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(ei... pode-se considerar este post propaganda espontânea, ok?)
Esse eles lançaram no começo do ano, e não teve pra ninguém. É um tanto kitsch, bem gay, às vezes resvala até no drag, mas ainda assim é perfeito-perfeito.
Sorry, sorry, tenho muitos amiguinhos tocando, gravando cd, fazendo música da melhor. Mas ninguém chegou perto de Filipe Catto. Em 2010 ele estará no poder.
Ahhhhh... Está acabando a Balada Literária. Ótima, ótima, ótima. Divertida, reflexiva e provocativa. Foi uma série de mesas, shows e discussões literárias, que se estenderam pelos bares e pela noite, como tem de ser.
Melamed, Dani Umpi e Nazarian: manguaçados.
Eu tive o privilégio de apresentar a mesa de João Gilberto Noll, contando um pouco da minha história (literária) com ele, fazendo perguntas e abrindo para o público, que compareceu em peso, mesmo sendo às 11h da manhã de um domingo. Vendo o Noll falar, dava vontade de sair correndo de lá e sentar na frente do computador, para escrever. Mestre. Depois fomos almoçar.
Alê (meu ilustrador) agora é ilustrador dele, em dois livros juvenis.
Também assisti a duas mesas com jovens (e experientes) poetas. A primeira com Binho, Analu Andriguetti, Hugo Guimarães, Jesús Ernesto Parra e Maria Rezende; a segunda, com Chacal, Nicolas Behr, Dani Umpi e Michel Melamed.
Umpi, Melamed, Chacal, Behr.
Foi ótimo perceber que, na poesia - até por absoluta necessidade de sobrevivência - as formas e os temas estão muito menos estagnados, há muito mais possibilidade de brincadeira, do pop, de irreverência do que na prosa (brasileira), que ainda é tão formal, tão conservadora.
O grande poeta anárquico Jomard Muniz de Britto.
Xico Sá.
Também foi bacana ver toda a organização do evento, a quantidade de público, gente ótima anotando frases, pegando autógrafos, tirando fotos. Dava até para se sentir na Disney dos escritores. E tinha uma gente bonitinha, viu? Coisa rara em eventos literários...
"Eu não sou uma dama, eu sou um travesti..."
Está vindo mais um feriado. E você que está com a consciência negra, como eu, pode aproveitar os programinhas culturais bizarros de São Paulo e as alternativas alternativas da cidade.
Para começar, está rolando o Festival Mix Brasil de cinema e vídeo, que é sempre divertido. Fui ver "Meu Amigo Cláudia", documentário do Dácio Pinheiro sobre a vida e carreira de Cláudia Wonder. Óoooooooooootimo. Acaba formando um panorama maior, do que foi a vida dos travestis da década de 70 para cá, com a ditadura, a luta pelos direitos gays e toda uma revolução e reinvenção da estética nessa época. Os depoimentos também são hilários, com Zé Celso, Kid Vinil, Glauco Matoso e uma Grace Gianoukas mais do que louca, entre outros.
Veja quando passa de novo e toda a programação do festival no:
Na área das letras, tem a Balada Literária, organizada pelo meu amigo e irmão Marcelino Freire. É uma série de debates, oficinas e shows em torno da literatura. Eu estarei lá, apresentando uma mesa com o grande, o maior, o imenso JOÃO GILBERTO NOLL, simplesmente o maior escritor brasileiro vivo.
O horário é meio ingrato... Domingo, 11h da manhã, na Livraria da Vila (Fradique Coutinho). Mas apareça para tomar café da manhã com a gente... Ou uma pastilha extra de seu after-hours.
Você pode ver toda a programação aqui:
http://baladaliteraria.zip.net/
A vista do meu quarto.
Venezuela tem sido uma viagem aos anos setenta. Certamente o país mais diferente (do nosso) que visitei na América Latina, com aquela pegada e aquele clima caribenho que talvez nós identifiquemos mais em Cuba.A vista no meu quarto. Sim, é isso o tipo de coisa pendurada na parede.
Estou num hotel bacaninha em Altamira, a zona mais moderninha, mas ainda me sinto bem deslocado no tempo. O quarto é imeeeeeeeeeeenso, o serviço é ok, mas tudo bastante decadente, e nada tem as regras de bons serviços e civilização a que estamos acostumados. Me sinto sempre um intruso. E só de tentar atravessar a rua sou quase sempre atropelado... O trânsito é dos mais caóticos, até para os pedestres.Mojitos perfectos.
Leo Felipe, o escritor/jornalista que me convidou, é um anfitrião incrível. Tem me mostrado o melhor e indicado as pessoas certas para me mostrar o pior. Já fui a festinhas, vernissages, um clube de jazz e hoje estive num cabaré bem pitoresco. Poderia ser algo tirado do Largo do Arouche, sim, mas quando se está longe de casa e falando em espanhol, tudo tem uma nova malemolência.
Quanto um autor ganha por um livro? Quanto as editoras pagam? Quanto se paga para as editoras? O que você precisa ficar esperto no contrat...