17/02/2006

COLHEITA BENDITA

Estou cansado desse "universo augusta" em que vivo. O povo descabelado do Espaço Unibanco, as barbies da Frei Caneca, as putas, os traficantes, os michês e os filhos do milho. Por mais que você queira ficar quietinho dentro de casa, passa na padaria e encontra antigos rolos. Vai comprar pão e te servem vodca. Erra a entrada do supermercado e acaba na Loca...

E eu não quero ficar quietinho em casa. Estou espantando a "mala onda" que me atolou no final do ano passado; quero festas, confetes, m&m's... O foda é rodar pelos mesmos cenários, encontrar as mesmas pessoas, freqüentar esse underground institucionalizado que acaba tornando a metrópole uma pracinha sem igreja...

"A mesma praça, o mesmo banco, as mesmas flores, o mesmo jardim..."

Quem dera tivesse flores. Por isso já comprei minha passagem para Floripa. E depois estico para Porto Alegre. O Araki vai ficar aos cuidados da minha mãe e de uma faxineira. Eu vou ficar na casa de amigos queridos, o que vai me permitir dosar a quantidade de serpentina do meu carnaval. Ser feliz em voz alta. Mastigar humanos e digerir seus sonhos...

Antes, termino mais uma traduçãozinha aqui. E começo novos contos. Surgiram convites para duas antologias bem interessantes, mas ainda não posso dizer o que é. Sempre considero o conto um bom exercício, apontar para novas direções, testar tramas e estilos sem o comprometimento que um romance exige.

Meu quarto romance está prontíssimo, agora é só trabalhar as ilustrações e mandar para a gráfica. Deve ser lançado em agosto. E me seguro para não começar o quinto (que já está se paginando na minha mente). Preciso retomar a peça que eu estava escrevendo (e que ainda não sei se vai prestar). Enfim, esses projetos pessoais e literários nunca exigem pressa. Eu até que sou rápido demais para o ritmo do "mercado".

E se erro a entrada no mercado, acabo na Loca...

NESTE SÁBADO!