Filipe Catto.
Acabo de voltar do Rio. Fui e voltei. Minha mesa com Michel Melamed e Cecília Gianetti foi... truncada. Michel parou recentemente de fumar e estava subindo pelas paredes; Cecília está com a perna quebrada, tomando remédios, e errou todo o hino nacional; eu estava aéreo e hiperativo como sempre, e acho que o debate acabou não tendo liga, foi arrastado, apesar de ter tido seus momentos...
Valeu pelo pessoal que foi. Estava cheio; as perguntas da platéia foram a melhor coisa; e o querido Gustavo de Souza registrou o evento e me mandou as fotos (porque esqueci de levar câmera). Foi ótimo conhecer pessoalmente também o Italo Moriconi (que organizou as mesas) e a mediadora Suzana Vargas, que falou maravilhas de "O Prédio, o Tédio e o Menino Cego".
(Ana Paula Maia, Strausser e Simone também apareceram por lá.)
(Aproveitando, no Rio vi a excelente resenha do meu livro na Istoé Gente [de Marcelo Lyra] e no Programa Leituras da TV Senado [bom que ainda existam resenhas dentro de um programa de TV; este apresentado por Maurício Melo Júnior.])
Voltando ao tema inicial deste post, a trilha sonora da viagem foi o disco do gaúcho-pitéu Filipe Catto, Saga. Já tinha ouvido falar dele há aaanos, mas dia desses a queridíssima Marion Velasco me lembrou, me passou um link e acabei baixando seu EP de estréia. Fui ouvir durante os vôos.
Filipe é fa-bu-lo-so, e nós temos de fazer ele bombar.
No EP tem chorinho, tem tango, tem samba, tudo composição de primeiríssima qualidade do próprio Filipe; é uma mistura coesa e já tem uma personalidade muito bem definida. A voz do menino também não fica atrás, lembra cantoras como Elis, Adriana Calcanhotto no começo de carreira e Ney Matogrosso, obviamente andrógina. Ele faz o que quiser com a voz.
“Ascendente em Câncer” (um tango) é minha favorita das seis faixas do disco; “Ressaca” também é bem gostosa, música de fossa para encher a cara. Minha única queixa é que o repertório de estréia é todo muito sério, muito grave, eu adoraria vê-lo fazendo algo um pouco mais pop (ou irônico).
Você pode baixar o álbum (e saber mais sobre o trabalho), no próprio site dele:
(Quero gente como ele no poder!)