22/10/2007

MASTURBANDO CÉREBROS VEGETARIANOS PARA CANIBAIS




Aqui estou eu, solo, em outra cama de hotel...



Faz trinta anos...







Sonhei com o Brett Anderson... (esse aí de cima).



Eu sempre sonho com o Brett Anderson. São sonhos puros, imaculados, de um fã sem maldade nas gônadas. Essa foto é de quando ele tinha minha idade. Agora ele não tem mais. Nem eu. Também já não sou tão suedeano, mas acho que ele ainda sim. Mas ele ainda mora em Londres, então faz sentido.

Eu não. Aprendi a dançar o Chachachá.

Por isso recomendo isso aqui:


http://www.youtube.com/watch?v=O6fYliFHjEM



Depois disso, como poderia ter como ídolo Caetano, Chico, Milton Nascimento?




(O Ipod ligado no meu amplificador está tocando o tema da Cuca na voz da Angela Rô Rô. Por que a Cuca sempre tem o tema interpretado por uma sapa?)



Bem, essas semanas foram só legendas para cinema e meu livro novo. Também fiz um texto para uma "grife". E queria ter feito bem menos coisa. Digo aí para os mocinhos no começo de carreira que não há nada, nada, nada, NADA melhor do que trabalhar por conta própria. Essa história de ter horário para chegar, ficar até mais tarde, horário para tirar férias, é coisa das mais absurdas que não faz mais sentido agora que não existe mais carteira assinada.


Mas ao mesmo tempo, quando se trabalha por conta própria, nunca se tem um feriado de verdade. Eu não lembro quando foi o último domingo em que eu não senti que tinha obrigação de fazer uma paginazinha que fosse de tradução, que não tivesse que ler e responder alguma proposta, que não tivesse que formatar algo. "Quem tem a si mesmo como patrão, tem como empregado um escravo", deveria ser o ditado. Ainda assim, prefiro ser escravo de mim mesmo do que funcionário de outrem.


Então do que estou reclamando?


Acho que queria que a Petrobrás patrocinasse minha vida. Assim, cada vez que eu suspirasse, que um pássaro prendesse suas penas em meus brónquios, morresse e formasse a matéria orgânica do meu petróleo, eu poderia arrotar: "Estou fazendo por merecer!"


Falando nessa presepadas, hohoho, estou indo pra Brasília! Amanhã! Hoje! Já fui! Por que não me procura por lá? Sério, vou estar só, e já faz trinta anos, blablablá. É que vou legendar essa mostra de animação que traduzi. Nenhum evento literário (infelizmente) e os dias e as noites vou estar bem soltinho. Aproveitarei o laptop para terminar meu livro, mas fora isso... Quero conhecer a cidade. Então apareça em qualquer sessão no CCBB (vou estar fazendo TODAS) ou me escreva um email. Volto pra SP só em 5 de novembro.


Estou solteiro desde o começo do ano. Basicamente porque meu amor é proibido. E porque todo o resto não faz sentido.


Hum, que bonito isso.

Não enferruje, homem de lata.



(Agora esta tocando "Sacrifice" do Elton John, na versão da Sinéad O´Connor.)



Lembrei também que sonhei com zumbis. Meu livro novo tem zumbis. Zumbis voltaram à moda? Lembro que li alguma matéria sobre pornôs com zumbis. E a mesma coisa do que ler sobre a Juliana Paes sem calcinha? Se eu sonho com o Brett Anderson as pessoas pensam maldade. E que tipo de maldade se pensa quando se sonha com zumbis?

(Putz, meu Ipod é fodão. Agora tá tocando "Everybody", dos Back Street Boys, tudo a ver com zumbis, fala. Quê? Sim, vários minutos se passaram entre o último paragrafo e este, comi um pacote de batatas, bebi uma sprite zero e tive uma duas enxaquecas.)

Falando em toda essa fome por cérebros, passei a última semana lendo mais um livro do Dennis Cooper. E descobri que ele pode ser meigo (ou sou eu que me tornei tão tosco a ponto de não me impressionar mais?). De qualquer forma, ninguém consegue trabalhar narrativas tão extremas com um conceito verdadeiramente humano por trás. Ele pode masturbar uma criança recém nascida e parti-la ao meio, apenas para mostrar que o coração dela pulsa mais calmo quando você está por perto... Ou algo assim. É algo assim, acho.

Que foi, vai reclamar que fico relendo os mesmos autores e não tenho tempo para seus originais ou não comentei seu livro? Larga do meu cérebro, que ser vegetariano emagrece.

Bem, eu fui. Porque agora fechou-se o ciclo. Dussek canta: "Caluda, tamborins, caluda!"

NESTE SÁBADO!