Isso sim é parada...
Por estranhas artimanhas do destino, eu e minha irmã acabamos sempre conhecendo as mesmas cidades, na mesma época, em viagens de trabalho. Foi assim com Bogotá, Lima, Santiago e agora Barcelona. Minha irmã esteve aqui há dois meses. Foi assaltada. Levaram dinheiro, passaporte, tudo. Isso a deixou atravessada com a Espanha como um todo, e eu razoavelmente precavido...
Mas tenho dizer que Barcelona está se tornando uma das minhas cidades favoritas do mundo. Tem um visual exuberante, povo lindo, e como não gostar de uma cidade que tem praia, construções góticas, cenários da Disney e bairro medieval?
Fora que cheguei no domingo, de para-quedas, procurei um hotelzinho pra ficar e descobri que, do lado do hotel, estava começando a parada gay...
Travecas passistas me receberam.
Passeada organizadinha, divertidíssima, politizada e obviamente menos sexuada que as nossas. Seguiu até a Avenida Reina Maria Cristina, onde terminou numa festa com um visual absurdo, fontes luminosas, shows e o caralho... (não, caralho faltou... mas deu pra ser feliz...).
Amiguinho de parada, o americano Erik.
Tudo lindo, maravilhoso.
Tenho tentado equilibrar manhãs de praia com tarde culturais. Voltei agora do museu picasso depois de passar o dia correndo e torrando na praia; estou vermelho como um pimentão e gordo como um presunto de tanto comer paellas e beber com escritores. Só com muita bulimia eu volto ao meu auge...
Do alto.
O povo é lindo, as meninas de topless são lindas, os meninos branquelos com aquela magreza desencaixada européia... Eu casaria com todo mundo.
A praia.
Fico aqui até sexta, depois volto pra Madrí onde já sei que pego outra parada gay no final de semana. Tô ficando profissional nisso. (O Estadão sabia o que fazia quando me pediu aquele texto da Parada de SP...)
Ah, se a vida fosse sempre assim...