBADO!