17/02/2007

LAMBUZANDO SELO


Vou lambuzando selo, se colar colou
Foi nessa onda que alguém se arrumou
Vou lambuzando selo, se colar colou
Foi nessa onda que alguém se arrumou

Eu vou metendo a conversa,
Pra ver se chega o meu dia
Assim fazia o vovô
Se colar, colou


(uma das "marchinhas psicóticas" que toquei no "Le Kitsch C´est Chic" da próxima terça. Tem também "A Pipa do Vovô Não Sobe Mais", "Olha a Cabeleira do Zezé", a marchinha do Zé do Caixão e muito mais)

Pessoalmente, estou em clima de marcha fúnebre. Desde que Jesus começou a atuar na minha vida, passei a acreditar que minha salvação é apenas pelo trabalho e que amor e sexo são maldições para me enfraquecer. Se eu saio um pouco da linha, lá vem o barbudo me fazer sentir culpado e eu acabo vagando pelas ruas, marcando com minhas próprias lágrimas o caminho de volta para casa...

Oh. Também não é para tanto.



Esse é basicamente o clima do álbum solo de estréia de Brett Anderson (ex-vocalista do Suede, blablablá - para quem é fanático como eu, já dá pra achar para encontrar pela net). É uma seleçãozinho de marchas fúnebres, músicas de fossa, sons de suicídio, todos em baladas orquestradas, com guitarras econômicas e percussão para adormecer ao volante. As letras não estão entre as mais inspiradas de Mr. Anderson, mas cumprem a função de nos manter deprimidos.

"And the more we possess, the more we slide into death..."



Eu gostei. Claro. Ainda mais porque o álbum entrou no momento certo, combinando com meu clima. Pode ter certeza de que vou tocar algo no meu programa do dia 27. E ele continua bonitão. Olha:





Mas a Páscoa já está chegando, e a injeção de glicose me fará sorrir muito mais. De repente são essas "maçãs da Mônica" que estão acabando com minha alegria.

E se você me ver "pecando" nesses dias de carnaval, pode chamar minha atenção.


(Só estou botando a casa em ordem. Esperando o Mickey chegar)

NESTE SÁBADO!