Apenas o pôr-do-sol...
Estou de volta ao aeroporto de Santiago, voltando a Buenos Aires. Os cinco dias em Atacama foram transformadores, principalmente pelo frio e pelo sol que arrancaram minha casca e revelaram uma polpa viva, vermelha, vibrante...
Cheguei a pegar 15 graus negativos, no alto das montanhas. Tive de me equipar de gorros e óculos e roupas específicas para o deserto, porque os trajezinhos trendy que eu havia trazido nao serviam de nada.
O roteiro lá era acordar cedo, sofrer em estradas tortuosas para ver paisagens exuberantes, com certeza as mais belas que já vi.
O deserto é exatamente o que voce espera de um deserto, o que voce ve nos filmes, nas fotos, mas estar nele faz toda a diferenca. Voce está nele, mas voce nao faz parte, nada faz parte, é um ambiente vazio feito para quase nenhum ser vivo se encaixar. Bem, por isso é chamado de deserto.
Mas como eu nao seria capaz de continuar descrevendo, vao aí algumas imagens que espero que passem uma vaga idéia:
Os geiseres.
Santiago na crista da onda.
I want to ride my by-cicle, by-cicle...
A lhama bebendo vodca.
Cores nao tratadas no Photoshop.
Conheci gente bem legal por lá, de todas as partes do mundo. Como a cidade é pequena, e todos iam para os mesmos tours, acabavámos nos encontrando toda hora. San Pedro de Atacama tem restaurezinhos deliciosos, com fogueira no chao e vinho de primeira. Ontem tivemos um grande jantar com champagne.
E hoje... volto a Buenos Aires.
Que o sal grosso de Atacama me proteja.