ASSOBIANDO E CHUPANDO CANA
Hum, não tenho foto para colocar, você vai ficar magoado>
Na verdade, não tenho nem ponto de interrogação, como pode ver aí em cima, mal tenho acentos e assento aqui numa Lan House, plugando meu laptop. Meu não, que meus computadores são sujinhos mas sempre têm todos os caracteres (sou eu mesmo que os negligencio, de vez em quando...). Mas o laptop que me enviaram é assim, meio enigmático sem interrogações...
Neste momento estou em Capivari, mas passei o dia hoje em Rafard. Que cidade fenomenal. Parece cidade fantasma. Como é perto de outras maiores, todo mundo passa o dia fora, trabalha, estuda, se diverte, mas ainda sobram uns aposentados, um velho cinema desativado (e em ruínas), uma cara de cidadezinha desocupada. Linda. Rafard tem 8 mil habitantes. E tem muita cidadezinha pequena que tem apenas cara de periferia. Essa não, é repleta de árvores, cobras, chupacabras e sacis-pererês, então me dá mais do que inspiração. Melancólica. Bucólica. Insólita. Etérea. (hum, isso tá com cara de letra de banda elektro...)
Visitei a biblioteca da cidade também. Imaginem só, uma micro-biblioteca numa cidade de 8 mil habitantes e tinha praticamente as obras completas de... Não, não eram as minhas, ainda (prometi a eles que vou mandar, e vou mesmo, imagina, que delícia, chegar em livro nesses lugares), é algo PIOR, ou melhor. MELHOR, no mau sentido. Ou no bom. SADE. Eles têm as obras completas do Marquês de Sade lá. Esquisito, não é> Ah, tinha a Márcia Denser também. Deve ter algum degenerado na cidade que faz essas diações...
Eu costumo dizer que o que forma o cenário das cidades são as pessoas. Mas não é bem verdade, talvez seja só para justificar eu não fotografar paisagens (bem, não fotografo mais nada, afinal). O que talvez eu sinta é que se apaixonar por uma cidade tem muito a ver com se apaixonar por alguém. Nem precisa ser alguém concreto, mas uma possibilidade. Além daquela porta, na rua de cima, por trás de qual janela aparecerá aquele que poderei chamar de amor>
Ah... hahah. Não levem a sério, nem interrogação eu tenho. Não me faço mais essa pergunta. Já encontrei o amor, dentro do açucareiro...
... e as formigas comeram tudo.
Bem, mas aqui quem cantam as cigarras, cigarras. E elas me gritam: TRABALHAR!
Beijos.