Vou lambuzando selo, se colar colou
Foi nessa onda que alguém se arrumou
Vou lambuzando selo, se colar colou
Foi nessa onda que alguém se arrumou
Eu vou metendo a conversa,
Pra ver se chega o meu dia
Assim fazia o vovô
Se colar, colou
(uma das "marchinhas psicóticas" que toquei no "Le Kitsch C´est Chic" da próxima terça. Tem também "A Pipa do Vovô Não Sobe Mais", "Olha a Cabeleira do Zezé", a marchinha do Zé do Caixão e muito mais)
Pessoalmente, estou em clima de marcha fúnebre. Desde que Jesus começou a atuar na minha vida, passei a acreditar que minha salvação é apenas pelo trabalho e que amor e sexo são maldições para me enfraquecer. Se eu saio um pouco da linha, lá vem o barbudo me fazer sentir culpado e eu acabo vagando pelas ruas, marcando com minhas próprias lágrimas o caminho de volta para casa...
Oh. Também não é para tanto.
Esse é basicamente o clima do álbum solo de estréia de Brett Anderson (ex-vocalista do Suede, blablablá - para quem é fanático como eu, já dá pra achar para encontrar pela net). É uma seleçãozinho de marchas fúnebres, músicas de fossa, sons de suicídio, todos em baladas orquestradas, com guitarras econômicas e percussão para adormecer ao volante. As letras não estão entre as mais inspiradas de Mr. Anderson, mas cumprem a função de nos manter deprimidos.
"And the more we possess, the more we slide into death..."
Eu gostei. Claro. Ainda mais porque o álbum entrou no momento certo, combinando com meu clima. Pode ter certeza de que vou tocar algo no meu programa do dia 27. E ele continua bonitão. Olha:
Mas a Páscoa já está chegando, e a injeção de glicose me fará sorrir muito mais. De repente são essas "maçãs da Mônica" que estão acabando com minha alegria.
E se você me ver "pecando" nesses dias de carnaval, pode chamar minha atenção.
(Só estou botando a casa em ordem. Esperando o Mickey chegar)