Eu, Renatinha Simões e Cris Lisbôa em festa chique.
Agora são 1:30 da segunda de carnaval e eu estou trancado em casa trabalhando... e postando no blog.
Aqui na frente toca um samba ensurdecedor, dos blocos de carnaval da Barra, mas ainda é bem melhor do que o pagode vagabundo que tocava durante as férias.
Agora escuto o versos do samba enredo: Sou manezinho pescador, eu sou da Barra da Lagoa..
O bloco e o povo na frente de casa.
Carnaval é uma festa cafona, não é? Carnaval é uma festa do povo. O que não é uma crítica, veja bem, é só uma observação. Talvez por isso novamente os amigos não tenham vindo, com exceção de uma rápida visita de Cristiane Lisbôa. Acho que carnaval é cafonice demais para eles...
Mas é divertido.Drinques coloridos aqui em casa com Cris Lisbôa.
Já começou na sexta. Eu tentando seguir a rotina, malhando na academia, recebo telefonema da Renata Simões - amiga de infância - para uma festa da Red Bull num veleiro em Jurerê, Veuve Clicquot a rodo. Ui.
Cris e Renata.
E o carnaval aqui na Ilha quebra a rotina como nenhuma outra data. A cidade muda. É uma outra cidade. Esta vilinha de pescadores é invadida por bichas e mais bichas que, logicamente, tomam a Barra como sua própria. É divertido. Parece uma sucursal costeira do Baixo Augusta, mas obviamente perturba quem mora aqui, tenta seguir uma rotina e dormir.
Fritando ao sol.
Eu resolvi aproveitar e me jogar, mas não tenho realmente muito saco mais para isso. Festa gay com bombados descamisados me parece um purgatório. Ok, ok, quantas vezes eu apareci descamisado aqui? Olha aí em cima. Mas era ao ar livre, na praia, no mar... E eu não preciso admirar os aspectos mais sórdidos que já existem em mim. Eu definitivamente não sou meu tipo. Fora que essa coisa de ficar sem camisa em balada é anti-higiênico. O povo se entope de bala, fica derretendo e você quer ir ao bar e tem de passar espremido entre um bando de homem suado. Tenho nojo.
Meu amiguinho gay, aprenda: tirar a camisa em balada é cafona, mostra que seus pais não te deram uma boa genética para você se garantir com um rostinho bonito e você quer mostrar que conseguiu compensar no corpo... O que, convenhamos, 90% do povo que tira a blusa em balada não conseguiu.
Eu com os bonitinhos com que saí. Todos bem vestidinhos.
Então só posso dizer que essas festas bombadas que rolam no Carnaval aqui em Floripa são horríveis. The Week, Ejoy, Concorde. Horríveis. Não apenas pelo povo cafona-suado-descamisado, não apenas pela música - house tribal - do demo, mas por uma falta de estrutura geral. A The Week fedia literalmente (e depois fiquei sabendo que a pista desabou, mas não cheguei a ver, fiquei lá só duas horas) a Ejoy era um galpão no meio de um campo de futebol, difícil de beber, difícil de ser feliz, poucos banheiros (químicos), não reflete mesmo o preço alto que cobra.
Com Paulinho, na praia.
A praia poderia ser melhor. É melhor. Tá, a praia vale. Apesar do som do demo que continuam deixando na praia Mole. É engraçado ir numa praia lotada de bichas, nesse clima de rave, com o povo se intoxicando nas asas das gaivotas. Mas parece que a praia nesses eventos perde um pouco o propósito, é só mais uma desculpa para o povo tirar a camisa (e a calça) porque ninguém entra de fato no mar, ninguém surfa, ninguém... sei lá, constrói castelinhos de areia. A praia é só um asfalto para se ficar pelado sem culpa.
Enfim, enfim, tem sido um carnaval curioso... Tem sido bacana viver meu bairro nesta época, até porque, eu estive aqui das primeiras vezes (há mais de dez anos) também como turista. Mas ainda quero minha Barra da Lagoa manézinha de volta, para eu me despedir.
Agora são mais de duas, rolando Kwan no meu playlist "Would you wanna go island hopping with me today, just get away I think I like you, think I do." Esse é meu carnaval.