15/08/2012

SAINDO DE CENA...



Leonardo Miggiorin em Equus. 


Das boas coisas de São Paulo é ter tanta oferta cultural, tanta coisa para fazer, inesgotáveis espetáculos, horários e opções. O velho chavão é dizer que "tem tanta coisa para a gente ver, mas a gente acaba não vendo nada" - e entendo que fica difícil para quem passa o dia fora de casa, no trânsito, chega de noite em casa para descansar (ou ver novela). Eu, como escritor ocioso, procuro sempre ver o que está passando. Como semana passada, em que vi 3 espetáculos. 




Na quinta teve a estreia de Mormaço, de Ricardo Inham, com o querido Laerte Késsimos. É um espetáculo denso e pesado de amor e violência, em três núcleos de atores. Vai até o final do mês, na Barra Funda, sextas, sábados, domingos e segundas (um ótimo dia extra para a classe teatral também poder prestigiar). 





Sexta vi no Parlapatões o Serpente Verde Sabor Maçã, de Jô Billac e Larissa Câmara. É uma comédia de humor negro gótico-kitsch com elenco todo excepcional, coisa total Tim Burton, que tenho certeza de que muitos amigos vão gostar. Eu amei. E fica em cartaz também só até o final do mês (quintas e sextas, 21h). 

Sábado teve o Equus, do inglês Peter Shaffer, com Leonardo Miggiorin, Elias Andreato e mais uma pá, no Teatro Folha. Tem uma carga homoerótica forte na história de obsessão de um menino por cavalos, o texto tem várias passagens preciosas e os atores também estão todos ótimos. Só me me assusta um pouco que no Teatro Folha as pessoas podem comer bala e PIPOCA no meio do espetáculo... Mas enfim. Este final de semana é o último de Equus  por lá. 



E este também é o último final de semana de Adeus À Carne, do muso Michel Melamed. Ele construiu uma peça-laboratório deliciosa de assistir. Uma coisa meio jogo, mas sem interatividade (thank god!) da plateia. Fui há algumas semanas, na estreia, e quero ver de novo. 



E no final do mês termina também a temporada de Feriado de Mim Mesmo, do Teatro de Extremos, baseado no meu texto, no Armazém XIX, no Belém, em SP. A montagem é deles, mas eu gosto bem-bem. Vai para outras cidades? Vai continuar em São Paulo? Vai estrear em outros lugares mais próximos? Bem por que VOCÊ não vem com uma proposta, um convite?

ENTÂO VOCÊ SE CONSIDERA ESCRITOR?

Então você se considera escritor? (Trago questões, não trago respostas...) Eu sempre vejo com certo cinismo, quando alguém coloca: fulan...