UM POST MAIS PRÓXIMO DA MORTE
Esta semana fui ao Rio conhecer minha editora nova e ver as ondas sinistras de Ipanema. Tudo delícia. Meu almoço com os editores teve direito até a um dos animais exóticos presentes no meu livro... em forma de risoto. Queria ter ficado mais por lá, mas a grana ainda não entrou e estou empurrando as viagens para o carnaval...
Que tal Floripa? Estou pensando. Apesar do carnaval lá ser meio excessivo de trânsito e viadagem. Mas carnaval é mesmo uma festa de excessos. Só preciso arrumar um carro com bom aparelho de som, para colocar Prodigy no último volume quando o trânsito estiver parado, porque certamente a concorrência estará escutando "feito bola de sabão me desmancho por vocêeeeeee..."
Estou pensando também em esticar minhas cinzas em Porto Alegre.
E, vejam só, este blog saiu este mês na revista da MTV. Matéria sobre blogs de escritores assinada pela querida amiga Andrea del Fuego. Ela colocou inclusive um post meu, aquele sobre o River Phoenix (que Deus o tenha).
Falando em "Deus o ter", depois do último post post-mortem, recebi uma mensagem interessante de um leitor, Raphael, me falando da comunidade "Perfis de Gente Morta". É uma comunidade no orkut que se encarrega de localizar perfis de gente que acabou de morrer, e ficam tentando descobrir a causa da morte. Mais sinistro do que as ondas de Ipanema...
Saiu também uma matéria sobre morte e velhice na literatura, assinada por mim, na TPM deste mês. O que eles me pediram era uma seleção de livros que tratassem do fim da vida de uma forma positiva, ou ao menos com alguma mensagem. Era para ter duas páginas, mas diminuiu para uma, então tiraram muita coisa que coloquei. Vai aí a seleção completa dos livros:
As Intermitências da Morte
A Morte de Natália
Morte em Veneza
Memórias de Minhas Putas Tristes
Quando Eu era o Tal
21 Escritores Brasileiros
Memórias Póstumas de Brás Cubas
O Velho e o Mar
Por um Fio
Mrs Palfrey no Claremont
Vocês podem ler o texto com resumo dos livros no www.revistatpm.com.br
E fui, fui, fui, ver "Brokeback Mountain". Retiro o que disse. Acho que o filme é "didaticamente positivo". Tem uma mensagem positiva para o grande público, sobre homofobia, relações homoafetivas e tudo mais. Lida com vários lados dessa questão, de forma bem explicadinha, para a dona de casa pensar: "veja, o homossexualismo é assim, tem putaria, mas também tem amor. Não adianta o cara tentar casar e constituir família. Não é medo de mulher", etc, etc. Muito bem. Legal ter um filme desses no Oscar, para o povão ver. Agora, para mim, não fez diferença nenhuma, não achei emocionante, nem bonito, nem interessante, até me entediou. Ao menos não é tão dramalhão quanto eu achei que seria. Mas é Hollywood 100%. Passo.
Agora vou ver os pingüins.