08/11/2009

RAPOSAS, TRÓPICOS E PSICOTRÓPICOS

Ainda busco meu lugar ao sol...


Sensacional a FREEporto, uma das festas literárias mais divertidas que já fui (só não coloco como "a mais" porque está pau a pau com a Jornada Literária de Passo Fundo). Foi realmente uma festa, na qual se sentia que a literatura estava por todos os cantos, nas ruas, nos bares, nos bate-papos, numa moçada muito inteligente, interessante, antenada e com grandes idéias.

Criada pelo grupo "Urros Masculinos", dos jovens escritores do Recife - Artur Rogério, Bruno Piffardini e Wellington de Melo - a idéia era fazer uma festa literária diferente, irreverente, fugindo do formato tradicional de debates sacais. Deu certo; foi um ótimo começo. E apesar da proposta despretenciosa, foi tudo muito bem organizado, profissional, com uma estrutura impressionante. A gente não só ficou num hotelzinho beeeeeeeeem gostoso ao lado da praia, como tinha toda uma equipe sempre cuidando do nosso transporte, das nossas carências... Eles ainda fecharam uma rua inteira para shows, lançamentos (literalmente) de livros e tiveram um público massivo em todo o evento. É para humilhar muito festival tradicional por aí.


A mesa de abertura, em meio a apitos, urros e milhos para as galinhas.


Minha mesa no sábado, apresentada pelo queridíssimo Cristhiano Aguiar.

Um bom exemplo da diferença aliada à consistência foi minha mesa. Apesar de, talvez, ter sido o evento mais tradicional em formato (um debate meu com Cristiano e perguntas do público), foi distribuído ao pessoal um conto inédito meu ("Você é Meu Cristo Redentor"); então mesmo que não conhecia meu trabalho tinha a oportunidade de sair de lá com algo. E foi ótimo ver vários e vários leitores que levaram meus livros para eu autografar.

A platéia malemomente.

Leitores joveníssimos.


Leitores experientes.

É a segunda vez que vou ao Recife (fui à Bienal de 2007) e fortaleceu minha impressão de capital cultural. Fora que sou sempre recebido como um príncipe. Vou voltar.

O mascote da festa era a raposa (que não era eu, ok?)

O monumento: um bloco de gelo.



Paulo Scott lê em praça pública o seu "Senhor Escuridão": Ai-que-me-do!


Não adiantou nem a capa dura, Marcelino não lançou seu livro muito longe.



Encarnando na Ivana, em Olinda.



Scott e eu no tête-a-tête tropical.


Nadar nessa psicina de noite era como nadar em neon. Tirei a foto para provar que não era efeito de psicotrópicos, não.



A moçada bem que tentou me fazer sambar...
O efeito das capirinhas...
E a labuta. O do Marcelino é menor... porque ele acredita no micro-conto.



Agora estou indo pra Caracas. Volto daqui a uma semana. Mas se não postar nada por lá, é porque Chávez me pegou.

NESTE SÁBADO!